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sábado, julho 02, 2011

Reclama-se um melhor serviço público - SEF no Aeroporto de Lisboa


Concordo plenamente com  a critica publicada no blog Brutus ao mau serviço do SEF, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras,   no Aeroporto de Lisboa, de manhã, especialmente as enormes filas de espera que já presenciei várias vezes e que já denunciei com reclamações no Livro Amarelo. Uma vez, estive 15 minutos à espera que trouxessem o dito Livro Amarelo.     
Mas parece que os estrangeiros que chegam ao Aeroporto da Portela antes das 9h00, e são quase todos os voos transcontinentais, têm que esperar que os responsáveis do SEF tomem o seu pequeno almoço!

Como somos  poucos os  portugueses que testemunham esta desagradável realidade, compete-nos alertar para esse problema e reclamar um melhor serviço público.  

Afinal, o turismo é tão só  o principal sector da economia portuguesa.

Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia

sef@sef.pt, relpublicas@sef.pt, contactar@ana.pt 

ESPECIALMENTE NO AEROPORTO DE LISBOA  
Mais uma vez, ao chegar ao aeroporto da Portela, vindo Brasil, deparei com uma cena que só nos envergonha, especialmente quando aterram 2 ou 3 aviões da TAP provenientes do Brasil e 1 ou 2 vindos de África. 
Naturalmente que a maioria dos que desembarcam são brasileiros ou de países como Angola, Cabo Verde ou Moçambique, logo considerados "estrangeiros", pois o letreiro lá existente para cidadãos oriundos da 'CPLP' é mero disfarce, pois são tão ou mais controlados que outros estrangeiros.
Então, ao chegar ao controlo de passaportes, forma-se uma enorme fila para estrangeiros, "ziguezagueante", com centenas de pessoas, que perdem ali cerca de 1 hora, pois em regra só estão 4 agentes do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras). E mesmo para os portugueses e restantes países da União Europeia só está 1 agente do SEF. 
Só que, no meio desses cidadãos, estão dezenas de pessoas idosas e outras tantas crianças, muitas de colo. Julgam que alguém no aeroporto, designadamente da "ANA" ou mesmo do "SEF" se preocupa com as crianças ou com os velhos e lhes dá prioridade? Nem pensar. E é ver alguns não aguentarem e sentarem-se no chão (inexistem bancos ou cadeiras) e as crianças natural é que chorem passado algum tempo.
Isto repete-se e porventura todos ou quase todos os dias. E ninguém vê? E ninguém faz nada? Nem sequer têm um mínimo de bom senso de criar um balcão preferencial para os idosos ou passageiros com crianças? Será isto difícil? Que tem a dizer a isto o presidente da ANA e o Dr. Manuel J. Palos Director-Geral do SEF?
É por coisas destas, de fácil solução, mas que a incúria e a falta de humanismo prolongam, que eu às vezes sinto vergonha de ser português...


5 comentários:

  1. Agradeço a reprodução neste blogue do texto que escrevi sobre a autêntica pouca vergonha a que os estrangeiros são sujeitos no aeroporto da Portela, em Lisboa, pois é a imagem do país que é logo posta em causa, à entrada.

    Por esquecimento, no texto, esqueci-me de referir as senhoras grávidas, que naturalmente sofrem e muito.

    Coisas destas são inadmissíveis. E quando voltar a passar por lá, se tudo estiver na mesma, não só pedirei o livro de reclamações, como irei até ao Sr. presidente da ANA e ao Sr. Director-Geral do SEF.

    É que, além de Jorge da Paz, também sou 'Brutus' quando é preciso.

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  2. Boas.
    Vocês estão naturalmente aborrecidos porque estiveram muito tempo numa fila depois de um voo cansativo, mas as coisas não são como aqui se expôem. O SEF não é um serviço administrativo, trata-se de um Órgão de Polícia Criminal sobre o qual recai a responsabilidade de, entre outras coisas, fazer o controlo de fronteiras - talvez seja bom lembrar que todos os meses são detidos centenas (sim, é verdade!) de cidadãos com mandados de captura internacionais(por terrorismo, violação, homicídio, etc). Quanto às senhoras grávidas, aos idosos e às pessoas de mobilidade reduzida, existe para isso um canal próprio, está lá e bem assinalado - basta não seguir o rebanho e ler as indicações.

    Acresce que há também canais próprios para cidadãos comunitários e até há fronteira electrónica (RAPID), para quem tem passaporte electrónico - que é um sistema de invenção portuguesa, premiado internacionalmente e já adquirido por dezenas de estados (EUA, incluídos). Com as boxes destinadas aos PALOP não se pretende fazer um controlo "mais leve"; apenas existe um protocolo com o objectivo que os cidadãos desses estados estejam em filas "dedicadas", tal como existem as boxes e os canais próprios para comunitários, como referi acima. Com saberão, é precisamente dos PALOP que existem mais problemas de imigração, por isso não faria sentido um controlo menos apertado.

    Convém também saber que os horários dos voos são estabelecidos pela ANA, com pressupostos económicos e, por isso, os voos transcontinentais (Brasil, África, Moscovo, etc)chegam todos juntos e criam-se os problemas que Vexas presenciaram. Por último, os inspectores do SEF não estão a tomar o pequeno almoço - isso é uma injustiça para quem passa oito horas diárias com largas centenas de pessoas à frente - na verdade alguns entram às 5 da manhã, mas existem os que existem e são poucos. Se os passageiros se aborrecem com duas horas de espera, imaginem ter essa vida day in day out. Há poucos efectivos, isso sim! Não vi ninguém aqui criticar os governantes por fazerem a opção de apertar controlo (a decisão não é do SEF, é do MAI!) e não reforçar meios - sabem Vexas que foi cancelado um concurso para Inspectores, cujo objectivo seria precisamente reforçar as fronteiras? Os inspectores do SEF são polícias mas, antes disso, são homens e mulheres que têm uma função esgotante, mormente nos aeroportos, em prol da segurança de todos e são os menos culpados das demoras. Quando entrou entrou em Portugal o Rosa Casaco, procurado pela justiça, criticou-se o SEF: "não controlaram bem - há que apertar controlo", sem sequer se lembrarem que o homem não veio de avião, mas atravessou a fronteira terrestre, onde não há sequer fiscalização - se há controlo, "coitadinhos dos meninos", que estão cansados...
    E eu nem trabalho no SEF, mas vejo isso todos os dias...

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  3. Com o devido respeito caro "Sr Professor Doutor que até estive em duas conferências e vi o Dr Jarmela Paulos ao longe": o seu post fez-me rir... A sério que fez!

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  4. Os voos chegam quando chegam, por isso haverá sempre picos de trabalho, alguns previsíveis, outros nem por isso.

    Considerando que o SEF é o primeiro encontro dos visitantes com Portugal,seria importante melhorar significativamente a gestão das filas de espera.

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  5. Mais controle e mais segurança implica mais demora... se for menos e acontece algo, cai o Carmo e a Trindade. É preciso ter esta noção presente. Quando nos toca a nós queremos rapidez mas quando ouvimos falar de imigração ilegal e terrorismo, tudo tem que ser bem escrutinado. Nunca se esqueçam que no universop das pessoas que passam num aeroporto, nenhuma tráz um letreiro na cabeça a dizer quem é. Acho que o trabalho do SEF acaba por ser um desafio.

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