Se queremos fazer o diagnóstico correcto, para poder desenhar e aplicar a solução correcta, temos que compreender que os credores imprudentes fazem parte do problema, tanto ou mais do que os devedores incautos.
O velho ditado popular, "quem não tem dinheiro não tem vícios" tem uma tradução precisa na análise macroeconómica, que é a questão da causalidade:
O FMI tem analisado os tsu-moneys de capital volátil, que podem inundar um país, até ao momento do "sudden stop" focando correctamente as contas externas. Mas depois a receita que aplica limita-se quase exclusivamente ao controlo das contas internas, especialmente em contexto de câmbios fixos e liberdade de movimentos de capitais, como na Eurozone. Quando o remédio não condiz com o diagnóstico, o doente dificilmente se cura.
Esta pergunta do nexo da causalidade é central e de suma importância, pois toda a arquitectura da Eurozone está baseada no controlo do défice interno (S-I), que por arrasto conduziria ao controlo do défice externo (X-M) que se reflecte na acumulação de divida externa insustentável.
Este desenho da Eurozone está errado, e as tentativas de resolver a crise da Europeia apenas pelo controlo dos défices internos estão condenadas ao fracasso e/ou à austeridade draconiana persistente.
Como se vê pela "prova em anexo", foi a divergência monumental que levou à crise de sobre-endividamento dos países devedores que, nem por acaso, espelha a virtude (?) de credito excessivo dos países credores. Os credores até ajudaram a mascarar dívida em alguns casos para emprestarem mais.
Por isso, devemos sim falar de credores e de devedores. Devemos sim falar dos credores como parte do problema, se queremos que os credores passem a ser, também eles, uma parte importante da solução.
Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia
Provérbios financeiros http://ppplusofonia.blogspot.pt/2010/06/tudo-sobre-economia-e-financas-nos.html
Divergence http://ppplusofonia.blogspot.pt/search/label/Divergence
Credor como problema http://www.publico.pt/mundo/noticia/a-alemanha-como-problema-1702803?page=-1
O velho ditado popular, "quem não tem dinheiro não tem vícios" tem uma tradução precisa na análise macroeconómica, que é a questão da causalidade:
- Se é verdade que o défice externo é matematicamente igual ao défice interno, qual deles manda no outro?
- Isto é, considerando que (S-I) = (X-M), qual é a variável independente ?
- o défice externo (S-I) = f(X-M), ou
- o défice intrnto (X-M) = f(S-I) ?
O FMI tem analisado os tsu-moneys de capital volátil, que podem inundar um país, até ao momento do "sudden stop" focando correctamente as contas externas. Mas depois a receita que aplica limita-se quase exclusivamente ao controlo das contas internas, especialmente em contexto de câmbios fixos e liberdade de movimentos de capitais, como na Eurozone. Quando o remédio não condiz com o diagnóstico, o doente dificilmente se cura.
Esta pergunta do nexo da causalidade é central e de suma importância, pois toda a arquitectura da Eurozone está baseada no controlo do défice interno (S-I), que por arrasto conduziria ao controlo do défice externo (X-M) que se reflecte na acumulação de divida externa insustentável.
Este desenho da Eurozone está errado, e as tentativas de resolver a crise da Europeia apenas pelo controlo dos défices internos estão condenadas ao fracasso e/ou à austeridade draconiana persistente.
Como se vê pela "prova em anexo", foi a divergência monumental que levou à crise de sobre-endividamento dos países devedores que, nem por acaso, espelha a virtude (?) de credito excessivo dos países credores. Os credores até ajudaram a mascarar dívida em alguns casos para emprestarem mais.
Por isso, devemos sim falar de credores e de devedores. Devemos sim falar dos credores como parte do problema, se queremos que os credores passem a ser, também eles, uma parte importante da solução.
Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia
Provérbios financeiros http://ppplusofonia.blogspot.pt/2010/06/tudo-sobre-economia-e-financas-nos.html
Divergence http://ppplusofonia.blogspot.pt/search/label/Divergence
Credor como problema http://www.publico.pt/mundo/noticia/a-alemanha-como-problema-1702803?page=-1
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