"Vai chamar-se Agência para o Investimento Público e Parcerias e, segundo o decreto-lei que está a ser ultimado, funcionará como uma entidade de coordenação, agregando os projectos que estão a ser desenvolvidos e geridos por cada um dos ministérios."
É importante que a nova agência das PPPs seja um organismo da Administração Pública, consolidada com a Administração Central para efeitos de contabilidade nacional e orçamental, e não uma mera empresa pública, EPE ou SA, que possa ser conotada com praticas de desorçamentação. Só assim se pode combater a desorçamentação e garantir a transparência da gestão dos contratos de PPPs da parte do Concedente.
A criação de uma agência das PPPs, como a mulher de Cesar, deverá cumprir dois objectivos:
É importante que a nova agência das PPPs seja um organismo da Administração Pública, consolidada com a Administração Central para efeitos de contabilidade nacional e orçamental, e não uma mera empresa pública, EPE ou SA, que possa ser conotada com praticas de desorçamentação. Só assim se pode combater a desorçamentação e garantir a transparência da gestão dos contratos de PPPs da parte do Concedente.
A criação de uma agência das PPPs, como a mulher de Cesar, deverá cumprir dois objectivos:
1. Melhorar a gestão dos contratos de PPPs
2. Melhorar a transparência e a credibilidade da gestão dos contratos de PPPs
O segundo objectivo só se consegue se se tratar de uma Direcção Geral ou um Instituto Público controlado directamente pelo Ministério das Finanças, tal como o IGCP, que é responsável pela gestão da dívida pública. Apesar de ser um dos países que mais recorre a contratos de concessão, Portugal é um dos poucos países que não tem uma verdadeira agência central de PPPs, nem sequer uma agência sectorial para o sector dos transportes.
A crise de endividamento em Portugal tem tido muito a ver com a desorçamentação de despesa e de encargos assumidos, devido ao recurso excessivo a empresas públicas, EPE, SA, SEE, a contratos de concessão, a contratos de subconcessão e a outros tipos de parcerias e PPPs, praticamento avulso, sem as restrições parcelares ou globais previstas na lei. Seria de evitar fazer mais do mesmo se se pretende uma medida de verdadeira contenção e rigor.
Governance of PPP Units in http://pppartnership.blogspot.com/2010/04/changing-landscape-of-ppp-units.html
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=456517
A crise de endividamento em Portugal tem tido muito a ver com a desorçamentação de despesa e de encargos assumidos, devido ao recurso excessivo a empresas públicas, EPE, SA, SEE, a contratos de concessão, a contratos de subconcessão e a outros tipos de parcerias e PPPs, praticamento avulso, sem as restrições parcelares ou globais previstas na lei. Seria de evitar fazer mais do mesmo se se pretende uma medida de verdadeira contenção e rigor.
Um estudo de Stanford University, de Agosto 2008, classifica as unidades de PPP em três tipos, segundo os seus objectivos e actividades:
a) Unidades de revisão, fiscalização e acompanhamento dos contratos de PPP, ligados a organismos de controlo e auditoria internos ou externos
b) Agências de PPPs integrais (full service) com poderes mais ou menos executivos, e funções de regulação e/ou assessoria, mais ou menos responsáveis pelos impactos orçamentais dos contractos de PPPs e ligados ao Ministério das Finanças, e/ou aos Ministérios da Tutela sectorial.
c) Centros de excelência, de formação e de divulgação de boas práticas sobre PPPs, de cariz independente, académica e/ou associativa
No que se refere à fiscalização dos contratos de PPPs, o Tribunal de Contas tem feito e publicado auditorias externas importantes que ajudam a desvendar a opacidade e a criar alguma transparência. A IGF também tem feito algumas internas com pouco impacto, mas por exemplo, a IGOPTC, mantém-se cuidadosamente a leste dos contratos de concessão de obras e serviços públicos de acessibilidades e transportes que representam uma parcela cada vez maior dos encargos orçamentais e extra-orçamentais co o Programa de Transportes. Mas nenhum organismo tem fiscalizado a aplicação do art. 31 da Lei de Enquadramento Orçamental no que toca a parcerias público-privadas.
Ao contrário do que é dito nesse levantamento feito pelos investigadores de Standford University, a unidade de PPPs da Parpública, SA criada no seguimento do DL 86/2003, nunca teve responsabilidade nem autoridade sobre todos os contratos de concessão e PPP em Portugal, nem em termos do âmbito sectorial, nem em termos dos 20-30 anos de duração dos contratos. Efectivamente, a equipa de PPP da Parpública, SA tem participado em funções de mera assessoria em algumas comissões CAP de análise de propostas e de (re)negociação, e tem sido afastada de outras, nomeadamente das subconcessões. Falta também uma unidade sectorial de PPPs nos transportes, e as Parcerias da Saúde dependem fortemente de consultores externos. Em geral, o Concedente falha seriamente na gestão da “curva de aprendizagem” essencial para a boa gestão destes contratos ultra-complexos
Na prática, Portugal não tem nenhum organismo da Administração Pública que tenha responsabilidade e controlo global sobre a acumulação e sustentabilidade dos encargos orçamentais e extra-orçamentais com contratos de concessão de subconcessão de obras e/ou serviços públicos, que fazem parte da dívida pública indirecta crescente. Isto pode-se contrastar com a missão precisa do IGCP que é responsável pela gestão da divida directa.
No que se refere aos centros de excelência e boas práticas de gestão de contratos de PPPs, foi criado em 2009 o Observatório de PPPs na UCP, financiado sobretudo pelas empresas concesssionárias, cujo contributo se tem concentrado no levantamento dos mais de 100 contratos de concessão e subconcessão.
Se há tantos modelos de Agências de PPPs, qual seria o modelo mais recomendável para Portugal em tempo de crise de endividamento?
Obviamente que Portugal necessita de demonstrar a intenção e a eficácia no controlo de gestão dos contratos de PPPs, quer aos contribuintes quer às agencias de rating e os investidores, neste contexto de crise e escrutínio cada vez mais critico. Portanto Portugal deveria criar um organismo forte, um "Concedente" centralizado no Ministério das Finanças, bem apetrechado com todas as ferramentas necessárias para garantir o Value for Money e a sustentabilidade das concessões e subconcessões de serviços públicos, desde a as fases de preparação e contratação até ao final dos contratos, a fim de minimizar os erros e os" riscos de performance do Concedente". Uma Agência de PPPs que fique aquém disto não terá o efeito desejado, de contribuir definitivamente para a credibilidade da gestão orçamental portuguesa.
Mariana Abrantes de Sousa
Ver Mariana Abrantes de Sousa
Governance of PPP Units in http://pppartnership.blogspot.com/2010/04/changing-landscape-of-ppp-units.html
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=456517
The answer will fall somewhere in between.
Thus, financial markets are likely to remain volatile, until the EU resolves the underlying balance of payments problems of the unbalanced “Single Market”, not just the symptomatic stresses within the “Single Currency”. Among other things this means protecting domestic retail depositors in the deficit countries rather than cross-border professional investors in the surplus countries, who are, even now, enjoying the benefits of moral hazard.
In a debt workout situtation, the "haircut" normally applies to existing debt, (those were the creditors who made the mistake of lending too much), while the New Money Debt should be highly conditional in terms of measures but generally favoured and senior to the existing debt.
That's the way I remember it anyway, from the Latin American Debt Crisis of the 1980's, when large international banks recycled petro-dollars from the OPEC oil-exporting surplus countries to the net-importers in Latin America.