Mariana Abrantes de Sousa sobre as eleições americanas: Mulheres vão derrotar Donald Trump
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Os Estados Unidos têm uma tradição de eleições primárias dentro de dos dois partidos em sequência, atrasando o apuramento dos finalistas durante meses. A Super Tuesday de 1-Março em 11 Estados, incluindo o grande Texas foi definidor.
Os Estados Unidos têm uma tradição de eleições primárias dentro de dos dois partidos em sequência, atrasando o apuramento dos finalistas durante meses. A Super Tuesday de 1-Março em 11 Estados, incluindo o grande Texas foi definidor.
O Republicano Donald Trump apresenta-se como "not a politician", anti- estabelecimento, contra o aparelho do próprio Partido Republicano, caso raro nos últimos 50 anos. Trump é um
“artista de palco”, um comunicador que passou anos num programa de televisão a dizer “You’re fired”. Assim ele criou um “movimento” e não precisa do apoio da
hierarquia do partido para mobilizar
vos eleitores.
Trump tem um discurso sedutor, anti-livre comércio, anti-imigração e pro-emprego que tem resonância junto dos que se identificam como "lesados da globalização", apesar da taxa de desemprego americana ter caído para apenas 4,9% em Janeiro 2016.
Isolacionista, America first, Trump quer construir muros na fronteira com o Mexico, uma das mais permeáveis do mundo. Diz que a China, México e o Japan levaram empregos,
quer renegociar acordos comerciais, a WTO, o GATT, quer ser o "jobs President" e criar incentivos ao trabalho, mais eficácia nos serviços públicos como a educação.
Hilary Clinton lidera os Democratas,
consegue mais votos dos Afro-Americanos do que o próprio Obama. Hilary Clinton passou mais de 20 anos em Washington, conhece bem os cantos da Casa Branca. Ela está a fazer um óptima campanha, quer uma "America inteira" com um discurso também virado para os "direitos", atendendo aos 50 milhões de Americanos que vivem em pobreza.
Os candidatos concorrentes faria bem em olhar para lá dos modos grosseiros de Donald Trump para as questões que vão sendo levantadas.
A violência será reduzida com o controlo da circulação de armas. Para Clinton, os bancos maus podem bem desaparecer, "No
bank too big to fail, no executive to powerful to jail".
Nos Estados Unidos as eleições nacionais, legislativas, regionais e locais ocorrem em simultâneo. O Congresso poderá continuar Republicano, mas bastante dividido e em pânico. Custou muito a eleger o líder da maioria Republicana Paul
Ryan que diz que apoiará Trump se ele ganhar as primárias. Outros lideres Republicanos indicam o contrário.
Há novos factores a considerar nestas eleições tais como a fragmentação da comunicação social, e as redes sociais que facilitam o assalto ao poder por “outsiders".
No final, confia-se que as mulheres americanas acabem por derrotar o Donald Trump, se ninguém mais o fizer.
E assim teremos a primeira mulher Presidente Hilary Clinton.
Mariana Abrantes de Sousa
US citizen
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