Enquanto juntamos os tostões para pagar IRS, IUC, Imposto do Selo, IMI e IMT num pequeno terreno recentemente adquirido, que não questiona porque carga de água estão isentos de IMI os proprietários nos centros históricos classificados pela UNESCO: Porto, Guimarães, Évora, Sintra, Angra do Heroísmo, Óbidos e Elvas.
Em termos económicos, o IMI o Imposto Municipal sobre Imóveis tem a característica de uma "taxa" que remunera a prestação de serviços municipais como as manutenção e limpeza das ruas e passeio, a segurança, a própria administração autárquica.
Assim, os proprietários das aldeias acabam por subsidiar os serviços municipais nos centros históricos classificados pela UNESCO, uma entidade que a maioria desses contribuintes desconhecem.
Mais, a isenção de IMI nem sequer garante que o valor dos impostos não cobrados sejam canalizados para a recuperação dos edifícios históricos.
Defender o património sim, mas com mais inteligência:
Mariana Abrantes de Sousa
Economista
Em termos económicos, o IMI o Imposto Municipal sobre Imóveis tem a característica de uma "taxa" que remunera a prestação de serviços municipais como as manutenção e limpeza das ruas e passeio, a segurança, a própria administração autárquica.
Assim, os proprietários das aldeias acabam por subsidiar os serviços municipais nos centros históricos classificados pela UNESCO, uma entidade que a maioria desses contribuintes desconhecem.
Mais, a isenção de IMI nem sequer garante que o valor dos impostos não cobrados sejam canalizados para a recuperação dos edifícios históricos.
Defender o património sim, mas com mais inteligência:
- Que todos os proprietários paguem o IMI já que todos beneficiam dos serviços municipais gerais.
- Que seja abolido o IMT, o Imposto Municipal de Transações, a antiga a Sisa para facilitar a compra-venda e melhorar a eficiência do mercado imobiliário.
- Que os proprietários justifiquem os benefícios fiscais que receberiam, em sede de IRS ou IRC se necessário, em termos de investimento efectivo na recuperação e requalificação dos edifícios antigos e históricos.
Mariana Abrantes de Sousa
Economista
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