Os gestores da Ferrostaal já foram condenados na Alemanha por corrupção na venda de submarinos à Grécia e a Portugal.
Mas a Justiça não viu nada em Portugal, segundo diz o PGR.
A Justiça em Portugal deve ser cega, surda e muda, para não dizer pior.
Será que não há ninguém na PGR que saiba ler alemão?
O Procurador-Geral da República (PGR) refutou a tese de que a economia portuguesa funciona mal por culpa dos tribunais e deste tipo de crime.
Ex-gestores da Ferrostaal condenados por suborno na venda de submarinos a Portugal
20 Dezembro 2011 | 12:36 Lusa
Dois anos de prisão com pena suspensa e pagamento de coimas foi a sentença do tribunal alemão no processo da venda de submarinos da Ferrostaal a Portugal e Grécia
A justiça alemã condenou hoje dois ex-executivos da Ferrostaal a dois anos de prisão, com pena suspensa, e ao pagamento de coimas por suborno de funcionários públicos estrangeiros, na venda de submarinos a Portugal e à Grécia.
O ex-administrador da Ferrostaal Johann-Friedrich Haun e o ex-procurador Hans-Peter Muehlenbeck já se tinham dado como culpados perante o Tribunal regional de Munique, a troco da garantia dada pelo juiz de que a sentença não iria além da pena que foi realmente aplicada.
Haun terá de pagar uma coima de 36 mil euros e Muehlenbeck de 18 mil euros, anunciou o juiz do processo, Joachim Eckert.
O Ministério Público de Munique acusou os dois ex-gestores da Ferrostaal de terem pago "luvas" no valor de 62 milhões de euros, entre 2000 e 2003, para conseguir vantagens sobre a concorrência e vender submersíveis a Atenas e Lisboa. Os antigos gestores, ambos de 73 anos, estiveram anteriormente cinco meses em prisão preventiva.
A Ferrostaal, arguida no mesmo processo, reconheceu as práticas ilegais e aceitou pagar uma coima de 140 milhões de euros, que só não foi maior porque o tribunal teve em conta a atual precária situação da empresa.
A queixa-crime incidia sobretudo nas atividades de Haun e Muehlenbeck na Grécia, no ano 2000, através de intermediários, para obter dois contratos de vendas de submarinos. Quanto a Portugal, o tribunal deu como provado que Haun e Muehlenbeck subornaram o ex-cônsul honorário em Munique Juergen Adolff, pagando-lhe 1,6 milhões de euros, através de um contrato de consultoria, para que o diplomata propiciasse contactos com o governo português.
No contrato, o empresário bávaro comprometeu-se a prestar "assistência orientada" no que respeita ao fornecimento de submarinos à marinha portuguesa, sustentou o Ministério Público de Munique.
A queixa-crime foi omissa quanto a eventuais reuniões que Adolff terá conseguido organizar com membros do executivo, na altura chefiado pelo atual presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e em que Paulo Portas era ministro da Defesa. Adolff, que foi exonerado pelo governo português em março de 2010, depois de a justiça alemã ter informado Lisboa, continua sob investigação em Munique e poderá ser julgado por corrupção passiva.
Os dois submarinos foram entregues à marinha portuguesa, mas em Portugal há ainda um processo jurídico, relacionado com as contrapartidas que a parte alemã se comprometeu a pagar no negócio que custou 880 milhões a Lisboa.
Mas a Justiça não viu nada em Portugal, segundo diz o PGR.
A Justiça em Portugal deve ser cega, surda e muda, para não dizer pior.
Será que não há ninguém na PGR que saiba ler alemão?
O Procurador-Geral da República (PGR) refutou a tese de que a economia portuguesa funciona mal por culpa dos tribunais e deste tipo de crime.
Ex-gestores da Ferrostaal condenados por suborno na venda de submarinos a Portugal
20 Dezembro 2011 | 12:36 Lusa
Dois anos de prisão com pena suspensa e pagamento de coimas foi a sentença do tribunal alemão no processo da venda de submarinos da Ferrostaal a Portugal e Grécia
A justiça alemã condenou hoje dois ex-executivos da Ferrostaal a dois anos de prisão, com pena suspensa, e ao pagamento de coimas por suborno de funcionários públicos estrangeiros, na venda de submarinos a Portugal e à Grécia.
O ex-administrador da Ferrostaal Johann-Friedrich Haun e o ex-procurador Hans-Peter Muehlenbeck já se tinham dado como culpados perante o Tribunal regional de Munique, a troco da garantia dada pelo juiz de que a sentença não iria além da pena que foi realmente aplicada.
Haun terá de pagar uma coima de 36 mil euros e Muehlenbeck de 18 mil euros, anunciou o juiz do processo, Joachim Eckert.
O Ministério Público de Munique acusou os dois ex-gestores da Ferrostaal de terem pago "luvas" no valor de 62 milhões de euros, entre 2000 e 2003, para conseguir vantagens sobre a concorrência e vender submersíveis a Atenas e Lisboa. Os antigos gestores, ambos de 73 anos, estiveram anteriormente cinco meses em prisão preventiva.
A Ferrostaal, arguida no mesmo processo, reconheceu as práticas ilegais e aceitou pagar uma coima de 140 milhões de euros, que só não foi maior porque o tribunal teve em conta a atual precária situação da empresa.
A queixa-crime incidia sobretudo nas atividades de Haun e Muehlenbeck na Grécia, no ano 2000, através de intermediários, para obter dois contratos de vendas de submarinos. Quanto a Portugal, o tribunal deu como provado que Haun e Muehlenbeck subornaram o ex-cônsul honorário em Munique Juergen Adolff, pagando-lhe 1,6 milhões de euros, através de um contrato de consultoria, para que o diplomata propiciasse contactos com o governo português.
No contrato, o empresário bávaro comprometeu-se a prestar "assistência orientada" no que respeita ao fornecimento de submarinos à marinha portuguesa, sustentou o Ministério Público de Munique.
A queixa-crime foi omissa quanto a eventuais reuniões que Adolff terá conseguido organizar com membros do executivo, na altura chefiado pelo atual presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e em que Paulo Portas era ministro da Defesa. Adolff, que foi exonerado pelo governo português em março de 2010, depois de a justiça alemã ter informado Lisboa, continua sob investigação em Munique e poderá ser julgado por corrupção passiva.
Os dois submarinos foram entregues à marinha portuguesa, mas em Portugal há ainda um processo jurídico, relacionado com as contrapartidas que a parte alemã se comprometeu a pagar no negócio que custou 880 milhões a Lisboa.
Fonte:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=PESQUISA_SIMPLES_V2&buscador=1&match=3&txt=submarinos&tit=PESQUISA&dias=365
A impunidade reina no República Portuguesa
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