Comissão de inquérito às PPP Madeira conclui não ter
havido "ilegalidade" nas PPP rodoviárias
"Quanto à ilegalidade dos atos
administrativos praticados pelo Governo Regional subjacentes aos contratos
celebrados no âmbito das PPP rodoviárias, não se apurou qualquer
ilegalidade", revelou Tranquada Gomes
O presidente da Comissão de Inquérito aos
contratos das parcerias público privadas (PPP) rodoviárias Via Expresso e Via
Litoral, na Madeira, disse hoje que a mesma "não apurou qualquer
ilegalidade" relativamente a estas concessões e o PS chumbou relatório.
"Quanto à ilegalidade dos atos
administrativos praticados pelo Governo Regional subjacentes aos contratos
celebrados no âmbito das PPP rodoviárias, não se apurou qualquer
ilegalidade", revelou Tranquada Gomes.
A Comissão de Inquérito sobre os Contratos
relativos às PPP Via Expresso e Via Litoral da Assembleia Legislativa da
Madeira reuniu-se hoje tendo apreciado e votado, com os votos favoráveis dos
deputados do PSD, o Relatório Preliminar da Comissão, o qual mereceu o voto
contra do PS e do CDS.
Tranquada Gomes fez notar que "os
contratos têm, na sua génese, decretos legislativos regionais e, quer o
Tribunal de Contas, quer a Inspeção Geral de Finanças nunca apontaram qualquer ilegalidade aos
contratos".
"Apurar se seria mais barato para o Orçamento da Região
que fosse a Administração Pública a fazer a manutenção e a pagar o serviço da
dívida de concessões desta natureza e com esta complexidade é uma tarefa que,
talvez, nenhuma Comissão de Inquérito consiga responder", declarou.
Os contratos destas PPP foram celebrados
em 2002 e 2004, numa altura em que o Governo Regional estava sujeito à regra do endividamento zero,
tendo o seu objetivo sido obter 545 milhões de euros para investimentos.
"Foi conceder aos privados a exploração destas vias
até 2029 como contrapartida de uma importância utilizada na construção de
outras infraestruturas", recordou.
"O trabalho da
comissão está concluído, esperávamos que esta comissão pudesse anunciar uma
melhoria das negociações financeiras destes contratos que beneficiasse a
Região, isso não foi possível, mas soubemos que há um empenhamento do Governo
Regional em obter mais-valias negociais", acrescentou.
O líder do grupo parlamentar do PS, Carlos
Pereira, adiantou que os deputados socialistas votaram contra o relatório da
comissão e anunciou que o partido "vai construir, desenhar e apresentar um
relatório sombra sobre aquilo que é a realidade das PPP rodoviárias e vai
demonstrar que há um caminho muito longo a fazer para resolver estes problemas
da Madeira e que tiveram origem na governação do PSD".
Carlos Pereira salientou que estas PPP custam cerca de 120
milhões de euros por ano ao Orçamento Regional e que, até 2029 e para obter 545
milhões de euros, a Região vai pagar 2.650 milhões de euros "só em
manutenção".
Fonte: http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/comissao-inquerito-conclui-nao-ter-havido-ilegalidade-nas-ppp-rodoviarias
Avaliar o diferencial Value for Money relativo ao Custo Publico Comparado "não se consegue" ?
Obter financiamentos extra-orçamentais para escapar à regra de endividamento zero, não é "ilegal" ?
Assumir encargos extra-orçamentais de 120 M€/ano
até 2029 sem orçamento nem cabimentação não é “ilegal”? Ilegalidade, ilegalidade, apenas no bolso do contribuinte.
Onde está o Tribunal Constitucional quando verdadeiramente precisamos dele.
PPP rodoviárias da Madeira são um caso de polícia
ResponderEliminarconsiderando a ausência de vigilância e fiscalização ao governo regional