The price is NOT right
A taxa de conversão de 200,482 Escudos/Euro era suposto ser o preço certo do cambio entre os bens e serviços locais e importados a partir do ano 2000. A prova de um equilíbrio cambial duradouro, bem como a sua sustentação estaria, como sempre, na manutenção de BTC - Balança de Transacções Correntes relativamente equilibradas entre os parceiros comerciais da Eurozone.
Mas as BTC divergiram enorme e continuamente, com os países exportadores a financiarem os importadores, uma divergência que nos devia ter alertado e que veio a revelar-se insustentável bastante mais tarde.
Por isso a taxa de conversão cambial deixou de ser o preço certo e passou a ser o preço errado.
Os países membros da Moeda Única não podem corrigir os preços relativos entre o mercado interno e o mercado externo através de uma desvalorização transversal, como seria recomendado no actual cenário de défice externo e de excesso de endividamento.
Diz Shambaugh:
A realidade é que Portugal e os outros países da Eurozone sofrem de preços relativos errados, e não há soluções milagrosas. A correcção dos preços relativos tem que ser feita por todos os parceiros comerciais.
Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia
See The Euro’s Three Crises, 2012 http://www.brookings.edu/~/media/Files/Programs/ES/BPEA/2012_spring_bpea_papers/2012_spring_BPEA_shambaugh.pdf
Eurozone crisis tests the limits of divergence http://ppplusofonia.blogspot.pt/2011/12/eurozone-crisis-tests-limits-of.html
A taxa de conversão de 200,482 Escudos/Euro era suposto ser o preço certo do cambio entre os bens e serviços locais e importados a partir do ano 2000. A prova de um equilíbrio cambial duradouro, bem como a sua sustentação estaria, como sempre, na manutenção de BTC - Balança de Transacções Correntes relativamente equilibradas entre os parceiros comerciais da Eurozone.
Mas as BTC divergiram enorme e continuamente, com os países exportadores a financiarem os importadores, uma divergência que nos devia ter alertado e que veio a revelar-se insustentável bastante mais tarde.
Por isso a taxa de conversão cambial deixou de ser o preço certo e passou a ser o preço errado.
Os países membros da Moeda Única não podem corrigir os preços relativos entre o mercado interno e o mercado externo através de uma desvalorização transversal, como seria recomendado no actual cenário de défice externo e de excesso de endividamento.
Diz Shambaugh:
Para as economias periféricas aumentarem o seu crescimento com base nas exportações (mudança de consumo de artigos importados para produtos nacionais), eles precisam de alterar os seus preços relativos, reduzindo os preços internos em comparação com dos preços de bens e serviços no mundo e na Eurozone. As comparações dentro da área do euro são especialmente relevantes, devido aos altos níveis de comércio com a "zona euro", entre os principais parceiros comerciais.Por isso, Portugal está a ter que alterar os preços relativos, parcialmente, um a um, de um forma atabalhoada, difícil, complexa ...e sem resultados garantidos. Mas um país pequeno não pode alterar os preços relativos unilateralmente.
A realidade é que Portugal e os outros países da Eurozone sofrem de preços relativos errados, e não há soluções milagrosas. A correcção dos preços relativos tem que ser feita por todos os parceiros comerciais.
Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia
See The Euro’s Three Crises, 2012 http://www.brookings.edu/~/media/Files/Programs/ES/BPEA/2012_spring_bpea_papers/2012_spring_BPEA_shambaugh.pdf
Eurozone crisis tests the limits of divergence http://ppplusofonia.blogspot.pt/2011/12/eurozone-crisis-tests-limits-of.html
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