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sexta-feira, outubro 12, 2007

Espanhóis só associam cinco marcas a Portugal

Segundo um estudo elaborado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola, as marcas que os espanhóis associam a Portugal são a Caixa Geral de Depósitos, a Galp, Banco Espírito Santo (BES), Delta e Luís Simões.
Os espanhóis têm uma forte apetência para comprarem marcas nacionais em detrimento das estrangeiras, mas no caso das portuguesas identificam a CGD, BES, Galp, Delta e Luís Simões com o país de origem, destaca o mais recente estudo elaborado por esta Câmara de Comércio.
O trabalho, que identificou 400 empresas lusas em território espanhol, permitiu reunir entre 2004 a 2006 os dados detalhados de 180 destas empresas.
Segundo o estudo, só entre as cinco maiores empresas portuguesas em Espanha representam aproximadamente três quartos (72 por cento) do volume de facturação do conjunto das 180 empresas cujos indicadores foi possível recolher.
Assim, ao nível da facturação, estas cinco empresas facturaram 7,9 mil milhões de euros em 2006. O "ranking" das cinco maiores empresas portuguesas em Espanha é liderado pela Galp Energia, com um volume de negócios de 2,5 mil milhões de euros.
Seguem-se a Hidrocantábrica Del Cantábrico, do grupo EDP com 2,1 mil milhões de euros e da Tafisa, do grupo Sonae com 1,7 mil milhões de euros de facturação.
Na quarta posição aparece a Cimpor Inversiones - grupo Cimpor, com uma facturação de 1,13 mil milhões de euros, seguida pela Sovena Ibérica de Aceites (grupo Nutrinveste), com um volume de negócios da ordem dos 476 milhões de euros no ano passado.
Cada português compra a Espanha anualmente cerca de 1.500 euros e vende 873 euros, sendo que Portugal representa para Espanha o seu quarto mercado receptor de produtos e bens e o seu oitavo fornecedor.
Os bens mais transaccionados entre estes países, quer de um lado quer de outro, são produtos da indústria auxiliar mecânica e da construção e os bens de tecnologia industrial, salienta o estudo. A confecção e a moda estão entre o terceiro e o quarto lugar entre os produtos mais transaccionados entre os dois países, a que não é alheia a existência dos grupos espanhóis Inditex e El Corte Inglês. Na área financeira os bancos portugueses têm uma quota de mercado de 0,5 por cento, enquanto os espanhóis têm uma posição no mercado português da ordem dos 15 por cento.
De facto, estas cinco marcas identificadas pelos consumidores espanhóis, como sendo representativas da imagem do país de origem Portugal, são algumas das marcas portuguesas mais fortemente internacionalizadas e cujo esforço que efecturam na sua promoção no exterior, tem sido reconhecido pelo sucesso alcançado nas respectivas áreas de actividade. Seria desejável no entanto que em vez de cinco marcas, o número fosse bastante superior bem como o número de empresas portuguesas presentes em Espanha e que os incentivos à exportação e promoção das empresas no exterior fossem maiores. Pois assim, o número de exportações aumentaria, a imagem de Portugal no exterior seria optimizada e os empresários poderiam adquirir mais confiança.
http://www.icep.pt/CmsAPI/AICEP/index.html
Fonte: "Agência LUSA", 11 de Outubro de 2007.

2 comentários:

  1. Criar uma marca é uma actividade com enormes economias de escala. Criar uma marca tem um potencial muito maior num mercado de 50 milhões de consumidores do que num mercado de 10 milhões de consumidores.

    E as marcas beneficiam de ter mercado doméstico grande mas também exigente.

    É como a borboleta que necessita romper o seu próprio casulo para ficar com asas fortes e poder voar mais longe.

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  2. Qualquer dia vão associar também o Beijós XXI.

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