Portugal's severe energy deficit points to LOCAL renewables
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A recent article in the Economist (Sun, wind and drain, 26-July-2014 on a Brookings Institution study) concludes, on the basis of some very aggregated and weak analysis) that gas based electricity generation is "cheaper" than solar and wind renewables even with carbon emission priced several times the current market price, after factoring in the availability charges for thermal plants needed to stand-by to compensate for the intermittency of solar and wind power.
These averages, even if they were correct, could be interesting but are a poor policy guide since the "devil is in the divergence", that is the risks. And pricing carbon at USD50/ton internalizes only one of the negative externalities of fossil fuel dependence. How do you price in the negative impact of FF imports on the balance of payments for a country which cannot adjust through devaluation?
For a sunny and windy country like Portugal, with an energy trade deficit of EUR 6.23 billion (in 2103,-3,8% of GDP, down from -6% of GDP in earlier years), cutting energy imports may make all the difference in the ability to repay external debt, which depends on a positive CAB current account balance.
Or Portugal can work to boost other exports of "sunshine in a bottle",such as wine, which reached EUR 725 million in 2013 to pay for imports of coal, oil and gas. We would need to export eight times more wine to cover our energy trade deficit.
That is a lot of Port. Drink up!
Sources: Energy trade balance http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/factura_energetica_portuguesa_cai_para_o_valor_mais_baixo_dos_ultimos_tres_anos.html
Economist Sun Wind and Drain http://www.economist.com/comment/2463065
Instituto da Vinha e do Vinho www.ivv.min-agricultura.pt/ e http://expresso.sapo.pt/exportacoes-de-vinho-cresceram-em-2013=f856799
Défice energético aponta para renováveis Um artigo recente na revista The Economist (Sol, vento e drenagem, 26-Julho-2014 sobre um estudo Brookings Institution) concluiu, com base em uma análise muito fraca e agregada) que a geração de electricidade a partir do gás natural é "mais barata" do que as energias renováveis, mesmo com as emissões de CO2 cobradas a preços muito superiores ao preço de mercado actual, depois de considerar os encargos de disponibilidade de centrais térmicas necessárias para compensar a intermitência eólica e solar.
Estas médias, mesmo que se fossem corretas, podiam ser interessantes, mas não servem como guias, pois o o "diabo está na divergência," isto é nos riscos. E incluir um custo de emissões ao preço de USD 50/tonelada de carvão internaliza apenas uma das externalidades negativas da dependência de combustíveis fósseis. Como internalizar o impacto negativo das importações de combustíveis fosseis na balança de pagamentos de um país que não pode ajustar através da desvalorização?
Para um país soalheiro e ventoso como Portugal, com um défice de comércio externo de energia de EUR 6.230 milhões (em 2103, -3,8% do PIB, abaixo dos -6% do PIB em anos anteriores), cortar as importações de energia pode fazer toda a diferença na capacidade de pagamento da dívida externa, que vai exigir um saldo positivo no BTC balança de transacções correntes.
Ou Portugal pode virar-se para o aumento de exportações de outras formas de "sol engarrafado", tais como o vinho, cujas exportações que atingiram EUR 725 milhões em 2013, a fim de poder pagar as importações de carvão, petróleo e gás. Seria preciso exportar vinho oito vezes mais vinho para cobrir o défice externo de energia, o que parece bastante mais difícil do que aumentar a quota de renováveis.
Seria necessário mesmo muito vinho do Porto. Á nossa !
PS. Na sua tese premiada pela Ordem dos Economistas, Sara Proença estima que a aposta nas energias renováveis poderia aumentar o PIB e baixar o desemprego em 2%.
Ler mais em http://www.ordemeconomistas.pt/xportalv3/file/XEOCM_Documento/27038053/file/Pages%20from%20DE_2014-10-06.pdf
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A recent article in the Economist (Sun, wind and drain, 26-July-2014 on a Brookings Institution study) concludes, on the basis of some very aggregated and weak analysis) that gas based electricity generation is "cheaper" than solar and wind renewables even with carbon emission priced several times the current market price, after factoring in the availability charges for thermal plants needed to stand-by to compensate for the intermittency of solar and wind power.
These averages, even if they were correct, could be interesting but are a poor policy guide since the "devil is in the divergence", that is the risks. And pricing carbon at USD50/ton internalizes only one of the negative externalities of fossil fuel dependence. How do you price in the negative impact of FF imports on the balance of payments for a country which cannot adjust through devaluation?
For a sunny and windy country like Portugal, with an energy trade deficit of EUR 6.23 billion (in 2103,-3,8% of GDP, down from -6% of GDP in earlier years), cutting energy imports may make all the difference in the ability to repay external debt, which depends on a positive CAB current account balance.
Or Portugal can work to boost other exports of "sunshine in a bottle",such as wine, which reached EUR 725 million in 2013 to pay for imports of coal, oil and gas. We would need to export eight times more wine to cover our energy trade deficit.
That is a lot of Port. Drink up!
Sources: Energy trade balance http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/factura_energetica_portuguesa_cai_para_o_valor_mais_baixo_dos_ultimos_tres_anos.html
Economist Sun Wind and Drain http://www.economist.com/comment/2463065
Instituto da Vinha e do Vinho www.ivv.min-agricultura.pt/ e http://expresso.sapo.pt/exportacoes-de-vinho-cresceram-em-2013=f856799
Défice energético aponta para renováveis Um artigo recente na revista The Economist (Sol, vento e drenagem, 26-Julho-2014 sobre um estudo Brookings Institution) concluiu, com base em uma análise muito fraca e agregada) que a geração de electricidade a partir do gás natural é "mais barata" do que as energias renováveis, mesmo com as emissões de CO2 cobradas a preços muito superiores ao preço de mercado actual, depois de considerar os encargos de disponibilidade de centrais térmicas necessárias para compensar a intermitência eólica e solar.
Estas médias, mesmo que se fossem corretas, podiam ser interessantes, mas não servem como guias, pois o o "diabo está na divergência," isto é nos riscos. E incluir um custo de emissões ao preço de USD 50/tonelada de carvão internaliza apenas uma das externalidades negativas da dependência de combustíveis fósseis. Como internalizar o impacto negativo das importações de combustíveis fosseis na balança de pagamentos de um país que não pode ajustar através da desvalorização?
Para um país soalheiro e ventoso como Portugal, com um défice de comércio externo de energia de EUR 6.230 milhões (em 2103, -3,8% do PIB, abaixo dos -6% do PIB em anos anteriores), cortar as importações de energia pode fazer toda a diferença na capacidade de pagamento da dívida externa, que vai exigir um saldo positivo no BTC balança de transacções correntes.
Ou Portugal pode virar-se para o aumento de exportações de outras formas de "sol engarrafado", tais como o vinho, cujas exportações que atingiram EUR 725 milhões em 2013, a fim de poder pagar as importações de carvão, petróleo e gás. Seria preciso exportar vinho oito vezes mais vinho para cobrir o défice externo de energia, o que parece bastante mais difícil do que aumentar a quota de renováveis.
Seria necessário mesmo muito vinho do Porto. Á nossa !
PS. Na sua tese premiada pela Ordem dos Economistas, Sara Proença estima que a aposta nas energias renováveis poderia aumentar o PIB e baixar o desemprego em 2%.
Ler mais em http://www.ordemeconomistas.pt/xportalv3/file/XEOCM_Documento/27038053/file/Pages%20from%20DE_2014-10-06.pdf
Voice of experience says:
ResponderEliminarHaving the best solar irradiance in the EU, with plenty of agriculturally poor land available, the need to battle desertification in rural areas, energy security exacerbating the need for intra-EU energy generation, and a continuously declining solar cost curve that will soon allow to beat even nuclear on a comparative cost basis, and the absolute need to find viable new sources of economic value to solve its towering national debt, you could easily wonder why solar has not yet taken off in a big way in Portugal. One of the reasons lies in the deregulation of EU markets, another yet in the ability to transport energy across the EU at volume and reasonable cost. Both are being addressed though, so large scale solar may be one of the answers to a number of the above challenges and opportunities.
Também se pode "exportar sol" na forma de cortiça e papel.
ResponderEliminarAs exportações florestais estão a crescer.
"Exportar sol" inclui os seguintes sectores tradicionais
ResponderEliminar- Turismo
- Vinho
- Floresta (coriça e papel)
- Agricultura
mas também sectores novos como "call and service centers" que já representam 1% do PIB
Na sua tese premiada pela Ordem dos Economistas, Sara Proença estima que a aposta nas energias renováveis poderia aumentar o PIB e baixar o desemprego em 2%.
ResponderEliminarhttp://www.ordemeconomistas.pt/xportalv3/file/XEOCM_Documento/27038053/file/Pages%20from%20DE_2014-10-06.pdf