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sexta-feira, janeiro 17, 2014

Credores mas pouco

Eis alguns dos casos mais vergonhosos da incapacidade das instituições europeias em intermediar crédito para os países que verdadeiramente o necessitam. 

Há um fundo  da União Europeia  que está a financiar projectos  eficiência energética na Alemanha, mas que em Portugal exige taxas de juro acima de 9%.  Porquê ?  Porque cobra um prémio de risco  soberano de 5%.  
Ver http://www.eeef.eu/home.html 

O BEI começou finalmente a fazer   financiamento à exportação para a Grécia e Chipre, mas ainda não em Portugal. 
Porque não?   Porque financiar exportações em Portugal não é prioridade.  
Ver http://ppplusofonia.blogspot.pt/2013/11/bei-no-financiamento-exportacao.html 

O Banco Europeu de Investimentos (BEI) forneceu  40% dos financiamento às parcerias público-privadas (PPP) em Portugal, mas só contra garantias de terceiros, apesar de ter feito todos os estudos de tráfego e mais alguns.  Depois o  BEI só libertou as garantias dos bancos portugueses nas PPP contra garantia da República Portuguesas , assim  BEI aceitou substituir a exigência feita à banca portuguesa, de colateralização integral da sua exposição. 
Ver Portfolio State Guarantee http://www.eib.org/infocentre/press/news/all/portfolio-state-guarantee-with-portugal-enters-into-force.htm 

Deveriam ser estas  IFI's, instituições financeiras internacionais,  a compensar as falhas de um mercado financeiro disfuncional, aceitando risco Portugal  a custo razoável e até subsidiado,  em projectos de investimento produtivos. 

Mas não.  São parte do problema, não da solução. 

quarta-feira, janeiro 15, 2014

RTP dá a conhecer as PPP


A RTP fala nas PPP
Carlos Moreno:   Fazer obra sem ter que a pagar de imediato, é um grande trunfo eleitoral
Mariana Abrantes de Sousa (minuto 14-Janeiro, 20:28):  O Concedente oferece demasiados benefícios para atrair o parceiro privado. E que depois quando as coisas correm mal, se dá ainda mais beneficios.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=709625&tm=6&layout=122&visual=61

domingo, janeiro 12, 2014

Pensões mais altas tinham mesmo de ser tosquiadas



Os comentadores do ETV Mariana Abrantes de Sousa, Rogério Fernandes Ferreira, Mário Caldeira Dias e António Gaspar analisam o plano B do Governo para compensar chumbo do TV e a emissão de dívida portuguesa. "Conselho Consultivo" de 10 de Janeiro de 2014.

Deixem-nos trabalhar

Na União Europeia em 2012,  62% dos  desempregados eram de longa duração (desempregados há mais de 6 meses).  Nos Estados Unidos da América , em Novembro de 2013, apenas  37,3% dos desempregados estavam desempregados há mais de 6 meses, mais ou menos o mesmo nível de 2000.  

Pior, a  redução da taxa de desemprego entre os desempregados de longa duração pode reflectir apenas o aumento de "trabalhadores desanimados" que acabam por deixar de procurar trabalho e tornam-se inactivos. Isto junto com a emigração levou a uma queda de 2% na população activa em Portugal na primeira metade de 2013.  

E mesmo quando voltam a trabalhar, os desocupados de longa duração acabam por sofrer uma maior penalização salarial.  

Portugal é um dos países europeus com mais desempregados de longa duração, sobretudo mulheres de baixas qualificações e mulheres jovens. O desemprego de longa duração continuou a aumentar na primeira metade de 2013, representado já mais de 60 % do total de desempregados. Adicionalmente, o desemprego de muito longa duração (superior a 25 meses) continuou a crescer a taxas elevadas, representando 35 % dos desempregados no primeiro semestre de 2013.
O maior obstáculo enfrentado pelo desempregados de longa duração pode ser mesmo a situação de desemprego,  um fenómeno  conhecido como "cicatriz" ou mácula,   onde a própria desocupação  persistente os impede de ser recontratados.  O próprio regime de subsidio de desemprego também promove a desocupação, sob pena de perder os rendimentos essenciais à sobrevivência. 

Um artigo do Boston Fed em 2012 descobriu que o aumento de empregos disponíveis reduziu a taxa de desemprego entre os desempregados há menos de seis meses.  Mas para  os trabalhadores sem trabalho mais de seis meses, a taxa de desemprego aumentou em simultâneo com o número de vagas.  

 Quando um dos autores do artigo enviou 4.800 candidaturas fictícias,  descobriram que os trabalhadores inexperientes  mas recém-desempregados eram muito mais procurados do que os trabalhadores experientes, mas desempregados de longa duração. 

É mais que sabido que a melhor forma de  arranjar um novo emprego é estar a trabalhar e ser "recrutado".  

O  desinteresse dos empregadores pelos "desempregados de longa duração" pode ter várias explicações: 
-  Desactualização:   Os trabalhadores desocupados vão perdendo a ligação com o mercado, podem ficar desactualizados quer em termos de capacidades quer em termos de redes de contactos profissionais.   Os trabalhadores experientes devem ter uma boa carteira de competências e de contactos comerciais, coisas que têm "prazos de validade".  Se querem ou necessitam mudar de ramo, têm que construir uma nova rede de contactos.  
- Perda de disciplina e hábitos de trabalho:  Os desempregados podem desinteressar-se pela sua profissão. entregar-se à ociosidade  e cair em depressão,
-  Dúvidas acrescidas:   Empregadores preferem trabalhadores produtivos e  bem sucedidos, que podem mostrar resultados recentes, e ficam de pé atrás com trabalhadores com CVs desactualizados e com muitas lacunas de tempo de trabalho 

Por isso, quem procura emprego tem que "mostrar trabalho" ,  recente, seja profissional, seja  voluntariado, ou mesmo a feijões. 
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Mariana ABRANTES de Sousa
PPP Lusofonia

sexta-feira, janeiro 10, 2014

Se o Pai Natal fosse chinês - 2

Ao vender a Caixa Seguros (um terço do mercado segurador português português)  1.000 milhões de euros,  vamos conseguir cobrir uma parte do défice comercial Portugal-China.

Isto é, podemos continuar a importar "máquinas e aparelhos" e "vestuário e texteis" por mais ano e meio. 

Ver o comércio Portugal-China em http://www.dobojadoraboaesperanca.com/resources/China-em-foco.pdf

Fontes: http://www.publico.pt/economia/noticia/governo-vende-caixa-seguros-a-chinesa-fosun-1619047  e  http://ppplusofonia.blogspot.pt/2011/12/se-o-pai-natal-fosse-chines.html