A primeira grande crise financeira do século XXI fez agora 8 anos.
Na quarta-feira 12 Março, 2008, um jornalista financeiro perguntava durante um programa da televisão da CNBC se outros bancos continuavam a aceitar o banco Bear Stearns como contra-parte em operações de crédito.
A resposta foi positiva, para tranquilizar, mas o mercado não acreditou.
Antes do fim de semana, a sociedade financeira Bear Stearns, que foi criada em Maio 1923 e que sobreviveu ao colapso de Wall Street de 1929, tinha chegado ao fim da linha, sendo vendida a grande desconto ao banco J.P. Morgan.
O mercado financeiro foi e será sempre assim. Fazem-se milhares de transacções por hora, entre entidades que se conhecem e reconhecem como sendo fiáveis.
Quando uma dessas sociedades financeiras assume demasiados riscos, pode perder a confiança dos outros operadores de mercado num instante.
Antigamente, os clientes de retalhos faziam fila para retirar os seus depósitos. Agora os clientes grossista fazem uma "corrida ao banco" com um mero clic.
Os bancos, como as bicicletas, não param: caiem de lado.
Sempre assim foi. Financial crisis - that time in 2008, it was the same.
As notícias negativas sempre tiveram a capacidade de fazer cair um banco. Agora com a televisão e as redes sociais, a corrida a um banco pode ser despoletada num instante, num processo cada vez mais acelerado. Por isso os supervisores bancários têm que estar muito mais atentos e agir muito mais rapidamente.
Nos casso do BANIF, do BES e de outros bancos portugueses, o problema não foi a notícia em televisão, foi a incapacidade do Regulador e do Supervisor de implementar uma solução rápida e eficaz que protegesse os aforradores de retalho, sem onerar demasiado os contribuintes.
Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia
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