As portagens não podem descriminar, diz-se agora para justificar a introdução de portagens na Autoestrada Transmontana. Sendo um preço, e não uma contribuição, a realidade é que portagens podiam bem descriminar tanto como outros preços de transportes.
A descriminação de preço para o mesmo produto ou serviço é uma pratica comercial bastante generalizada, especialmente no sector de transportes. O caso clássico de "price descriminatation" é a politica de preços de companhias aéreas, o textbook case, que cobram preços em função do preço que os passageiros estão dispostos a pagar e do excesso de procura ou de oferta de lugares. As formulas de descriminação de preços são muito variadas, não só entre classe executiva e classe turística, mas também em termos da antecipação da compra, do dia da semana, descontos de passageiros frequentes, etc. No caso de portagens, o preço pode ser aplicado por quilometro, distance-based toll, ou por tempo, time-based toll.
Em termos económicos, a definição do preço das portagens deve ser baseada noutras considerações.
Em primeiro lugar, a cobrança de portagens na autoestrada impõe um custo adicional que leva muitos motoristas a preferir estradas tradicionais, o efeito conhecido como desvio de tráfego. Em compensação, as autoestradas geralmente oferecem um melhor serviço em termos de qualidade e segurança, e sobretudo menos congestionamento. Por isso alguns especialistas têm a natureza de "congestion pricing"
Uma autoestrada com baixo tráfego dificilmente pode suportar portagens sem sofrer desvios de tráfego. Foi por isso que as autoestradas do interior, de baixa densidade de população, foram inicialmente estruturadas como SCUT, sem cobrança ao utilizador. A introdução de portagens em locais de baixo tráfego implica uma distorção económica sem compensação.
Depois, as portagens têm que ser comportáveis para o utilizador e têm que ser cobráveis (affordability and willingness to pay).
Menos de 16% do 2 942,6 km de auto-estradas ainda não têm portagens.
A União Europeia também está a considerar a imposição de portagens a nível geral na Europa. Isto acentuaria o aspecto mais discriminatório das portagens que é o efeito "ponte terreste" do centro em relação à periferia. Toda a Europa tem que pagar portagens na França, mas só os portugueses, e alguns espanhóis, pagam portagens em Portugal.
VER EU tolls http://www.euractiv.com/sections/transport/transport-expert-eu-wide-road-toll-quick-fire-solution-301767
Portagens na Transmontana e no Baixo Tejo http://economico.sapo.pt/noticias/governo-estuda-cobranca-de-portagens-na-transmontana-e-na-baixo-tejo_194939.html
Toll descrimination passes in the US http://tollroadsnews.com/news/rhode-island-bridge-defeats-law-suit-claiming-unconstitutionality-of-residence-discount
A descriminação de preço para o mesmo produto ou serviço é uma pratica comercial bastante generalizada, especialmente no sector de transportes. O caso clássico de "price descriminatation" é a politica de preços de companhias aéreas, o textbook case, que cobram preços em função do preço que os passageiros estão dispostos a pagar e do excesso de procura ou de oferta de lugares. As formulas de descriminação de preços são muito variadas, não só entre classe executiva e classe turística, mas também em termos da antecipação da compra, do dia da semana, descontos de passageiros frequentes, etc. No caso de portagens, o preço pode ser aplicado por quilometro, distance-based toll, ou por tempo, time-based toll.
Em termos económicos, a definição do preço das portagens deve ser baseada noutras considerações.
Em primeiro lugar, a cobrança de portagens na autoestrada impõe um custo adicional que leva muitos motoristas a preferir estradas tradicionais, o efeito conhecido como desvio de tráfego. Em compensação, as autoestradas geralmente oferecem um melhor serviço em termos de qualidade e segurança, e sobretudo menos congestionamento. Por isso alguns especialistas têm a natureza de "congestion pricing"
Uma autoestrada com baixo tráfego dificilmente pode suportar portagens sem sofrer desvios de tráfego. Foi por isso que as autoestradas do interior, de baixa densidade de população, foram inicialmente estruturadas como SCUT, sem cobrança ao utilizador. A introdução de portagens em locais de baixo tráfego implica uma distorção económica sem compensação.
Depois, as portagens têm que ser comportáveis para o utilizador e têm que ser cobráveis (affordability and willingness to pay).
Menos de 16% do 2 942,6 km de auto-estradas ainda não têm portagens.
A União Europeia também está a considerar a imposição de portagens a nível geral na Europa. Isto acentuaria o aspecto mais discriminatório das portagens que é o efeito "ponte terreste" do centro em relação à periferia. Toda a Europa tem que pagar portagens na França, mas só os portugueses, e alguns espanhóis, pagam portagens em Portugal.
VER EU tolls http://www.euractiv.com/sections/transport/transport-expert-eu-wide-road-toll-quick-fire-solution-301767
Portagens na Transmontana e no Baixo Tejo http://economico.sapo.pt/noticias/governo-estuda-cobranca-de-portagens-na-transmontana-e-na-baixo-tejo_194939.html
Toll descrimination passes in the US http://tollroadsnews.com/news/rhode-island-bridge-defeats-law-suit-claiming-unconstitutionality-of-residence-discount
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