O Banco Europeu de Investimento sempre definiu ratings mínimos para os bancos que emitiam garantias de pagamento a favor do BEI por conta dos concessionários de contratos de PPP. A maioria dos concessionários são financiados a 15-20 anos pelo BEI, que geralmente assume pouco ou nenhum risco de crédito dos concessionários. Nestes casos, são os bancos comerciais, ou a seguradoras de crédito, que retêm o risco de crédito e emitem garantias a favor do BEI.
Agora que os credit ratings de bancos portugueses foram cortados drasticamente, alguns dos bancos portugueses já não cumprem os requisitos mínimos e portanto já não servem para garantes. Para remediar a situação, o BEI vai exigir que os bancos entreguem outros valores em caução (collateral) parcial, em função do risco do mutuário garantido.
Esta necessidade de "desembolsar" o valor das garantias das PPP vem agravar ainda mais os actuais problemas de funding e liquidez.
Eis mais uma questão critica para a qual será necessário negociar alívio junto dos credores externos e do FMI. Seria importante que o BEI, ou o FEI, libertasse as garantias dos bancos comerciais. O BEI pode bem passar a assumir directamente o risco de crédito dos concessionários de PPP, que tem toda a capacidade para avaliar, deixando de sobrecarregar a banca comercial.
Mariana Abrantes de Sousa
Fonte: Jornal de Negócios
Uma das principais diferenças entre Portugal e a Grécia, que também teve de recorrer a um resgate financeiro internacional, é que "o sistema bancário [português] está muito mais alavancado", adiantou Paul Thomsen, chefe da missão do FMI em Portugal, a 21 Maio 2011
ResponderEliminarRatings rebentam PPP nas mãos dos bancos portugueses
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Ver PPP problema ou solução
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