Com o sector público numa cura de emagrecimento forçado e permanente, a economia só pode crescer através do sector privado. Assim sendo, o que se pode fazer para relançar as empresas e promover o investimento e crescimento da economia real, e disto o que compete à Banca, ao Estado, e sobretudo aos próprios empresários e às associações empresárias sectoriais.
A Banca:
O Estado:
As empresas:
As associações empresariais:
O que não depende de Portugal
A Banca:
- Orientar o crédito para o sector exportador e melhorar as condições de financiamento às empresas
- Reinvestir lucros para reduzir a alavancagem, que tem permitido impolar o retorno aos accionistas, e cria uma ilusão de rentabilidade acima da rentabilidade verdadeira.
- Aproveitar o funding especial para apoiar e reestruturar o crédito às empresas viáveis, para prazos mais longos
O Estado:
- Ajudar a reduzir os custos de contexto, justiça, regulação, ordenamento de território, licenciamento
- Estabilizar o regime fiscal e reduzir, para reduzir a incerteza, e a carga fiscal na economia
- Reduzir os custos de serviços públicos de energia, de transportes
- Racionalizar e melhorar a produtividade da Administração Pública e dos serviços públicos
- Estabilizar e melhorar o desempenho do AICEP
- Reforçar apoios como o Fundo de Garantia Mútua, capital de risco
- Negociar linhas especificas de crédito à exportação com os credores e parceiros comerciais externos, e a criação de um EX-IM BANK Europeu
- Tributar fortemente o crédito ao consumo
- Apoiar o investimento na formação de gestão e de marketing dos pequenos empresários
- Obter apoio dos credores para melhorar a penetração de produtos e serviços portugueses.
As empresas:
- Ir lá vender, em vez de ficar à espera que venham cá comprar para consolidar as perspectivas de vendas
- Investir mais em marketing e comercialização internacional, não necessariamente nas instalações e equipamentos (importados), a menos de tenham grandes necessidades de aumentar capacidade
- Investir na certificação de qualidade para exportar para mercados mais exigentes
- Recapitalizar, com reinvestimento de dividendos, e reestruturar os créditos vincendos,
- Melhorar e consolidar as margens de lucro
As associações empresariais:
- Agregar para melhorar o marketing e promoção externo para toda a fileira, para criar massa critica
- Potencializar os pontos fortes como a mão-de-obra qualificada e a segurança
O que não depende de Portugal
- O Euro demasiado forte, USD/EUR > 1,30, comparado com os níveis iniciais abaixo de USD/EUR de 1,20 no ano 2000.
- Ajustamento nos termos de troca bilateral, com partilha de sacrifícios pelos nossos parceiros comerciais, e não apenas unilateral através da "desvalorização interna" do corte de salários.
- Aumentar quota de mercado nos países e sectores em crescimento
Se os nossos credores não nos ajudarem a exportar e a reduzir importacões, bem podem esperar sentados pelo reembolso da dívida externa.
Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia
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