Esta história da colecção Miró herdada pelos contribuintes no resgate de um banco muito mau é mesmo mirabolante (espantosa, espalhafatosa, delirante...).
Esta mirabolice (neologismo ?) vai muito para além da exposição Miró Mirabolante que percorreu por várias cidades brasileiras há uns anos.
Nem este grande artista de lembraria de permitir que gestores bancários utilizassem o dinheiro dos depositantes para aplicar em obras de arte, uma falha de supervisão bancária grosseira, ou pior.
Como estão os responsáveis por esta má gestão? Nada mal.
Mas, considerado a péssima qualidade da carteira de crédito do BPN, talvez esta tenha sido uma das melhores decisões de aquela comité de investimento. O que não sabiam de finanças, sabiam talvez de história de arte.
O preço de reserva de EUR 35 milhões do leilão em pouco alivia o contribuinte. No entanto, o Estado ficar com as obras e criar uma exposição é ideia interessante, mas tem que ser muito bem pensada e melhor executada. Isto é um montante interessante mas inconsequente no computo geral da nossa desgraça financeira. A Fundação Joan Miro em Barcelona recebeu 989 000 visitantes em 2013.
Porque não manter e expor a colecção Miró junta em Portugal e aproveitar toda esta publicidade? Mas com boa gestão desta vez.
É que temos outros exemplos de colecções que ficaram bem caras ao contribuinte.
- A Colecção Berardo tem custos de funcionamento elevados.
- E a colecção fabulosa do Tesouro Real Português esteve quase sempre bem fechada no Palácio da Ajuda. Inútil tentar visitar, não estava disponível. Saiu para a Europalia em Bruxelas em 1991, e voltou. Depois saiu para Antuérpia em 2002, e não voltou, foi roubada. Das seis mais belas peças do nosso Tesouro Real que reunia a grande história de Portugal, do Brasil e do Império Português, da Lusofonia resta-nos ... o livro da exposição e ... a Wikipedia.
Enviar peças preciosas para a capital do diamante é mesmo por-se a jeito (tempting fate).
Entretanto, em Londres, os brasileiros juntam-se à fila para ver as joias da corôa britânica, que aparentemente tem a segurança bem assegurado.
Mas em Portugal, o povo é sereno. Demais.
A negligência e a gestão danosa paga-se caro; pagarão os netos.
Mariana ABRANTES de Sousa
Tesouro Real http://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%B3ias_da_Coroa_Portuguesa
Miró no Bloomberg http://www.bloomberg.com/news/2014-01-31/bailed-out-bank-s-miro-art-on-auction-stirs-conflict-in-portugal.html
Esta mirabolice (neologismo ?) vai muito para além da exposição Miró Mirabolante que percorreu por várias cidades brasileiras há uns anos.
Nem este grande artista de lembraria de permitir que gestores bancários utilizassem o dinheiro dos depositantes para aplicar em obras de arte, uma falha de supervisão bancária grosseira, ou pior.
Como estão os responsáveis por esta má gestão? Nada mal.
Mas, considerado a péssima qualidade da carteira de crédito do BPN, talvez esta tenha sido uma das melhores decisões de aquela comité de investimento. O que não sabiam de finanças, sabiam talvez de história de arte.
O preço de reserva de EUR 35 milhões do leilão em pouco alivia o contribuinte. No entanto, o Estado ficar com as obras e criar uma exposição é ideia interessante, mas tem que ser muito bem pensada e melhor executada. Isto é um montante interessante mas inconsequente no computo geral da nossa desgraça financeira. A Fundação Joan Miro em Barcelona recebeu 989 000 visitantes em 2013.
Porque não manter e expor a colecção Miró junta em Portugal e aproveitar toda esta publicidade? Mas com boa gestão desta vez.
É que temos outros exemplos de colecções que ficaram bem caras ao contribuinte.
- A Colecção Berardo tem custos de funcionamento elevados.
- E a colecção fabulosa do Tesouro Real Português esteve quase sempre bem fechada no Palácio da Ajuda. Inútil tentar visitar, não estava disponível. Saiu para a Europalia em Bruxelas em 1991, e voltou. Depois saiu para Antuérpia em 2002, e não voltou, foi roubada. Das seis mais belas peças do nosso Tesouro Real que reunia a grande história de Portugal, do Brasil e do Império Português, da Lusofonia resta-nos ... o livro da exposição e ... a Wikipedia.
Enviar peças preciosas para a capital do diamante é mesmo por-se a jeito (tempting fate).
Entretanto, em Londres, os brasileiros juntam-se à fila para ver as joias da corôa britânica, que aparentemente tem a segurança bem assegurado.
Mas em Portugal, o povo é sereno. Demais.
A negligência e a gestão danosa paga-se caro; pagarão os netos.
Mariana ABRANTES de Sousa
Tesouro Real http://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%B3ias_da_Coroa_Portuguesa
Miró no Bloomberg http://www.bloomberg.com/news/2014-01-31/bailed-out-bank-s-miro-art-on-auction-stirs-conflict-in-portugal.html
Sem comentários:
Enviar um comentário