Agradecimentos a The Economist e aos seus comentadores por voltar a explicar "ordoliberalismo", a "filosofia económica alemã" focada no "poupar e exportar", que tem o resultado dito "virtuoso" de superávites externos crescentes.
Obviamente que o mercantilismo funciona. Para o exportador.
Obviamente que o mercantilismo funciona. Para o exportador.
Que estranho ler que "na Alemanha economia é visto como
fazendo parte de “filosofia moral".
Eu pensava que economia fazia parte de aritmética: Isto é, a
soma dos excedentes de exportação dos países superavitários tem de ser igual à
soma do defices de importação dos países deficitários.
A menos que os países exportadores sejam "tão
virtuosos" que as sua exportações flutuem até Marte. Assim economia podia tornar-se
um ramo de astronomia.
(Se conseguirem fazer exportações extra-planetárias, melhor
pedir pagamento antes de enviar o carregamento!)
Só porque os países credores
têm mais dinheiro e tenham mais influência não quer dizer que tenham mais razão. Isto é mais um exemplo de como a má análise económica (feita
sobretudo por juristas) alimenta conclusões politicamente incorretas e o
conflito entre os povos europeus.
Pode-se mudar de ministro como quem muda de camisa, e até de governos inteiros, mas a Eurozone e a Moeda Única estão ameaçadas enquanto as balanças comerciais dos
países membros continuarem a divergir. Não há saída da nossa crise de
endividamento externo que não passe pelas exportações.
Para os países deficitários, é exportar ou sofrer.
A divergência comercial é insustentável e ameaça não só a
Eurozone, mas os próprios europeus.
Mariana Abrantes de Sousa
Ver The Economist Of rules and order
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