Diz um ditado popular que a "candeia que vai à frente ilumina duas vezes", para a frente e para trás.
Faz parte do contributo que esperamos da academia, trabalhar para tornar o futuro melhor, mas nem todos os académicos são visonários. Muitos catedráticos também vão em modas, também se limitam aos seus próprios interesses mais imediatos.
Por isso faz sentido a sociedade e o governo passar alguns TPCs (trabalhos para casa) aos alumos e professores para que estudem os problemas mais importante do país, e dos contribuintes que lhe pagam os salários e as bolsas.
Parabéns ao Ministério do Ensino Superior pelo novo programa “Conhecer Portugal”, que vai atribuir mais de 1.500 bolsas a estudantes que se desloquem para o Interior por períodos de três a seis meses. Seria bom prepararem trabalhos empíricos sobre as regiões e populações mais esquecidas, trazendo novos contributos e criando novas ligações.
Ver https://www.publico.pt/2020/02/26/sociedade/noticia/programa-conhecer-portugal-1500-bolsas-va-interior-1905614
Cerca de 2003, perguntei a um professor de uma notável universidade pública de Lisboa, se havia professores ou alunos a estudar o "Mercado Espanhol", um mercado muito complexo e diverso, quatro vezes maior do que o português e bastante mais rico, com quem tinhamos e temos um défice comercial crónico. Não havia então nenhum especialista a estudar nuestros hermanos, pois os professores e alunos todos tinham "outras prioridades".
Estranhei bastante esta falta de interesse pelos vizinhos, pois na Universidade da California tive um pequena disciplina sobre o mercado mexicano, que era considerado uma prioridade já naquele tempo.
Agora estamos muito satisfeitos om o elevado número de estudantes alemães que aproveitam o sol e os preços mais baixos em Portugal. E quantos alunos portugueses vão estudar para a Alemanha, para conhecer melhor e aprender a vender no maior e mais exigente mercado da Europa?
Mas a Sustentabilidade não passa apenas por vender mais na Alemanha,
A Sustentabilidade em geral vai passar mais por Africa.
Se queremos mesmo contribuir para a SUSTENTABILIDADE global deveriamos ter muito mais estudantes Africanos ...
Mariana Abrantes de Sousa
Economista
Faz parte do contributo que esperamos da academia, trabalhar para tornar o futuro melhor, mas nem todos os académicos são visonários. Muitos catedráticos também vão em modas, também se limitam aos seus próprios interesses mais imediatos.
Por isso faz sentido a sociedade e o governo passar alguns TPCs (trabalhos para casa) aos alumos e professores para que estudem os problemas mais importante do país, e dos contribuintes que lhe pagam os salários e as bolsas.
Parabéns ao Ministério do Ensino Superior pelo novo programa “Conhecer Portugal”, que vai atribuir mais de 1.500 bolsas a estudantes que se desloquem para o Interior por períodos de três a seis meses. Seria bom prepararem trabalhos empíricos sobre as regiões e populações mais esquecidas, trazendo novos contributos e criando novas ligações.
Ver https://www.publico.pt/2020/02/26/sociedade/noticia/programa-conhecer-portugal-1500-bolsas-va-interior-1905614
Cerca de 2003, perguntei a um professor de uma notável universidade pública de Lisboa, se havia professores ou alunos a estudar o "Mercado Espanhol", um mercado muito complexo e diverso, quatro vezes maior do que o português e bastante mais rico, com quem tinhamos e temos um défice comercial crónico. Não havia então nenhum especialista a estudar nuestros hermanos, pois os professores e alunos todos tinham "outras prioridades".
Estranhei bastante esta falta de interesse pelos vizinhos, pois na Universidade da California tive um pequena disciplina sobre o mercado mexicano, que era considerado uma prioridade já naquele tempo.
Agora estamos muito satisfeitos om o elevado número de estudantes alemães que aproveitam o sol e os preços mais baixos em Portugal. E quantos alunos portugueses vão estudar para a Alemanha, para conhecer melhor e aprender a vender no maior e mais exigente mercado da Europa?
Mas a Sustentabilidade não passa apenas por vender mais na Alemanha,
A Sustentabilidade em geral vai passar mais por Africa.
Se queremos mesmo contribuir para a SUSTENTABILIDADE global deveriamos ter muito mais estudantes Africanos ...
Mariana Abrantes de Sousa
Economista
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