Estou a ver-me grega com os dados da Divida de Externa Bruta de EUR 409,5 Bln, o montante que temos que efectivamente reembolsar aos credores não-residentes através de superavites na BTC Balança de Transações Correntes.
Mais importante que a Divida Pública, que depende da classificação dada pelo Eurostat, a Divida Externa Bruta é baseada em valores efectivamente transaccionados. Por exemplo, a divida de uma concessionária pode ficar excluída da Dívida Pública mas ser incluída na Divida Externa, na medida que as PPP recorrem quase sempre a bancos internacionais.
E Portugal já vendeu os anéis, já privatizou a EDP, a REN, a ANA Aeroportos, os portos, os CTT...
E Portugal já vendeu os anéis, já privatizou a EDP, a REN, a ANA Aeroportos, os portos, os CTT...
GED Portugal EUR 409, 5 Bln |
Fonte: https://www.bportugal.pt/pt-PT/Estatisticas/IndicadoresEstatisticosPadronizadosSDDS/sddspaginas/Paginas/extdebt.htm
GED Greece EUR 412,5 Bln a Set-2014 e 417,6 Bln a Dez-2014
VER It's the Gross External Debt ... 1
A Dezembro 2014, o Banco de Portugal fez uma revisão em baixa da Dívida Externa Bruta para 406,6 biliões de euros 40406.636
6.636
406.636
A mutualização da dívida pública acima de 60% do PIB teria alguma justificação, pois houve muito "moral hazard" da parte dos credores.
ResponderEliminarRecordemos que os Bancos Centrais nacionais como o Bundesbank, responsáveies pela supervisão dos seus bancos em regime de "home country rule", permitiram que os seus bancos acumulassem crédito aos países sobre-endividados muito para além do prudente, baseado na ideia peregrina do BASEL de que divida soberana de países OCDE era "risco zero". Houve bancos alemães, holandeses e suiços com alavancagem acima de 50 vezes o seu capital (Landesbanken, DB, UBS, ING), que teriam que ser resgatados.
Não houve como evitar alguns destes créditos ruinosos, casos de emprestimos a empresas públicas portuguesas estruturalmente deficitárias que deveriam ter sido considerados subprime desde o primeiro dia em que foram concedidos,
O que houve na primeira volta dos bailouts, foi a mutualização ou transferência desta exposição subprime dos bancos internacionais para os seus governos. Onde antes um banco alemão emprestava à REFER agora o Governo alemão empresta à Republica Portuguesa.
Se o governo portugues emprestou mais à Grecia, do que os bancos e investidores portugueses tinham a haver da Grécia, demos boleia a algum outro país credor
Quem pelo crédito vive, pela dívida morre.
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