Não, não estamos a falar do campeonato do mundo.
Mas há outras tabelas importantes que não a da FIFA.
Segundo o Relatório da Competitividade 2009 divulgado pela AIP a 11-Nov-2009, Portugal é o país da EU com menor percentagem de adultos que possuem, pelo menos, o ensino secundário completo. Entre os 24 e os 65 anos só 27% dos portugueses têm o 12º ano ou equivalente. Mesmo entre os mais novos, apenas 54,3% dos jovens portugueses dos 20 aos 24 anos têm o secundário, enquanto os outros países estão todos acima dos 60% e nove países europeus estão acima de 80%.
Mas Portugal lidera outra tabela, a do abandono escolar, com 36%, contra uma média europeia de 15%.
Este é o campeonato que conta, sem desprimor para o futebol. Mas este campeonato passa quase despercebido, sem espaço nos jornais, nem tempo de antena. Por isso precisamos de uma mobilização nacional à Scolari, um campanha com direito a cachecol e bandeiras nas janelas a favor do aproveitamento escolar das nossas crianças, e também dos adultos com força e coragem para voltar a estudar.
A percentagem de jovens portugueses entre os 20 e 24 anos que completaram o ensino secundário (12º ano) aumenou de 53,4% em 2007 para 54,3% em 2008. Estamos no bom caminho, mas temos que andar bastante mais depressa, se queremos apanhar os outros países que estão muito mais à frente em termos de aproveitamento escolar.
Entretanto, boa sorte à Selecção de futebol, e aos outros craques das salas de aula.
Fonte: DE, AIP; Beijós XXI
PISA; Razões para terminar 12º ano
Avaliação de professores no Público
PPP Lusofonia é um blog de economia e finanças, focado nos serviços públicos e no investimento para o desenvolvimento, e nas PPP. O blog dedica-se a (a) conceitos de economia, finanças e banca (b) às necessidades dos PALOPs e (c)oportunidades de consultoria nos PALOPs, com artigos em português ou inglês. PLEASE USE THE TRANSLATE BUTTON. PPPs, development financing in Lusophone Countries Autora: Mariana ABRANTES de Sousa
Education makes a people easy to lead, but difficult to drive; easy to govern, but impossible to enslave.
ResponderEliminarLord Brougham, 1828, London
A educação faz um povo fácil de liderar, mas difícil de conduzir; fácil de governar, mas impossível de escravizar.
O Brasil também não figura muito bem neste campeonato da educação e literacia.
ResponderEliminarNão há substituto para a educação.
Segundo o estudo da União Europeia sobre o cumprimento dos Objectivos da Estratégia de Lisboa para Educação e Formação, 30,7% dos alunos portugueses com 15 anos tem um mau desempenho a matemática, e 24,9% a leitura, significtativamente pior que as médias europeias de 24% e 24,1% respectivamente.
ResponderEliminarIsto é, cerca de um quarto dos alunos da EU com 15 anos têm mau aproveitamento a leitura e a matemática, e os alunos portuguesesa estão muito pior a matemática do que os seus colegas trans-fronteiras.
E não é por falta de dinheiro.
Portugal gasta 5,25% do PIB em educação, contra 4,28% em Espanha, e 5,05% na média da UE.
Fonte: DE
Em vez de importarmos BMWs e submarinos, deveríamos importar professores de alemão.
ResponderEliminarPara além reorientar a diplomacia para a exportação de bens e serviços também precisamos de fazer o mesmo para a educação.
Actualmente, as escolas secundárias oferecem alemão, que é o maior idioma da Europa e o nosso principal mercado, só para alunos de humanidades.
Os alunos de economia ou de engenharia ficam entregues a si próprios nesta matéria tão importante.