Debt workout 101
Fez agora dois anos que escrevi, em inglês e em português para facilitar a leitura a todos, um dos artigos mais lidos deste blog "A crise da zona do euro testa os limites da divergência". http://ppplusofonia.blogspot.pt/2011/12/eurozone-crisis-tests-limits-of.html
Infelizemente, o ciclo vicioso dentro da Eurozone que o artigo apontava mantêm-se: Os desequilibrios de grandes défices e grandes superavites comerciais provocam necessidade de reciclar os superavites dos exportadores na forma de credito para os importadores levou ao excessos de concessão de crédito e de endividamento, o equivalente na Eurozone dos empréstimos que eram desde logo "subprime".
Agora até a imprensa financeira, como o bloguista Charlemagne do Economist, chamam a atenção para o "tabu" imposto pelos credores, que não admitem ser responsabilizados por ter feito maus créditos, e que insistem em ser reembolsados por inteiro, apertando cada vez mais os devedores ..."burden of adjustment still falls on debtor states".
Finalmente, tornou-se mais que evidente para todos, até para a imprensa financeira que naturalmente defende mais os credores do que os devedores, a tirania dos credores mais que tontos que fizeram "credito excessivo e portanto malparado desde o primeiro dia" e que abusam do seu poder sobre os devedores mais que parvos, que continuam a endividar-se para importar todo o tipo de quinquilharia electrónica que em nada contribui para a produtividade da economia.
Mas como são sempre os credores e vencedores que ditam a história, sabemos que quando um dia for escrita a história da crise de endividamento da Eurozone, os devedores serão os mais responsabilizados pela sua própria desgraça.
Repetindo o que escrevi a 8-Dezembro-2011:
Ver mais em http://www.economist.com/news/europe/21588962-will-european-commission-dare-utter-unmentionable-germans-fawlty-europe
Fez agora dois anos que escrevi, em inglês e em português para facilitar a leitura a todos, um dos artigos mais lidos deste blog "A crise da zona do euro testa os limites da divergência". http://ppplusofonia.blogspot.pt/2011/12/eurozone-crisis-tests-limits-of.html
Infelizemente, o ciclo vicioso dentro da Eurozone que o artigo apontava mantêm-se: Os desequilibrios de grandes défices e grandes superavites comerciais provocam necessidade de reciclar os superavites dos exportadores na forma de credito para os importadores levou ao excessos de concessão de crédito e de endividamento, o equivalente na Eurozone dos empréstimos que eram desde logo "subprime".
Agora até a imprensa financeira, como o bloguista Charlemagne do Economist, chamam a atenção para o "tabu" imposto pelos credores, que não admitem ser responsabilizados por ter feito maus créditos, e que insistem em ser reembolsados por inteiro, apertando cada vez mais os devedores ..."burden of adjustment still falls on debtor states".
Finalmente, tornou-se mais que evidente para todos, até para a imprensa financeira que naturalmente defende mais os credores do que os devedores, a tirania dos credores mais que tontos que fizeram "credito excessivo e portanto malparado desde o primeiro dia" e que abusam do seu poder sobre os devedores mais que parvos, que continuam a endividar-se para importar todo o tipo de quinquilharia electrónica que em nada contribui para a produtividade da economia.
Mas como são sempre os credores e vencedores que ditam a história, sabemos que quando um dia for escrita a história da crise de endividamento da Eurozone, os devedores serão os mais responsabilizados pela sua própria desgraça.
Repetindo o que escrevi a 8-Dezembro-2011:
"Once the banking crisis abates, the real work of adjustment and rebalancing will have to focus on the external accounts". Ou mais correctamente, sem um ajustamento partilhado entre todos os parceiros comerciais, não haverá fim à crise da Eurozone.
E isto parece cada vez mais afastado, pois os fortes credores continuam a defender todos os seus direitos, justos ou abusivos, com todas as armas ao seu alcance, incluindo os tabus e a auto-censura dos "unmentionables" como os desequilíbrios comerciais e a falta de uma verdadeira redução carga real da divida excessiva.
Mariana Abrantes de Sousa
PPP LusofoniaVer mais em http://www.economist.com/news/europe/21588962-will-european-commission-dare-utter-unmentionable-germans-fawlty-europe