Boas vindas à Croácia como 28º país membro da União Europeia.
Ouvir a esperança dos croatas que a agregação a nível supra-nacional na União Europeia venha a acabar com os nacionalismos fratricidas das Balcãs, 20 anos depois de uma terrível guerra civil é tão comovente como arrepiante.
Este desiderato faz-nos recuar seis décadas de 2013 para 1953. Depois de duas grandes guerras, também na Europa do pós-guerra se esperava que a integração económica tão aproximasse os antigos inimigos que uma terceira guerra viesse a ser impossível.
Mas os sucessivos alargamentos da União Europeia, e introdução da moeda única em 2000, trouxeram mais divergência e não convergência entre os países membros, especialmente entre os grandes exportadores e os pequenos importadores, uma divergência evidentemente insustentável. E os pequenos países cederam quase todos os seus instrumentos de defesa, restando-lnos agora apenas a força das nossas fragilidades, a capacidade de estragar a festa aos vencedores, obrigando-os a assumir parte do custos da divergência económica.
Isto é muito pouco para quem esperava tanto da integração europeia nos momentos idos de 1986.
Se a União Europeia fosse um grande clube, como o irmão ligeiramente mais velho, nós recomendaríamos a entrada a uma irmã mais pequena e mais frágil?
Talvez, se tiverem mais juízo do que nós.
Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia
Ouvir a esperança dos croatas que a agregação a nível supra-nacional na União Europeia venha a acabar com os nacionalismos fratricidas das Balcãs, 20 anos depois de uma terrível guerra civil é tão comovente como arrepiante.
Este desiderato faz-nos recuar seis décadas de 2013 para 1953. Depois de duas grandes guerras, também na Europa do pós-guerra se esperava que a integração económica tão aproximasse os antigos inimigos que uma terceira guerra viesse a ser impossível.
Mas os sucessivos alargamentos da União Europeia, e introdução da moeda única em 2000, trouxeram mais divergência e não convergência entre os países membros, especialmente entre os grandes exportadores e os pequenos importadores, uma divergência evidentemente insustentável. E os pequenos países cederam quase todos os seus instrumentos de defesa, restando-lnos agora apenas a força das nossas fragilidades, a capacidade de estragar a festa aos vencedores, obrigando-os a assumir parte do custos da divergência económica.
Isto é muito pouco para quem esperava tanto da integração europeia nos momentos idos de 1986.
Se a União Europeia fosse um grande clube, como o irmão ligeiramente mais velho, nós recomendaríamos a entrada a uma irmã mais pequena e mais frágil?
Talvez, se tiverem mais juízo do que nós.
Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia
Ao contrário da Croácia, e da França e da Alemanha, Portugal não precisa da União Europeia para viver em paz com os seus vizinhos.
ResponderEliminarPortugal precisa da União para alcançar a prosperidade sustentável.
The only other country going backwards in the EU will be Croatia, whose entry to the EU in the middle of last year has got off to a rocky economic start, with GDP contracting in 2013 by 1% and expected to fall again this year, by 0.6%.
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