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sexta-feira, junho 29, 2012

Tráfego, tráfego, tráfego ...3

O orientação para o tráfego de passageiros, de mercadorias ou de veículos tem que ser o principal objectivo e critério de avaliação da gestão do investimento público em infraestruturas de transporte, quer realizados como empreitados tradicionais ou como PPPs ou concessões.  


No entanto, muitos promotores e financiadores fogem do risco de tráfego como o diabo da cruz, preferindo projectos com remuneração por disponibilidade ou insistindo em garantias de terceiros.  

A não ser que se trate de resolver problemas de congestionamento, o risco de sobre-dimensionamento  está sempre presente no sector de transportes, o que implica a necessidade de grande escrutínio das previsões de tráfego que justificam o projecto. Uma das funções dos investidores é de afectar os escassos recursos financeiros da economia aos projectos  mais robustos com os melhores níveis de tráfego, e não aos projectos seleccionados por outros motivos, nomeadamente prioridades politicas.


Daí uma posição assumidamente radical contra os pagamentos por disponibilidade e contra as garantias de terceiros.   Se os promotores, os investidores, ou os credores não têm nem vocação nem capacidade para analisar, apreciar e assumir risco de tráfego, não podem garantir uma  afectação de recurcos eficiente para os projectos verdadeiramente produtivos.

Por isso, se não sabem de tráfego,  seria melhor que ficassem de fora de projectos de PPP e que se limitassem a empreitadas tradicionais e a obrigações do Tesouro.

Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia
29-Junho-2012

The fiscal case against availability payments
The credit case against credit enhancements
Tráfego, Tráfego, Tráfego ...2 http://ppplusofonia.blogspot.pt/2011/06/trafego-trafego-trafego-2.html
Tráfego, Tráfego, Tráfego para aeroportos http://ppplusofonia.blogspot.pt/2008/03/trfego-trfego-trfego.html

Alemanha com carteira e livro de cheques na mão

Debt workout 101 - part 11 creditors don't want to know how to take writedowns and losses 

Afastada do Euro 2012  do futebol pela Itália, a Alemanha continua a dominar o outro campeonato, aquela que conta, o das exportações e do crédito externo. Sendo a principal credora da Eurozone, a Alemanha tem a a carteira e o livro de cheques na mão,e  tem força para impor as soluções que mais lhe convêm como principal credora, ignorando as propostas mais improvisadas ou mais elaboradas como o plano Rompuy-Barroso que arrancaria já com uma união bancária.

Um comentário incisivo, mas ingénuo,  no blog ft.alphaville.com dizia que "a Alemanha e os outros credores não sabem como fazer reestruturação e contencioso de crédito com perdas imediatas e recuperação a prazo:
   "...  Germany and the othercreditors have literally no idea how to do a debt rescheduling,   take   writedowns, and get repaid the remainder... "

Duvido!   De facto, os credores bilaterais sabem muito bem o que  lhes convém na gestão da crise de sobre-endividamento da Eurozone:  manter uma situação de no-default e evitar suspensão de pagamentos, a fim de conseguir recuperar os seus créditos mal parados ao par, graças aos desembolsos dos resgates multilaterais como o ESFS, o BCE e o FMI.    Quem tem experiência de debt workout sabe que os credores estão quase sempre na mó-de-cima, e que só se dispõem a renegociar os prazos de pagamento depois de esgotar todas as garantias reais e de terceiros  e de os devedores entrarem em default declarado.  Se os devedores sobre-endividados fossem sediados no mesmo país, também haveria lugar a resgate da parte do BCE? Porque é que os credores hão-de reconhecer perdas e prolongar prazos se os devedores continuam a ir buscar novos créditos para pagar os velhos? 

De facto, as reformas estruturais ainda mal começaram nos países deficitários.  Ainda falta "transpor" a Agenda 2010, que serviu de trampolim para a Alemanha, aumentar a idade de reforma para 67 anos, cortar o sector público, criar os mini-jobs, etc.  Mas as melhores reformas não  servem para inverter a balança comercial de imediato nem para reembolsar a dívida que vence daqui a um mês, e que precisava de ser reescalonada a 15 ou 20 anos.  

Mas as melhores reformas não vão ser suficientes sem reestruturação da dívida externa, com alargamento dos prazos.
Temos que decidir que herança vamos deixar para as próximas gerações?  Os melhores feriados e pontes, uma divida externa brutal, uns submarinos e uns BMWs usados, tudo fiado?  
Ou seguimos o exemplo do referendo da  Islândia, apertamos o cinto a sério, o nosso e o dos credores?

As alternativas têm que ser claramente expostas, para que os cidadãos possam controlar o seu destino.  Para além do défice orçamental e do défice externo, também sofremos um défice de democracia. 

Mariana Abrantes de Sousa 
PPP Lusofonia

sexta-feira, junho 22, 2012

Comissão Executiva discute crise financeira na Eurozone, 22-JUN-2012

Na semana em que Grécia conseguiu alguma estabilidade politica e Espanha formalizou o pedido de resgate à banca,  o novo governo grego quer mais dois anos para cumprir as metas acordadas com a troika e o governo espanhol tenta ganhar tempo para negociar resgate à banca.


Estes foram os temas de 22-Junho-2012 na Comissão Executiva com 
Mariana Abrantes de Sousa
João Trigo da Rosa 
e Tawfiq Rkibi
Ver números de exposição directa e exposição potencial dos bancos Americanos, segundo fontes do BIS 
 http://ppplusofonia.blogspot.pt/2012/06/us-and-uk-banks-increased-potential.html
Ver videos da ETV http://youtu.be/Lm40UcS9zvI


US and UK banks increased potential exposure to Portugal in 2011

Debt workout 101 - part 9

According to the BIS statistical annex, US  and UK banks increased their potential exposure (consisting mostly of credit derivatives)  to banks in Eurozone periphery such as  Portugal and Spain,  in 2011,  even as most international banks reduced their overall direct exposure.

Portuguese and Spanish banks lost -15.9% and -17.2% of their  direct interbank funding in 2011, which dropped to USD 170 Bln and USD 586 Bln respectively, as international banks took advantage of the emergency liquidity provided by the ECB to cut their cross-border lending.
But, in contrast to Greece and Ireland, the indirect or potential exposure increased +10.6% to USD 102.9 Bln to Portuguese banks and +24.1% to USD 346 Bln to Spanish banks.

More than half  of this "potential exposure",  consisting mostly of CDS credit derivatives and other forms of guarantees, is concentrated in US banks which increased their involvement sharply in 2011, mostly with Spain, even as credit default swap pricing jumped. 

If we assume that this "potential exposure" is not speculative but serves to backstop direct credit exposure, then the concentration of exposure in US banks  increased  from 22.8% to 34.7% in the case of Portugal and from 25.2% to 38.9% in the case of Spain ,  "among responding banks from 24 countries". 

It is important to note that this increase in "potential exposure" represents only a tentative  re-allocation of credit risk among creditors and guarantors, and that it generates no new credit availability for these distressed economies.   Being outside the Eurozone, UK and US creditors  had already been spared by not having to contribute to the European bailout pots. 

One might say that the CDS credit insutance industry even faced issues of credibility, as they collected huge fees but hardly ever had to pay out. The presence of so-called guarantors increases the risk of moral hazard and  greatly complicates the necessary orderly debt workout
Will they or won't they pay?  "Show me the money", one might say.

The fact that the buyers  bought more credit protection in 2011, even as swap prices rose, indicates that they believed that future haircuts might no longer be as "voluntary" as in the past,  and thus that CDS may actually come to represent value-for-money as triggers take effect. 

Mariana Abrantes de Sousa 
PPP Lusofonia

Sources:   BIS quarterly statistical annexes, http://www.bis.org/publ/qtrpdf/r_qa1106.pdf,  http://www.bis.org/publ/qtrpdf/r_qa1206.pdf
See also...
...direct bank exposures in 2010 as reported to the BIS http://ppplusofonia.blogspot.pt/2011/12/eurozone-crisis-tests-limits-of.html
US banks sold more swaps on European debt as risks and prices rose http://www.bloomberg.com/news/2012-05-17/u-s-banks-sold-more-swaps-on-european-debt-as-risks-rose.html
Banca europeia retira da periferia http://www.ionline.pt/dinheiro/banca-europeia-retira-753-mil-milhoes-dos-paises-da-periferia
Deleveraging of Eurozone banks since 2008 http://www.voxeu.org/index.php?q=node/8090
Eurozone woes are US woes http://www.bbc.co.uk/news/business-13663002
Gran banca europea saca dinero de España http://www.cincodias.com/articulo/mercados/gran-banca-europea-saca-dinero-espana-grecia-durante-crisis/20120619cdscdsmer_12/
Obama preocupado ...miles de millones en derivados ...http://www.cincodias.com/articulo/mercados/bancos-alemania-francia-juegan-730000-millones-espana-italia/20120614cdscdsmer_13/
Bundesbank TARGET2 credit balances keep rising as capital flight is fed by concerns over Euro convertibility, pointing to the need for EU Deposit Guarantee Scheme http://ppplusofonia.blogspot.pt/2012/05/eu-wide-deposit-gurantees-now.html

quarta-feira, junho 20, 2012

Sistema Nacional de Integridade - escola de verão, 3-8 Setembro 2012


NIS Summer School / I Escola de Verão Sistema Nacional de Integridade - , 3-8 de Setembro de 2012
Candidaturas de 2 de Abril a 31 de Julho
A NIS Summer School tem como objectivo informar e educar sobre o fenómeno da corrupção e respectivas formas de prevenção, fazendo uso do conceito Sistema Nacional de Integridade, desenvolvido pela Transparency International no âmbito da sua abordagem holística de combate à corrupção.
O curso contará com o contributo não só de estudiosos da área, mas também de diversos actores-chave no combate à corrupção no Ministério Público, na Comunicação Social, no Sector Privado e na Sociedade Civil e será desenvolvido no âmbito das actividades do projecto “Sistema Nacional de Integridade”, em parceria com a TIAC e a INTELI.
Destina-se a professores da disciplina de Educação Cívica, funcionários públicos e trabalhadores da administração regional/local e do sector empresarial do Estado, profissionais do sector da Justiça, jornalistas e estudantes universitários.

Coordenação
Luís de Sousa (ICS-UL)
Marcelo Moriconi (CIES/ISCTE)

Dia  3- Setembro  (Segunda-Feira)
9-9.30h: Acreditação
9.30-10h: Sessão de Abertura: Objectivos, metodologia e organização da Escola de Verão (Luís de Sousa, ICS-UL)
10-11h: Seminário – Corrupção: definição, medição e explicação (Luís de Sousa, ICS-UL)
11-11.30h: Pausa
11.30-13h: Seminário – Corrupção: áreas de risco e medidas de controlo (Luís de Sousa, ICS-UL)
14.30-15.30h: Seminário – Corrupção e Democracia: a regulação do financiamento dos partidos políticos e campanhas eleitorais (Miguel Fernandes, CEO Alfeite e antigo Presidente da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos do Tribunal Constitucional)
15.30-16.30h: Seminário – Corrupção e Democracia: a regulação de conflito de interesses e património dos eleitos
16.30-17h: Pausa
17-18h: Análise e discussão de cenários e curtas metragens sobre corrupção (Marcelo Moriconi, CIES-ISCTE)
18-19h: Recepção aos participantes

Dia 4 (Terça-Feira)
9.30-10.30h: Seminário – Corrupção nas autarquias: riscos, fiscalização e controlo (Orlando Nascimento, Juiz Desembargador e antigo director da IGAL)
10.30-11h: Pausa
11-12h: Seminário – Corrupção e urbanismo: actores, recursos e processos de captação de rendas ilícitas individuais e partidárias (Paulo Morais, Vice-Presidente TIAC)
12-13h: Seminário – Aquisições, concursos públicos, sistemas de auditorias e PPPs (José Tavares, Director-Geral do Tribunal de Contas)
14.30-18h: Laboratório – Como elaborar e implementar um plano de prevenção de corrupção? – Análise e mapeamento de riscos (Luís de Sousa, ICS-UL)

Dia 5 (Quarta-Feira)
9.30-10.30h: Seminário – ABC do Sistema Judicial: noções gerais sobre o enquadramento penal e funcionamento do sistema judicial português (Elena Burgoa, FD-UNL)
10.30-11h: Pausa
11-13h: Seminário – Implementação de convenções internacionais anti-corrupção em Portugal: lei vs. enforcement (David Marcão, TIAC)
14.30-15.30h: Conferência – “A corrupção e os tribunais: razões da ineficácia da acção penal” (António Martins, Presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses)
15.30-16h: Pausa
16-17h: Conferencia – Conferência – “Prevenir e punir a corrupção: as dificuldades legais e institucionais” (Maria José Morgado, Directora do DIAP de Lisboa e Vogal da Direcção da TIAC)
17-18h: Laboratório  – Mecanismos e práticas de reporte: Como denunciar a corrupção e a quem? Como implementar sistemas de reporte dentro das organizações? Como proteger o denunciador? (David Marcão, TIAC,  e Luís de Sousa, ICS-UL)

Dia 6 (Quinta-Feira)
10-11h: Seminário: Corrupção e fraude no sector privado (Manuel Castelo Branco, FEP/OBEGEF)
11-11.30h: Pausa
11.30-12.30h: Conferência: ”No longer business as usual: porque importa combater a corrupção no sector privado e como?”
14.30-16h: Laboratório 1 – O papel do compliance no combate à corrupção. Como elaborar e implementar uma ferramenta de compliance? Lições do sector privado (Sérgio Filipe, Regional Compliance Officer da Siemens Portugal)
16-16.30h: Pausa
16.30-17.30h: Laboratório 2 – A Prevenção da corrupção nas PME’s: lições do processo de transparência da capacitação do Cluster Aeronáutico Nacional (Gualter Crisóstomo, INTELI)
Dia 7 (Sexta-Feira)
9.30-10.30h: Seminário – Jornalismo de investigação: recursos, práticas e impacto
10.30-11h: Pausa
11-12h: Seminário – Transparência na orçamentação: o que o cidadão e as organizações da sociedade civil devem saber sobre como é gasto o dinheiro público
12-13h: Seminário – O papel da sociedade civil no combate à corrupção: campanhas de sensibilização e ferramentas de monitorização (João Paulo Batalha, Vogal da Direcção da TIAC e Luís Bernardo, Universidade de Humbolt)
14.30-18h: Laboratório – Elaboração dos planos individuais de formação

Dia 8  (Sábado)
10-12.30h – Apresentação e discussão dos planos individuais de formação
12.30-13h – Conclusão dos trabalhos e foto de grupo

Inscrição:     150€
 Formulário de candidatura disponível aqui
Contactos:
Gabinete de Estudos Pós-Graduados - posgraduacao@ics.ul.pt
Luís de Sousa (luis.sousa@ics.ul.pt) para detalhes sobre organização e conteúdos do curso.
Fonte:  http://www.ics.ul.pt/posgraduacao/escolasdeverao.php?id=11

Summer School - Intelligent Transportation

 

CIGEST-Centro de Investigação em Gestão
Instituto Superior de Gestão, Lisbon
Rua Vitorino Nemésio, 5 1750 Lisboa Portugal

 Local organisation  Prof Anabela Simoes, CIGEST  anabelasimoes@cigest.ensinus.pt
 Information & Registration  Lucile Murier-Mendoza, Humanist  lucile.mendoza@humanist-vce.eu

Fees and Payment
The fee for the Humanist tutorial is   :300€ student registration at any time
Registration Deadline 27th of June 2012

terça-feira, junho 19, 2012

Passos garante: gastos com PPP são para baixar 30%

O Governo está a trabalhar para baixar em 30% os encargos do Estado com as parcerias público-privadas, as chamas PPP, garantiu esta sexta-feira o primeiro-ministro. E fá-lo-á através da renegociação de contratos.

«O Governo assumiu uma meta, juntamente com a Estradas de Portugal, para a qual está a trabalhar. Foi assumidamente tomado o valor de cerca de 30% de redução desses encargos, que o Governo fixou como uma meta que seria alcançável. E eu espero que ela seja alcançável, porque isto significaria, até ao fim de vida dos contratos, uma redução entre 4 mil e 4,5 mil milhões de euros», afirmou Pedro Passos Coelho, no debate quinzenal.

O chefe de Governo respondia ao líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, que lhe pediu que fizesse um «ponto de situação» da renegociação das parcerias público-privadas.

Na resposta, Passos Coelho começou por referir que os encargos de médio e longo prazo com as parcerias público-privadas estavam estimados «em quase 1,9 mil milhões de euros por ano a partir de 2014» quando o atual Governo PSD/CDS-PP tomou posse.

«Esse valor, entretanto, foi reduzido, porque, como o senhor deputado sabe, logo no início do mandato este Governo decidiu suspender vários projetos de parcerias público-privadas que estavam ainda em tempo de poder ter uma decisão dessa matéria», assinalou, citado pela Lusa.

«Estima-se agora que esses encargos possam andar entre quase 1,2 e 1,4 mil milhões de euros durante quase 30 anos. O nosso objetivo é, evidentemente, fazer a renegociação destes contratos».

Segundo o primeiro-ministro, o Governo recebeu em agosto um relatório com «o retrato consolidado de quais eram responsabilidades ao longo do tempo em todas estas parcerias» e espera receber «até ao final deste mês uma auditoria internacional que está a ser realizada contrato a contrato».

Mesmo sem ter ainda recebido essa auditoria, o Executivo iniciou já «negociações que estão a decorrer com vista à redução destes encargos para os contribuintes no que respeita aos diversos contratos, sobretudo àqueles que estão ligados às chamadas ex-SCUT».


Fonte: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/ppp-passos-coelho-passos-renegociacao-contratos-estado/1355365-1730.html

quinta-feira, junho 14, 2012

ANÁLISE À AUDITORIA DO TRIBUNAL DE CONTAS SOBRE PPP



 31/05/12 Jornalista José Gomes Ferreira fala sobre Parcerias Público-Privadas (PPP) ruinosas. O Tribunal de Contas fala de omissão de informação e 700 milhões de euros a mais.
http://videos.sapo.pt/rQlncGNtGLZQzizuMgu1

José Gomes Ferreira é jornalista e subdirector de Informação da SICm desde 2001:
"Se houver lugar a um segundo resgate, as PPP serão a principal razão"

Crise bancária europeia discutida na Comissão Executiva, 25-Maio-12


Mariana Abrantes de Sousa, Joaquim Miranda Sarmento, Paulo Vistas e Tawfiq Rkibi  discutiram  a evolução da crise em Portugal e na Europa a 25-Maio-2012

Os bancos alemães, seguidos dos bancos franceses e ingleses,  foram os maiores credores de Portugal e dos outros países da periferia durante a última década, através da tomada da nossa dívida pública, mas também através do mercado de funding inter-bancário, das linhas de correspondent banking.
Agora os bancos privados internacionais já reduziram fortemente a sua exposição de crédito para com os países devedores, sendo substituído por credores oficiais como o BCE e o Bundesbank.

Na ausência de um stand-still de crédito, que seria normal nesta  e de qualquer obrigação de refinanciar os créditos a mais longo prazo, os bancos privados internacionais aproveitaram este interregno de "default que não é default" desde o fim de 2009, para  cortar  linhas de crédito e  reduzir a sua exposição quase ao zero, uma situação que Mariana Abrantes de Sousa só pode classificar de "irresponsável".  O tsunami de crédito a entrar até 2008 deu lugar desde então a um tsunami de crédito a sair.

Mas nenhum credor pode ser melhor que os seus devedores, e o mesmo de aplica à Alemanha, o maior exportador da Europa e do mundo. A carteira de créditos da Alemanha somos nós. Se a Alemanha quiser sair do Euro, o que faz o Bundesbank com os enormes saldos credores no TARGET2, perdoa-os?

Ver mais sobre
a garantia de depósitos europeia http://ppplusofonia.blogspot.pt/2012/05/eu-wide-deposit-gurantees-now.html e
a exposição de crédtio do bancos por nacionalidade dos banco no final de 2010 em http://ppplusofonia.blogspot.pt/2011/12/eurozone-crisis-tests-limits-of.html

quarta-feira, junho 13, 2012

Que parcerias na Saúde


Iniciativa Auditoria Cidadã à Dívida Pública
Debate / Sessão Pública
16 de Junho 2012 – 14h30
Biblioteca-Museu República e Resistência

PPP na Saúde | Público-Privado: 

Que Parcerias?

As parcerias público-privadas estão actualmente no centro da discussão pública, com grande foco para as rodoviárias e ferroviárias. No entanto este conceito de investimento, que se reveste de incertezas está presente em quase todas as áreas da economia portuguesa, havendo grande relevância na última década nas concessões e PPPs na área da Saúde. Desde o mais antigo Hospital Amadora-Sintra até ao Hospital de Loures, passando pelo conturbado Hospital de Braga, a polémica nunca esteve afastada do investimento através de contratos de PPP com o grupo Mello Saúde, Hospitais Privados de Portugal (HPP Saúde) e BES Saúde. As opiniões dividem-se, em altura de particular escrutínio das contas públicas e do tipo de investimento seguido nas últimas décadas.
A Iniciativa para uma Auditoria Cidadã à Dívida organiza um debate público com alguns especialistas e participantes nestas PPPs:
  • Bruno Maia: Médico no Hospital de Santa Maria, Grupo Técnico da Auditoria Cidadã
  • Mário Neves: Presidente da Federação Nacional dos Médicos
  • Romana Borja-Santos: Jornalista do Público
  • José Boquinhas: Antigo Secretário de Estado da Saúde, Administrador HPP Saúde
A Iniciativa Auditoria Cidadã apresentará neste evento alguns dos resultados alcançados até agora no processo de escrutínio cidadão e democrático das contas e contratos de parcerias público-privadas na Saúde em Portugal.
Local: Biblioteca-Museu República e Resistência | R. Alberto de Sousa 10-A Rego | Metro Cidade Universitária / Entrecampos | Bus 31, 34, 54, 55, 68
Data: 16 de Junho 2012 – 14h30

Entrada livre
http://www.auditoriacidada.info 
https://twitter.com/IACpt 
http://www.facebook.com/iac.auditcit

A New Deal essential to overcome European banking crisis

Barroso's  proposal for a new type of banking union in Europe is a major step towards overcoming the European credit crisis, but it has came up against major resistance from the national central banks such as the Bundesbank and from wholesale cross border investors which have been the major beneficiaries of the (heretofore unsucessful) bailout effort funded collectively by the ECB, the EU and the IMF.
 If at first  you don't succeed, keep doing the same thing over and over again?  Brilliant...

First, bank credit excesses and too much cross-border funding were one of the root causes of this Eurozone credit crisis, as in any banking crisis in history. The German banks were the most overleveraged and exposed of all, followed by the French and the British banks. The (im)prudent national central banks have a lot to answer for, as national "home rule" failed miserably.

Second, don't look now, but cross-border credit risks have already been pooled and mutualized as cross-border investors were able to cut their exposures thanks to the repayments funded by the collective official bail-out funds and ECB emergency funding

Third, the Bundesbank and some of the other NCBs are already funding this huge reallocation in credit exposures by allowing its TARGET2 credit balances to accumulate, to what appear to be unsustainably divergent levels. Non-Eurozone central banks are probably getting a free-ride.

Fourth, if collective bail-out funds and emergency funding can be used to repay wholesale investors (the poor down-trodden widow and orphan hedge fund managers) whose "hot money" in-and-out tsunamis are a big part of the problem, why should the same collective support not be made available for LOCAL retail depositors and LOCAL retail investors, whose LOCAL SAVINGS are THE critical element of the solution? This would help by stabilizing local bank funding, stopping capital-flight, and generating the local surplus that is a necessary, if not sufficient, condition for eventually repaying some of the excessive external debt.
Roosevelt, Franklin D.: New Deal pin, 1932
THERE WILL BE NO SOLUTION TO THE EUROPEAN CREDIT AND BANKING CRISIS WITHOUT FIRST STABILIZING THE LOCAL BANKS AND PROTECTING THE LOCAL DEPOSITORS AND LOCAL SAVERS.

The FDIC, FEDERAL Deposit Insurance Corporation was a linchpin of the US New Deal banking legislation.

Sadly, in Europe we are still mired in Hooverism, and there's no Roosevelt in sight.

Mariana Abrantes de Sousa
 PPP Lusofonia, Algés Portugal

See  more about the New Deal banking legislation in http://www.fdic.gov/about/learn/learning/when/1930s.html
and more about the crisis in the PPP Lusofonia blog, http://ppplusofonia.blogspot.pt/search/label/Crise
See also http://varoufakis.files.wordpress.com/2010/11/modest-proposal-3-0-may-2012-without-rebalancing-mechanism.pdf 

quinta-feira, junho 07, 2012

Europa vira-se para o crescimento




Joaquim Miranda Sarmento e Mariana Abrantes de Sousa falam da estratégia de crescimento para a Europa na Comissão Executiva, ETV  http://tv.economico.sapo.pt/