O EURO Soma e Segue
O Euro celebrou o seu 10º aniversário como a Moeda Única Europeia a 1-Janeiro-2009, com a adesão da Eslováquia como o 16º país da Zona Euro. que agora inclui mais de 328 milhões de europeus.
A criação do Euro foi controversa, mas a nossa moeda única tem conseguido escapar aos prognósticos mais negativos. A actual crise financeira internacional vai testar a credibilidade do Euro, tal como das outras moedas.
Até a dispersão das taxas de rendimento da dívida soberana dos diversos países membros pode ser vista como uma prova da maioridade da moeda única. Como de costume, os diferenciais de taxas de juros entre os diversos países foram-se reduzindo durante a fase expansionista dos mercados financeiros. Agora que estamos numa fase de forte contracção, os mercados tornam-se bastante mais selectivos, o conhecido “flight to quality”, ou preferência por activos de qualidade em momentos de maior risco e incerteza. Assim a dívida pública dos países como a Itália, a Grécia, Portugal, que manifestam os maiores défices orçamentais e o maior endividamento, tem que pagar cada vez maiores diferencias versus Bunds, a divida pública alemã.
Esta dispersão das taxas de juro da dívida soberana dos países da Zona Euro, em função do sua situação financeira, é de facto um sinal de maturidade do Euro. Longe de ser um sinal negativo, as taxas de juro mais dispersas são um sinal de que o mercado está a ser mais criterioso, isto é, mais atento aos países que cumprem, ou não, os célebres critérios de Maastricht.
Os critérios de Maastricht definem os objectivos de convergência nominal em termos de inflação, taxas de juro, défices e divida pública para a adesão à moeda única.
Manter o défice orçamental abaixo de 3% do PIB tem continuado a ser um objectivo importante ao longo de toda a década, apesar de ter agora passado para segundo plano devido à necessidade de relançar as economias para ultrapassar a crise financeira.
Num mercado financeiro globalizado e com liberdade de fluxos de capitais, o êxito de uma moeda única como o Euro depende essencialmente de gestão orçamental e monetária prudente. Muitos outras experiências com taxas de câmbio fixas (como por exemplos os currency boards de Argentina ou Ecuador) deram maus resultados devido à falta de disciplina financeira.
Os outros onze países da União Europeia ainda continuam fora do Euro, alguns por opção, outros porque ainda não puderam cumprir os critérios de adesão à moeda única.
Na actual conjuntura problemática, é evidente que o Euro é a melhor moeda para os países europeus, e que os critérios Maastricht são a melhor parte do Euro.
Maastricht criteria are the best part of the Euro
With globalized financial markets and free capital flows, a single currency like the Euro, IF BACKED by prudent budget and monetary policies, is much better than an independent currency, especially if subject to financial mismanagement. In fact, the Maastricht criteria are the best part of the Euro.
M. Abrantes
PPP Lusofonia é um blog de economia e finanças, focado nos serviços públicos e no investimento para o desenvolvimento, e nas PPP. O blog dedica-se a (a) conceitos de economia, finanças e banca (b) às necessidades dos PALOPs e (c)oportunidades de consultoria nos PALOPs, com artigos em português ou inglês. PLEASE USE THE TRANSLATE BUTTON. PPPs, development financing in Lusophone Countries Autora: Mariana ABRANTES de Sousa
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sábado, janeiro 03, 2009
The Maastricht Criteria are the Best Part of the EURO
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Diário Económico:
ResponderEliminar"medida em que a inflação se aproxima rapidamente do objectivo do BCE e as expectativas de manutenção da política monetária expansionista sustentam este mercado. No entanto, os mercados periféricos continuam a ficar comparativamente à margem de ganhos tão elevados face ao alargamento considerável dos spreads. Na Europa do Sul, a dívida pública grega é a mais penalizada, apresentando um spread de 160 pontos base face à dívida alemã, próximo do apresentado pela Itália com 110 p.b., enquanto que Espanha e Portugal apresentam spreads mais baixos, de respectivamente 59 p.b. e 77 p.b."
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/analise/pt/desarrollo/1190092.html