(In English below)
A propósito do "Museu Salazar" e a Rota das Figuras Históricas proposta pelo CEIS20:
Certo, a história não se enterra, estuda-se.
Compete analisar bem o Estado Novo e compreender porquê uma governação tão repressiva com tantos custos durou tanto tempo.
Sobretudo devemos identificar e compreender "os erros de Salazar" e as graves consequências para as suas vitima diretas, para Portugal e para a Lusofonia em geral.
Seria de selecionar uma lista dos Grandes Erros de Salazar e dos governos salazaristas:
- Não perdoar a "desobediência" de Aristides de Sousa Mendes, nem depois de 1945 quando o perigo Nazi ficou definitivamente afastado
- Não permitir que os judeus refugiados de 1940 se instalassem em Portugal e contribuíssem para o nosso desenvolvimento
- Não facilitar investimento como o do Plano Marshall no pós-guerra
- Não preparar a descolonização das "províncias ultramarinas", nem lá, nem cá
- Não limitar as despesas militares que absorviam mais de metade do Orçamento do Estado
- Não aumentar nem providenciar a escolaridade obrigatória para além da 4ª classe
- Não investir na educação e alfabetização, nem em Portugal nem nas colónias
- Não permitir e emigração ordenada
- Não promover a igualdade de oportunidades e o mérito na administração pública, no sector público, no acesso a serviços públicos e na aplicação de subsídios e outras benesses
- Não promover o desenvolvimento socioeconómico equitativo e sustentável, nem em Portugal, nem nas colónias
... ... ...
Se avaliarmos melhor o custo-beneficio e o impacto desastroso das politicas salazaristas, incluindo as mais retrógradas, vamos certamente limitar o saudosismo, até dos mais beneficiados por Salazar.
Compete analisar bem o Estado Novo e compreender porquê uma governação tão repressiva com tantos custos durou tanto tempo.
Sobretudo devemos identificar e compreender "os erros de Salazar" e as graves consequências para as suas vitima diretas, para Portugal e para a Lusofonia em geral.
Seria de selecionar uma lista dos Grandes Erros de Salazar e dos governos salazaristas:
- Não perdoar a "desobediência" de Aristides de Sousa Mendes, nem depois de 1945 quando o perigo Nazi ficou definitivamente afastado
- Não permitir que os judeus refugiados de 1940 se instalassem em Portugal e contribuíssem para o nosso desenvolvimento
- Não facilitar investimento como o do Plano Marshall no pós-guerra
- Não preparar a descolonização das "províncias ultramarinas", nem lá, nem cá
- Não limitar as despesas militares que absorviam mais de metade do Orçamento do Estado
- Não aumentar nem providenciar a escolaridade obrigatória para além da 4ª classe
- Não investir na educação e alfabetização, nem em Portugal nem nas colónias
- Não permitir e emigração ordenada
- Não promover a igualdade de oportunidades e o mérito na administração pública, no sector público, no acesso a serviços públicos e na aplicação de subsídios e outras benesses
- Não promover o desenvolvimento socioeconómico equitativo e sustentável, nem em Portugal, nem nas colónias
... ... ...
Se avaliarmos melhor o custo-beneficio e o impacto desastroso das politicas salazaristas, incluindo as mais retrógradas, vamos certamente limitar o saudosismo, até dos mais beneficiados por Salazar.
Mariana Abrantes de Sousa
Economista
Yes, history is to be studied, not buried.
It is up to us to analyze the Estado Novo well and to understand why such a repressive regime with so many costs lasted so long in Portugal.
Above all, we must identify and understand "the errors of Salazar" and the serious consequences for their direct victims, for Portugal and for Lusofonia in general.
Here is a preliminary list of Salazar's Great Mistakes (feel free to add...):
- Failure to forgive the "disobedience" of Aristides de Sousa Mendes, not even after 1945 when the Nazi danger was definitively removed.
- Failure to allow the refugee Jews of 1940 to settle in Portugal and to contribute to our development
- Failure to facilitate investment in the postwar with the Marshall Plan
- Failure to prepare the decolonization of the "overseas provinces", neither there nor here.
- Failure to limit military spending that absorbed more than half of the Goverment budget
- Failure to raise or to provide compulsory education beyond 4th grade
- Failure to invest in education and literacy, neither in Portugal nor in the colonies.
- Failure to allow and orderly emigration
- Failure to promote equal opportunities and merit in public administration, in the public sector, in access to public services and in the application of subsidies and other benefits.
- Failure promote equitable and sustainable socio-economic development, either in Portugal or in the colonies.
... ... ...
If we really evaluate the cost-effectiveness and disastrous impact of Salazar's policies, including the most backward ones, we will certainly limit nostalgia, even among those who benefited by most from Salazar.
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