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segunda-feira, janeiro 26, 2015

Eleições assustam credores

Com a vitória da esquerda Syriza  na Grécia, houve-se uma certa histeria, muito alimentada pelos credores e pela comunicação social.

Calma !

O que está em causa não é o Euro, nem sequer a União Europeia.
Se a Moeda Única está em causa é  porque ainda tem que dar provas de que pode ser boa para todos os 18 países membros da Eurozone, e que não contribuiu para a divergência insustentável entre os "grandes e fortes" e os "pequenos e fracos".

O que está mesmo em causa é a partilha das perdas causadas pelo rebentamento da bolha do crédito "subprime à europeia" entre credores e devedores igualmente responsáveis.  Afinal não há "divida imaculada".

Como devedora, a Alemanha obteve um perdão e reestruturação da sua divida externa em nos Acordos de Londres de 1953 em condições muito mais favoráveis do que nos está a oferecer agora como credora.

Reestruturar a dívida excessiva não é pecado,"it's just business".

E politica.  Em democracia, os eleitores não aceitam apertar o cinto sem fim à vista.

Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia


1 comentário:

  1. Discutir o crise de endividamento na Eurozone em termos de norte versus sul é não apenas politicamente incorrecto mas também analiticamente errado.

    O que temos é um confronto entre credores e devedores, num jogo do empurra dos sacrifícios de ajustamento uns para os outros.

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