Se acha que um Estado bem governado não cria riqueza, tente viver num Estado falido, a "failded state", ou até mesmo num Estado tão fragilizado que não consegue garantir os mínimos da governação.
Um "estado falido" é um corpo político que se desintegrou a tal ponto que não oferece condições e responsabilidades básicas de um governo soberano e legitimado, levando à desintegração social e económica.
Alguns serviços públicos podem ser pagos na totalidade pelo utente, outros têm que ser subsidiados e sustentados pelo contribuinte, através do Orçamento de Estado e da dívida pública (um esquema agora conhecido por blending). Isto não é uma questão ideológica ou poltica, é uma questão técnica e economica, como se demonstra noutros artigos neste blog, e se pode ver nos seguintes exemplos:
- No Sistema Rodoviário Nacional, a auto-estrada A1 continua a ser a cash-cow do sistema graças à receita de portagens; a A25 nas Beiras, ou a A6 no Alentejo não têm tráfego nem receita dos utentes suficientes para reembolsar o investimento.
- Nos correios e telecomunicações, a queda de volume de envelopes devido com a migração da correspondência para a Internet pode implicar que o serviço público de correio tradicional tenha que ser subsidiado, ou compensado com taxas cobradas a outros serviços de telecomunicações.
- No sistema nacional da saúde, os hospitais públicos do Serviço Nacional da Saúde conseguem suportar os gastos imprevisiveis e incalculáveis da pandemia Covid-19, porque o SNS pode gastar o que for necessário por "conta e ordem do Estado", haja cabimento no Orçamento ou não. As clinicas privadas dificilmente conseguem absorver os gastos adicionais imprevistos, e funcionam apenas na base de pagamento por ato médico, passando o risco do volume pandemico para o SNS e o Estado.
Correio Mor https://philangra.blogspot.com/2020/01/ctt-500-anos-1520-2020.html
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