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sábado, agosto 21, 2021

Trade not aid: comprar é melhor que dar, mas alguns só querem vender

Um artigo em The Economist de 31-Julho-2021 recorda as teorias de  crescimento económico baseado na industrialização e no comércio internacional

A transição da economia agrária, para a economia industrial e depois para a economia de serviços parecia a caminho natural para o desenvolvimento económico;  os trabalhadores rurais excedentários tornavam-se mais produtivos nas fábricas exportadoras, e educavam os seus filhos e netos para a economia de serviços passando a importar produtos de outros países de salários mais baixos. 

China Balance of Trade 25 years
Segundo o artigo, a China resistiu a esta tendência de diversificação porque optou por uma politica de auto-suficiencia. A sua economia continua muito mais dependente do sector industrial do que seria de prever de acordo com os seus níveis de rendimento. 

Germany Balance of Trade 25 years 
Mais do que a auto-suficiencia, esta contenção das importações reflete uma cultura de "exportação uber alles" dos países que fazem tudo para defender os seus excedentes comerciais internacionais. 

Crescer por via das exportações era mal visto como um politica comercial predadora de "beggar-thy-neighbor" que passou agora a ser praticada pelos grandes países exportadores  e que parece ter-se tornado aceitável nesta era de divergencias e 
desequilibrios persistentes
no comércio internacional.

Resta recordar que o impacto destas políticas para os pequenos países importadores com economias frageis é bastante mais negativa, para quem a convergência económica por via da industrialização vai ficando cada mais distante.  O empobrecimento persistente instala-se em alguns países em desenvolvimento em Africa e em muitos outros que nunca conseguem  "apanhar o comboio" dos outros.

China ...Germany 
Current Account as Pct GDP
Noutros tempos, a politica de exportar, Exportar, EXPORTAR chamava-se mercantilismo e não era bem vista. 

Neste contexto, para muitos países, a promessa de convergência e a conversa de "inclusive growth" acaba por ser mesmo só... conversa. 

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