Tradutor

sábado, setembro 15, 2007

Bolhas Dot.com e credito hipotecário alimentadas com fundos internacionais

Segundo analistas, a bolha de investimentos em empresas ligadas à Internet, as chamadas Dot.com, foi alimentada por investidores internacionais ansiosos em apanhar a onda do mercado americano, o mais dinâmico. Quando o sector entrou em rotura, as perdas foram partilhadas por investidores em todo o mundo.

A bolha das Dot.com cedeu o lugar à bolha do crédito hipotecário nos Estados Unidos que viu os preços das casas a trepar por aí acima. Também esta mais recente bolha do imobiliário foi alimentada por investidores estrangeiros, que investiram nas titularizações hipotecárias, algumas baseadas em crédito à habitação mais alavancadas e de qualidade inferior (subprime mortgages).

No crédito à habitação mais tradicional, um banco recolhe depósitos e faz crédito aos seus clientes locais. Actualmente, qualquer banco pode junta milhares de créditos hipotecários em pacotes, financiando-os não com depósitos mas com a emissão de títulos (daí a o nome de titulizarização ou securitization). Com o beneplácito das agências de rating, o banco que dá origem ao crédito à habitação (originator) pode colocar esses títulos para obter funding junto dos investidores locais, ou dos investidores do outro lado do mundo.

Assim as bolhas nas empresas de Internet ou no crédito à habitação são auto-alimentadas pelo excesso de investimentos atraídos de todo o mundo. Quando as bolhas rebentam, como é inevitável, os efeitos podem ser também sentidos em todo o mundo.

No entanto, a crise no mercado de hipotecas de qualidade inferior (subprime mortgages) pode ter um impacto mais profundo do que o rotura das Dot.com. O crédito hipotecário é muito mais importante para qualquer economia do que os investimentos mais ou menos especulativos em empresas inovadoras. A crise começa directamente com as famílias endividadas que não conseguem pagar as prestações do crédito à habitação a taxa variável, que vão subindo com a taxa de juro. Vai aparecendo cada vez mais crédito malparado no sector da habitação e não apenas nos créditos mais alavancados. Os investidores do outro lado do mundo, que pensavam ter investido em títulos hipotecários com bom rating, procuram desfazer-se desses investimentos e refugiar-se em aplicações mais seguras e sobretudo mais transparentes, como depósitos bancários, certificados de aforro ou obrigações do Tesouro (flight to quality).

A crise do crédito hipotecário ainda pode ir bastante mais longe, pois dois motivos:
1. O nível de crédito malparado vai certamente continuar a subir, especialmente se os preços de casas em alguns mercados caírem até 10-25% como prevêem os analistas.
2. Não se sabe ao certo a exposição de muitos fundos e investidores internacionais aos títulos hipotecários (mortgage backed securities) americanos. Num clima de incerteza, as reacções dos investidores podem ser imprevisíveis e exageradas, criando algum efeito dominó.

O impacto mais generalizado consiste na volatilidade da taxa de juro, que afecta a todos.
 Os preços das casas podem cair, mas isso depende muito mais da conjuntura local do que das tendências internacionais.  A bolha no imobiliário reflecte o crescimento excessivo do crédito, mas o crédito fácil pode reflectir-se também noutros sectores, incluindo no consumo de bens duráveis e outras importações, ou no financiamento ao investimento de baixa produtividade.

 Como sempre, os bancos e os investidores institucionais ou individuais que estiverem mais diversificados e mais prudentes na concessão de crédito aguentarão melhor o impacto.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Lombas AMPLIFICADORAS

Chega de lombadas dizem os brasileiros e bem.

Quando colocadas a poucos metros das habitaçoes, as lombas de borrocha servem mais para amplificar o ruido do tráfego e prejudicar os moradores, do que para amansar os motoristas.

Ver o impacto numa aldeia ex-pacata
Lombas amplificadoras na aldeia
Passeios a menos e lombas a mais

quarta-feira, setembro 05, 2007

Turistas estrangeiros gastam em média 837 Euros em Espanha

Embora a duração da estadia dos turistas estrangeiros em Espanha tenha diminuido, o gasto total dos mesmos aumentou 3,1% nos sete primeiros meses do ano, aumentando o montante gasto por turista em 1,1%.
A sondagem de gasto turístico do Ministério de Indústria, Turismo e Comércio revela que os visitantes estrangeiros reduziram a sua estadia em cerca de 3,1% em relação ao ano passado. A despesa total dos estrangeiros até Julho deste ano foi de 27.545 milhões de euros, cerca de 837 euros por pessoa, pelo que o gasto médio diário dos turistas aumentou 92 euros, 4,4% mais. No entanto, a sua estadia teve a duração de 9 dias.
Por outro lado, no mês de Julho, o gasto total dos turistas estrangeiros atingiu o valor de 6.519 millhões de euros, 3,5% acima do que em igual período do ano passado. O gasto médio efectuado por turista aumentou 1,7%, ascendendo aos 867 euros. O gasto médio diário foi de 90 euros, 7,1% mais, enquanto que a duração média da estadia foi 6,2% inferior, com a duração de 10 noites.
Os turistas europeus destacaram-se dos restantes, representando 86,8% do gasto total de Julho, em especial provenientes do Reino Unido e Alemanha, efectuando 42,9% da receita total. Ambos os países gastaram menos do que há um ano. O terceiro país foi França, que ao contrário dos restantes, aumentou a sua despesa.
O Secretário de Estado do Turismo afirma que o retrocesso dos pacotes turísticos, junto com o aumento dos gastos diários por turista e a redução do tempo de permanência são tendências que se têm vindo a observar em toda a Espanha e a nível mundial.
Para além disso, em 2008 Espanha irá acolher a Exposição Universal de Zaragoza (Expo 2008), sendo esperados cerca de cinco milhões de visitantes, segundo dados divulgados por fontes ligadas ao sector do Turismo, o que irá superar a barreira dos 65 milhões de visitantes em 2008.
Fonte: "Revista Capital/Madrid", 31 de Agosto de 2007.