BAD vai olhar para países
lusófonos como um bloco promete Presidente
Lusa14 Nov, 2017, 19:13 | Economia
O presidente do Banco
Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, disse hoje à Lusa que esta
instituição financeira está a preparar um novo olhar sobre os países lusófonos,
olhando para os países como um bloco e não individualmente.
"Quero que o BAD
olhe para os países lusófonos de uma maneira diferente; estamos a criar um compacto entre o BAD e
Portugal para ver como olhar para projetos maiores e usar os nossos
instrumentos para tirar risco e dar mais escala aos projetos", disse
Adesina em entrevista à Lusa no final de uma visita a Portugal.
"Olhamos para
cada país individualmente e de forma diferente, mas um compacto funciona com
Portugal e o BAD a juntarem-se e a determinarem os maiores desafios ao
desenvolvimento e depois usamos os nossos recursos coletivamente para resolver
esses problemas", explicou o antigo ministro da Agricultura da Nigéria.
"Vamos ver como
fazer grandes coisas nos países lusófonos juntos", afiançou o banqueiro no
final de um conjunto de reuniões em Lisboa com o ministro das Finanças, Mário
Centeno, a secretária da Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Teresa
Ribeiro, e um grupo das
maiores empresas nacionais com investimentos em África.
"Nessa reunião
[com as empresas], focámo-nos em como podemos expandir os 2,1 mil milhões de
dólares que investimentos nos países lusófonos, como ajudar as empresas
nacionais a aceder a financiamento e como podemos ajudá-los a preparar projetos
que nos permitam emprestar mais dinheiro", disse Adesina.
Os próximos passos
nesta nova estratégia agregadora da lusofonia como ponto de investimento passam
pela "elaboração de uma estratégia" que pode ter já continuação
"numa reunião de seguimento com os investidores privados à margem do
encontro entre a União Africana e a União Europeia, já daqui a umas
semanas", disse Adesina.
O banqueiro, que se
mostrou "impressionado com o grande conhecimento que as empresas têm de
África", anunciou ainda que vai promover uma sessão lusófona no encontro
de investidores africanos, o Africa Investment Forum, uma reunião conhecida
como "Davos africano", que decorre a 08 e 09 de novembro do próximo
ano na África do Sul.
"Tudo está a ser posto em prática para
concretizar esta parceria com os países lusófonos", garantiu.
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