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sexta-feira, junho 12, 2015

Measuring Divergence in the Eurozone - unemployment and retirement

In the absense of the classical economic adjustments mechanisms, like the exchange rate, the Eurozone appears to be trapped in persistent divergence and creditor-debtor conflicts, as it relies on the painful application of one-sided austerity measures.

If you are the foolish borrower, you can count on receiving endless sermonizing and policy instructions from the foolish creditors who lent you too much money without asking tough questions BEFORE, but who now fear for their debt repayment.

NOW they insist with tough answers:  cut pensions, eliminate early retirement, raise the retirement age ...

Among other things, this pressuposes that older workers want and need to work, and  that there is effective labour market demand for their paid services.  It is not easy to guess whether older people want to work, or whether they really need to work even if their real incomes are low.  But we can readily deduce the lack of demand for older workers in various countries from the diverging unemployment rates of 55-64 year olds, which range from  a low 3.4% in Austria, to a high of 19.6% in Spain.  

Further, there is a large divergence in employment rates of older workers across EU countries. In 2013 the (unweighted) EU28 average was 50.1%, ranging from 33.5% in Slovenia  and 35.6% in Greece to 63.5% in Germany and 73.6% in Sweden.

A hard working 72-year-old German  may well push Greek oldsters to continuing working,  caring little that nearly one in five 55-64 year old Greeks is already involuntarily idle (the definition of unemployment), as a result of the dislocation caused by the shrinking economy, obsolete skills, etc. And who would buy the goods produced by those workers if demand for the country's exports is low?

But who needs economics or statistics when you can preach a good sermon, especially to your own choir?

Mariana Abrantes de Sousa 
PPP Lusofonia




sexta-feira, maio 17, 2013

Curso intensivo para contribuintes - pensões 2

Fia-te nas previsões (a 50 anos) e não poupes ! 

Há quem questione a necessidade de cortar mais nas pensões públicas (PP), quando o seu peso no PIB só vai aumentar marginalmente nos próximos 50 anos.   Segundo as previsões do EU 2012 Ageing Report, o nosso  rácio PP/PIB só vai aumentar marginalmente de 12,5% em 2010 para 12,7% em 2060,  ficando ainda abaixo da média de 12.9% dos EU (2012 Ageing Report pg 86).

O problema é que esta previsão está baseada na premissa de crescimento do PIB português de 1.2%.a.a. no mesmo período, o que tem bastante menor probabilidade do que a previsão dos encargos com  as pensões públicas. Se o denominador tem maior incerteza do que o numerador, o rácio de PP/PIB vai provavelmente agravar-se mais do que o previsto.
DEO-Aging
Para além do mais, como estamos em situação de défice orçamental, parte dos pagamentos de pensões vai directamente para a dívida pública, que já sabemos ser insustentável.  Isto é,   temos que cortar nas pensões públicas agora não só para conter a acumulação de dívida como para arranjar folga orçamental para recuperar o investimento público.
 Este  caiu de 3,8% do PIB em 2010 para uns míseros 1,8% do PIB em 2012 ( DEO 2103 pg 18). Os 0,2% do PIB  já não parecem tão insignificantes quando comparados com esta variação no investimento público.

É que se não conseguirmos restaurar os níveis de investimento público (produtivo, que não rotundas no meio das vinhas do Dão), então é que ficamos a ver o crescimento do PIB por um canudo.

Mariana Abrantes de Sousa 
PPP Lusofonia

Fontes:  10envolver http://10envolver.wordpress.com/2013/05/08/ha-uma-coisa-que-nao-percebo/
DEO 2013 http://www.portugal.gov.pt/media/989698/20130430%20mf%20deo%202013%202017.pdf
EU 2012 Ageing Report  http://ec.europa.eu/economy_finance/publications/european_economy/2012/pdf/ee-2012-2_en.pdf
Curso intensivo para contribuintes - pensões 1 http://ppplusofonia.blogspot.pt/2013/05/curso-intensivo-para-contribuintes.html




DESCRIÇÃO António Gaspar considera que a TSU sobre pensionistas é "jogo político". Mário Caldeira Dias vai mais longe e diz que "Portas já está a preparar a saída". Já Mariana Abrantes de Sousa garante que "a esmola da segurança social é grande e o pobre tem de desconfiar". A pensar no futuro, Rogério Fernandes Ferreira lembra a necessidade de haver "consenso entre todos os partidos para haver previsibilidade". "Conselho Consultivo" de 17 de Maio de 2013   http://videos.sapo.pt/kDWMDaz3BflLve85g5qS

Ver também um artigo de Valter Martins, o Economista de Bancada sobre o novo défice demográfico de Portugal.

"Um facto que tem passado despercebido no meio do barulho da discussão económica portuguesa é que, pela primeira vez na história recente, a população activa Portuguesa entrou em declínio"

quinta-feira, maio 16, 2013

Curso intensivo para contribuintes - pensões 1

Quem paga as pensões dos avós pensionistas? 


Se forem  muitos pensionistas, como são e se forem pensões fiadas, isto é  financiadas com dívida pública, pagarão os netos .


Diz um trabalhador ainda no activo:  "Eu e o meu patrão descontámos e entregámos durante mais de 40 anos mais de 30% do meu vencimento total. Onde se meteu esse dinheiro e porque que não capitalizaram a parte que me compete?
Não têm que ser meus filhos e netos os responsáveis..."

Geralmente, os sistemas de Segurança Social  públicos são apenas de "pass-through", de repartição, não são de capitalização, com base em provisões. E os "benefícios definidos" são em função dos salários, e não em função da "contribuição definida" acumulada. As reservas matemáticas são pequenas em relação às responsabilidades actuariais totais, em parte devido ao aumento do número de pensionistas que se vê na figura.  As responsabilidades actuariais não cobertas pelas reservas são equivalentes a dívida pública, terão que  ser pagas pelos contribuintes (de Segurança Social ou de impostos) à medida que vão vencendo no futuro.  Estas responsabilidades pelo pagamento de pensões no futuro, descontadas para o dia de hoje à taxa de juro das obrigações do Tesouro, são outra forma de dívida pública escondida ainda mais arriscada do que a dívida pública pois aumentam com com o aumento da longevidade.

Diz o candidato a pensionista:  Essas reservas deveriam lá estar. Todos os governos têm andado adiar para as gerações futuras e nunca colocaram o assunto em referendo como deveriam.  A grande maioria das pessoas pensa que descontou para a própria reforma...

Sim, é  normal pensar que as contribuições para a SS estão lá à nossa espera. O baixo provisionamento de pensões "pass-through" e a diferença entre pensões de "beneficio definido"ou de "contribuição definida"  são questões bastante esotéricas, que infelizmente agora todos precisamos de comprender.


As pensões existem com um seguro de riscos actuariais, socializarmos os de vivermos mais tempo do que as nossas poupanas.  Isto é uma forma de partilhar o bolo equitativamente, e é bom. Mas as boas intenções não bastam. Primeiro temos que produzir e fazer crescer o bolo, individualmente e colectivamente. Discutir a divisão de um bolo cada vez mais pequeno é pouco interessante, e ainda menos estimulante.

Diz um economista:  Os mecanismos de partilha social do risco reduzem a incerteza e promovem o crescimento. Há vários exemplos, o mais simples: educação e saúde de melhor qualidade para todos aumenta o capital humano e torna-nos a todos mais produtivos. Outro exemplo: ter um esquema de seguro social que funciona (e que não é demasiado generoso senão não será sustentável) torna o futuro mais previsível e cria as condições para os famílias correrem mais riscos, o que aumenta o nosso potencial de crescimento.

O envelhecimento da população, devido à maior longevidade e à menor natalidade, cria duas bombas orçamentais ao retardador (twin budget time bombs), os encargos orçamentais com pensões públicas, e os encargos orçamentais com as despesas públicas em saúde.  Se os  "direitos adquiridos dos pensionistas" forem demasiado generosos, o "fundo de pensões" pode entrar em colapso.

Na era moderna, os pensionistas dependem de três pilares para financiar a sua velhice cada vez mais longa :  as pensões da entidade patronal, a pensão pública (que pode ser apenas um complemento da primeira), e as poupanças próprias.  Antigamente, quando os avós velhinhos entregavam os seus bens   aos filhos e netos em vida, as terras para serem cultivadas,  ficavam a cargo deles.  Os avós passavam a andar  "aos meses"  em casa de cada um dos filhos ou recebiam uma "tença" ou pensão  na forma de milho, batatas, azeite, lenha, etc.  O aforro e a  tença dos filhos  eram  então os únicos pilares para uma velhice, curta.

Neste "curso intensivo de finanças para contribuintes" que é a crise, vamos aprender tanto sobre as tristes surpresas nas PPPs, nos swaps, nas empresas públicas, nos programas sectoriais, nas pensões, etc  que daqui a pouco qualquer um pode pedir equivalências a um MBA ...

Primeira lição:  Quando a esmola (das pensões) é grande, temos o dever de desconfiar 
E se não aprendermos, vamos cometer os mesmos erros e sofrer as mesmas consequências no futuro.

Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia

Ver também http://fazerporsalvaterra.blogspot.pt/2011/12/despesa-publica-seguranca-social.html
Curso intensivo de finanças para contribuintes - swaps http://ppplusofonia.blogspot.pt/2013/04/curso-intensivo-para-contribuintes-swaps.html
Paying for pensiones http://ppplusofonia.blogspot.pt/2010/02/your-budget-or-mine.html
Years on pension http://ppplusofonia.blogspot.pt/2010/04/years-on-pension-increase.html
Receber a tença dos filhos  http://beijozxxi.blogspot.pt/2013/05/andar-aos-meses-e-receber-tenca.html

segunda-feira, abril 19, 2010

Years-on-pension increase


This chart illustrates an important  public finance and demography concept, life-expectancy at the actual age of retirement, years-in-retirment,  years-on-pension, or pension-years. 

Together with a chart below, on the percentage of retirement income coming from public (Government) pensions, this helps to explain the pensioner cost budget time-bombs, with pensions and pensioner health.




Pension reform and containment of pensioner health expenditure has become  an essential, if controversial component of good Public Financial Management in many of these countries

Sources:  The Economist online,  Feb 23rd 2010, OECD