O aumento excessivo do crédito ao consumo e o
sobre-endividamento das famílias portuguesas foi uma das principais causas diretas
da crise financeira e da acumulação de dívida externa de Portugal.
A DECO diz que as famílias sobre endividadas estão no limite
quando finalmente pedem ajuda.
Até algumas das notícias da violência doméstica referem o
desespero do sobre endividado.
Infelizmente, parece que os Reguladores, e os próprios devedores,
aprenderam pouco ou nada com a má gestão da política de crédito, que é um dos
poucos instrumentos de ajustamento que restam às autoridades nacionais dentro
do espartilho do Mercado Único e da Moeda Única. O alerta e a recomendação de aumentar a carga fiscal do crédito ao consumo, que tem sido repetida numerosas vezes neste blog PPP Lusofonia, nem sequer são discutidos.
O crédito ao consumo financia sobretudo a importação de bens e serviços de luxo, e o sector das SFAC, do crédito ao consumo e dos importadores de bens de consumo duráveis é muito forte. Afinal, são esses gastos publicitários que sustentam a comunicação social.
O crédito ao consumo financia sobretudo a importação de bens e serviços de luxo, e o sector das SFAC, do crédito ao consumo e dos importadores de bens de consumo duráveis é muito forte. Afinal, são esses gastos publicitários que sustentam a comunicação social.
Por isso, a concessão de crédito a particulares voltou a
crescer, especialmente no sector automóvel.
“Financiamento para a compra de
automóvel explica o aumento na concessão de crédito ao consumo no arranque do
ano. Praticamente metade do valor concedido pelas instituições financeiras é
crédito sem fim específico.
O crédito ao consumo voltou a
aumentar no arranque deste ano. Em Janeiro, face ao mesmo mês do ano passado, o
montante concedido pelas instituições financeiras registou um crescimento de
15%, evolução explicada em grande parte pela maior procura por financiamento
para a compra de automóveis. Contudo, a maior "fatia" destes créditos
continua a ser a de empréstimos sem fim específico.” diz Jornal de Negócios
Não há crédito à exportação, mas o crédito à importação é
abundante. Os importadores agradecem, e voltam a ser elogiados como grandes empresários.
Com as taxas de juros internacionais artificialmente baixas,
a FOLIA dos FIADOS voltou, e em força.
Mariana Abrantes de Sousa
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