De
2000 a 2007 boa parte do problema da economia portuguesa derivou de uma má afectação de recursos financeiros, de má intermediação bancária pelos bancos portugueses e internacionais.
Tivemos muito capital a entrar e não o alocamos bem. Segundo o economista Ricardo Reis, o que falhou em Portugal desde 2000 não foi o montante de capital nem o Estado. Foi o facto deste capital ter sido mal aplicado.
O fluxo de capital vindo de credores como a Alemanha acabou por financiar o sector de construção e empresas pequenas, com menos de 10 trabalhadores, em vez de apoiar as empresas que podiam lançar-se no mercado exportador.
Mais recentemente, o crédito concedido ao sector privado em Portugal tem continuado a registar variações negativas em todos os segmentos com uma redução anualizada de -5,2% a Agosto 2014.
Mas isto esconde uma divergência significativa. O crédito a empresas não financeiras caiu -7,6% enquanto o crédito ao consumo caiu apenas -0.8% no mesmo período. Isto demonstra que o má afectação dos recursos escasso continua a agravar-se. E o crédito ao consumo reflecte-se directamente nas importaçãoes de bens de consumo inclusive bens duráveis como os automóveis, cujas vendas aumentaram mais de 40%. As importações voltaram a aumentar desde o final de 2014, em paralelo com a redução no desemprego do pico de 17,5% no terceiro semestre de 2013 até 13,9% recentemente.
As empresas com maior contracção de crédito foram as micro e pequenas empresas, que apresentaram uma diminuição de quase 2 mil milhões de euros, face a dezembro de 2013.
o peso dos créditos de cobrança duvidosa no total do crédito concedido aumentou em Portugal, particularmente no segmento das empresas não financeiras (13,8%, +2 p.p. do que emdezembro de 2013).
Nas crises financeiras anteriores dos anos 1970s e 1980s, boa parte do ajustamento foi conseguido por aplicação dos plafonds de crédito e do imposto do selo sobre o crédito ao consumo, incluindo o crédito automóvel.
Desta vez, parece que as autoridades não conseguem or não querem contrariar esta má afectação de recursos escassos, outro erro de omissão das autoridades monetárias e fiscais.
VER ROE 2015 e http://www.negocioseempresas.info/#!ricardoreis/c19ep
O fluxo de capital vindo de credores como a Alemanha acabou por financiar o sector de construção e empresas pequenas, com menos de 10 trabalhadores, em vez de apoiar as empresas que podiam lançar-se no mercado exportador.
Mais recentemente, o crédito concedido ao sector privado em Portugal tem continuado a registar variações negativas em todos os segmentos com uma redução anualizada de -5,2% a Agosto 2014.
Mas isto esconde uma divergência significativa. O crédito a empresas não financeiras caiu -7,6% enquanto o crédito ao consumo caiu apenas -0.8% no mesmo período. Isto demonstra que o má afectação dos recursos escasso continua a agravar-se. E o crédito ao consumo reflecte-se directamente nas importaçãoes de bens de consumo inclusive bens duráveis como os automóveis, cujas vendas aumentaram mais de 40%. As importações voltaram a aumentar desde o final de 2014, em paralelo com a redução no desemprego do pico de 17,5% no terceiro semestre de 2013 até 13,9% recentemente.
As empresas com maior contracção de crédito foram as micro e pequenas empresas, que apresentaram uma diminuição de quase 2 mil milhões de euros, face a dezembro de 2013.
o peso dos créditos de cobrança duvidosa no total do crédito concedido aumentou em Portugal, particularmente no segmento das empresas não financeiras (13,8%, +2 p.p. do que emdezembro de 2013).
Nas crises financeiras anteriores dos anos 1970s e 1980s, boa parte do ajustamento foi conseguido por aplicação dos plafonds de crédito e do imposto do selo sobre o crédito ao consumo, incluindo o crédito automóvel.
Desta vez, parece que as autoridades não conseguem or não querem contrariar esta má afectação de recursos escassos, outro erro de omissão das autoridades monetárias e fiscais.
VER ROE 2015 e http://www.negocioseempresas.info/#!ricardoreis/c19ep
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