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terça-feira, abril 26, 2022

Aldrabado, crédulo ou cúmplice circa 2008

"Fui aldrabado, fui enganado" é uma bela desculpa em quase todas as situações. Serve para explicar a derrota tanto no campo de jogo, como no campo da governação. 

As desculpas dos treinadores de futebol são de pouca consequência. Já as desculpas ligeiras dos governantes são muito mais preocupantes. 

Se os governantes, cuja missão é zelarem pelo bem-estar, a segurança e a prosperidade do povo, se deixam "aldrabar" com tanta facilidade, será que devemos confiar mais nos aldrabados do que nos aldrabões? E como os distinguir? 

Será que os aldrabados não foram demasiado crédulos, não ignoraram os alertas, não foram indiferentes ao risco coletivo, não foram imprudentes com os nossos interesses comuns?  

Aldrabões há muitos, sempre houve. Quem não desconfiou dos aldrabões no passado, vai ser mais vigilante no futuro? 

Quem trabalha por conta própria pode deixar-se levar e assumir os risco e consequências.

Quem trabalha por conta de todos nós, por conta do erário público,  tem que ser mais prudente, deve precaver e evitar as consequências negativas, não apenas para si, mas para todos nós. 

Senão, teremos que ser todos a pagar a falta de "devidos cuidados" de alguns, com cortes salariais e de pensões, etc. 

Mariana Abrantes de Sousa, economista 

25-Abril-2022 

Ver Socrates e PS: Quem aldrabou quem?  https://observador.pt/opiniao/socrates-e-ps-quem-aldrabou-quem/

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