Que um migrante recém-chegado passe por uma fase de adaptação, temporária, e que trabalhe abaixo das suas qualificações não é de estranhar por quem já emigrou e voltou. Num mercado de trabalho pouco "eficiente" como Portugal, não é fácil o trabalhador certo chegar ao cargo certo.
Mais problemático é haver tantos profissionais subaproveitados, durante tantos anos, com tantos custos pessoais como socioeconómicos.Por exemplo, este ano aumentam as vagas nos cursos para novos professores, com impacto daqui a 5 anos.
Mas haverá algum curso rápido de reciclagem para professores formados há 10 ou 15 anos que têm estado a trabalhar noutros setores, em lojas ou escritórios ou como trabalhadores independentes?
E um diploma, seja nacional ou estrangeiro, não diz tudo sobre as nossas capacidades profissionais.
O meu diploma da Princeton University estava escrito em Latim! Mais um entrave à equivalência!
Mariana Abrantes de Sousa
Economista
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