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segunda-feira, maio 26, 2025

Houston, YOU have a problem

WASHINGTON, YOU DO HAVE A PROBLEM! 

Em tempo de guerras comerciais, é importante rever os números do Problema dos Deficits Americanos. 

SIM, os  Estados Unidos têm um problema de Deficit Externo.  O  Balanço de Transações Currentes (CAB deficit)  agravou -se em  -$228.2 billion, ou  +25.2%,  para - $1.13 trillion in 2024, chegando a  -3.9% do PIB/GDP, versus apenas - 3.3% in 2023. 

Corrigir este desequilíbrio externo Americano passou agora a ser um problema mundial. 

Fonte: https://tradingeconomics.com/united-states/current-account-to-gdp

SIM,  este Problema Comercial Americano  reflete o outro problema dos Estados Unidos, o Deficit Interno que está bem visível na acumulação de Divida Pública dos Governos, que está num nível geralmente considerado insustentável de 123%  do PIB/GDP.  

Recordando a equação fundamental para uma economia aberta: 

GDP = y = C+I+G + (X-M); 

Portanto (Savings -Investment )=(X-M).

O  excesso de Consumo e falta de Poupança Interna resulta no  Deficit Interno e implica um Déficit Externo.

Será que a América perdeu o controlo dos seus Twin Déficits, do Interno e do Externo?  De onde vem a causalidade, perguntava-se cá em casa. 

Fonte: https://tradingeconomics.com/united-states/government-debt-to-gdp

NÃO,  este Déficit  Americano não tem origem na União Europeia.  O comércio EU-US de bens e serviços é praticamente equilibrado: Em 2023,  a EU exportou para US apenas mais €48 billion do que importou, certamente menos de que 10% do Deficit Externo Americano. 

Fonte: https://policy.trade.ec.europa.eu/eu-trade-relationships-country-and-region/countries-and-regions/united-states_en

Se a aplicação de uma tarifa alfandegária a todas importações de bens é uma medida tosca, ameaçar com uma tarifa de 20%, depois com uma tarifa geral 50% ou mais vai certamente causar danos em TODOS  parceiros da maior e mais integrada  relação comercial do mundo, entre os Estados Unidos e os 27 países da União Europeia.   E aumentar o Défice Orçamental é agravar ainda mais o problemas dos Twin Deficits. Precaver e corrigir grandes deficits e desequilíbrios, tanto Internos como Externos é essencial para evitar grandes choques e conflitos, que podem passar de comerciais a bélicos.  

Sim. as economias podem viver sem comércio internacional, mas não é a mesma coisa.  

E nós não podemos viver sem harmonia e PAZ, pelo menos relativa. 

Mariana Abrantes de Sousa 

Economista 


sexta-feira, abril 25, 2025

Estudantes Estrangeiros contribuem para o Desenvolvimento

 Ainda hoje agradeço ter sido estudante estrangeira na California em democracia, partindo de uma aldeia sujeita a um regime autoritário que não valorizava a educação. A experiência abriu-me portas e janelas e transformou a minha carreira e a minha vida. Mais recentemente, servi na Fulbright Commission Portugal que tem feito um enorme trabalho de intercâmbio académico e cultural durante décadas.

É cada vez mais importante aprendermos uns com os outros.

Receber estudantes estrangeiros continua a contribuir para o desenvolvimento socioeconómico, quer no país de origem quer no país de acolhimento.

Uma sociedade que se fecha em si mesma perde vigor, murcha.



Mariana Abrantes de Sousa

Economista

segunda-feira, abril 21, 2025

PPPs, the Good, the Bad, the Ugly

Public Finance 101 -  I worked on financing PPP, Public Private Partnerhships and Public Service Concessions for decades and became very aware of both their Advantages and Disadvantages.  Like many "remedies" in other fields, these contracting and management tools have both pluses and minuses, side effects and other unintended consequences. The "proof is in the pudding", in the overall Results.    A good PPP contract delivers reasonably good results over time, a bad PPP fails to deliver most of the desired results, while really UGLY PPPs can lead to financial crises and social, economic and political turmoil, as we saw in Portugal in 2010. 

Because PPP contracts are very long term, 20+ years, the practical reality can extend for many years, which is good if it's good, but if the PPP is bad, it can be horrid.  Even if we assume the theory that a PPP or Concession contract is well balanced at the start, if is is granted under a well managed and trasnsparent public tender or competetion, it requires a lot of rigor and good will to maintain that balance over the long duration.  

The article below about Goverment Outsourcing in the U.S. calls attention to need to evaluate the ex-post Results of PPP, Concession and other outsourcing arrangements on the basis the same criteria as one evaluates other Public Governance and Public Services activities. 

One simplified "rule-of-thumb" is the 3 EEEs, Equity (coverage), Efficiency (sustainablity) and  Effectiveness (impact or results): 

Trump’s DOGE campaign accelerates 50-year trend of government privatization of public services,                           by Laura Hood, Published: March 11, 2025 

"Government Outsourcing, cut civil servants, bring in contractors which take a 30% cut and reduce take-home pay for the actual workers who provide the public services AND capture the state

At first glance, total U.S. government spending appears stable over time. In 2024, federal, state and local expenditures made up 35% of the U.S. economy, the same as in 1982. However, my analysis of Bureau of Economic Analysis data offers a new perspective, recasting privatization as a macroeconomic phenomenon. I find that U.S. economic activity has become increasingly more privatized over the past 50 years. This shift happened in three key ways.

First, government involvement in economic production has declined. Historically, public institutions have played a major role in sectors such as electric power, water delivery, waste management, space equipment, naval shipbuilding, construction, and infrastructure investments. In 1970, government spending on production accounted for 23% of the economy. By 2024, that figure had fallen to 17%, leaving the private sector to fill the gaps. This means a growing share of overall government spending has been used to fund the private sector economy.

The meaning of privatizationPrivatization can be understood as two interconnected processes: the retreat of government from economic production, and the rise of contracting. The government remains a major economic actor in the U.S., although now as more of a procurer of goods and services than a provider or employer.

The government’s shift away from production largely stems from mainstreamed austerity politics – a “starve the beast” approach to government – and backlash against the New Deal’s expansion of federal economic involvement. In 1971, the controversial “Powell Memo,” written by future Supreme Court Justice Lewis Powell, mobilized business leaders around the goal of expanding private sector power over public policy. This fueled the rise of conservative think tanks, including the Heritage Foundation, the eventual architect of the Project 2025 privatization agenda.

While government production shrank, government contracting expanded on promises of cost savings and efficiency. These contracting decisions are usually made by local administrators managing budgets under fiscal stress and interest group pressure, including from businesses and public sector unions.

Yet research shows that contracting frequently fails to reduce costs, while risking monopolies, weakening accountability and public input, and sometimes locking governments into rigid contracts. In many cases, ineffective outsourcing forces a return to public employment.
See more in https://theconversation.com/trumps-doge-campaign-accelerates-50-year-trend-of-government-privatization-249439


sexta-feira, abril 11, 2025

Trade & Tariff Wars - 2025

 O sobe-e-desce das tarifas alfandegárias enche os noticiários, ma pouco se fala do números dos desequilibrios do sobe-e-sobe do comércio internacional. Tudo o que sobe-e-sobe tende a descer ou mesmo colapsar.

Fonte: TradingEconcomics 

Como se pode entender a Economia Internacional sem estudar os números?
US$ 295,4 bilhões é o saldo da balança comercial entre EUA e China em 2024, segundo o U.S. Census Bureau.  
A China exportou US$ 438,9 bilhões em mercadorias para os EUA, mas 
importou  apenas US$ 143,5 bilhões em produtos americanos.   
Fonte:  https://www.nexojornal.com.br/expresso/2025/04/09/china-eua-trump-tarifa-resposta


quarta-feira, fevereiro 19, 2025

Cursos de reciclagem precisam-se!

Que um migrante recém-chegado passe por uma fase de adaptação, temporária, e que trabalhe abaixo das suas qualificações não é de estranhar por quem já emigrou e voltou. Num mercado de trabalho pouco "eficiente" como Portugal, não é fácil o trabalhador certo chegar ao cargo certo.

Mais problemático é haver tantos profissionais subaproveitados, durante tantos anos, com tantos custos pessoais como socioeconómicos.
Por exemplo, este ano aumentam as vagas nos cursos para novos professores, com impacto daqui a 5 anos.

Mas haverá algum curso rápido de reciclagem para professores formados há 10 ou 15 anos que têm estado a trabalhar noutros setores, em lojas ou escritórios ou como trabalhadores independentes?

E um diploma, seja nacional ou estrangeiro, não diz tudo sobre as nossas capacidades profissionais. 

O meu diploma da Princeton University estava escrito em Latim! Mais um entrave à equivalência! 

Mariana Abrantes de Sousa 

Economista 

https://www.publico.pt/interactivos/brainwaste-imigrantes-portugal/quatro-dez-imigrantes-emprego-abaixo-qualificacoes/

segunda-feira, fevereiro 17, 2025

Viseu Dão Lafões - Como valorizar a Agricultura Floresta e Pecuária

 Como valorizar o setor regional da Agricultura Floresta e Pecuária 


No artigo "Focar as conversas no que é importante" do Jornal do Centro de 14FEV25, Alfredo Simões apresenta a cultura do pinheiro manso em Carregal do Sal  como um exemplo de sucesso para toda a região. 

Um caso de sucesso agrário é bom, venham mais cinco! 

Considerando a distração com as  "polémicas do dia", seja sobre a transformação de terrenos da Estação Agrária em estacionamento, seja o fazer-e-desfazer das uniões de freguesias, Alfredo Simões convida-nos a focar a atenção no essencial da  agricultura, floresta e pecuária, um dos setores mais importantes da nossa economia regional.

Diz o povo que "fazer e desfazer tudo é trabalho", mas infelizmente alguns tipos de trabalho são pouco produtivos e até empobrecem. 
 
O essencial em  que devemos focar é que "temos uma das produtividades do trabalho mais baixas de Portugal  (a 16ª entre as 26 regiões NUTSIII) " neste setor.  

As causas desta baixa produtividade na atividade agrária incluem a topografia difícil e sobretudo a  pequena dimensão dos terrenos e explorações agrícolas, o lamentável minifúndio tão ignorado. O minifúndio e o desordenamento do território resultam em custos e riscos acrescidos para todos nós. 

As consequências do problema crítico e incontornável da baixa produtividade refletem-se diretamente nos baixos rendimentos e no abandono do território. 

Viseu tem boas instituições públicas que trabalham no setor agrário: 
O Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão, fundado em 1946  trabalha para a modernização da vinha do Dão; a   Estação Agrária de Viseu, com 25 ha SAU; a ESAV Escola Superior Agrária de Viseu do IPV Politécnico de Viseu; a CVR Dão Comissão Vitivinícola Regional do Dão; a FENAFRUTAS – Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Horto-Fruticultores, FCRL. 

Pode-se dizer que a região Viseu Dão Lafões está "dotada dos fatores críticos para a modernização e inovação" no setor agrário, mas necessita organizar-se "em torno destes organismos" para discutir e preparar o futuro, alinhando a visão e  o apoio dos especialistas com a determinação e a capacidade de execução dos empresários agrários. 

Falta "organizar e consolidar um Centro de Competências" com os profissionais do setor agrário regional para dinamizar o desenvolvimento do setor agropecuário e florestal de Viseu Dão Lafões. 

Se não nos organizarmos para tratar do essencial, da baixa produtividade da agricultura na região Dão Lafões, quem o vai fazer por nós, a "tutela na capital"? 

Mariana Abrantes de Sousa 
Economista 
16FEV2025

sábado, junho 22, 2024

WSJ on Portugal - Come and stay awhile! Venham mais 5!

 Thank you for the WSJ article on tourism in Portugal.  

Hope to see you in Portugal this year!  Come and stay awhile! 


It's true, tourism is generally a cyclical industry, labor-intensive and requiring relatively low skills.  But tourism can still promote a lot of development.  
Tourists come to Portugal not just to go the beach, but especially to enjoy the easy-going hospitality of the Portuguese people, the good food and the relative security.  
While some tourists spend most of the time on the beach and drinking in bars (with sunburns and hangovers to show for it), other visitors enjoy getting familiar with the history and culture of Portugal.  

The impact of tourism has been mostly positive in my view.  The offer of B&B lodging has promoted the restoration of city and town centers which were in ruins, in port because of rent controls lasting dating back to 1910. For every rental housing property that was converted into short-term accommodation, 1-2 property  that were empty or in ruins have been restored, which is a major improvement.  Higher interest rates have complicated the housing market, but EURO interest rates were negative for nearly 8 years, at least 7 years too many.  Tourists do tend to concentrate in major cities like Lisbon, Porto, Coimbra, Algarve, and so do both recent and old residents. 

We need for everybody to "go local" to spread wider into the Interior of Portugal where there a lot of empty houses.  Even so, there are still many buildings in city and town centers waiting to be rehabilitated. 

In my view, and that of some other analysts,  the rise in rental prices has more to do with the inflexibility of the housing market and with delays in the municipal licencing of restoration and construction projects,  a problem of supply, rather than with excess of demand from tourists and incoming migrants. I recently tried,  and failed, to find information on the quantity of housing restored with ARU incentives (for the rehabilitation of urban centers).  Housing promotion programs are more visible in the newspaper headlines than on the city streets. 

That said, all that goes too high, too fast is likely to come down.  
Housing supply and wages both need to rise.  Tourism is part of the solution, it is not a big part of the problem. 

When I drive around the towns and villages, I like to count the cranes and construction sites. 
But I still see far too many houses in ruins, abandoned or just shuttered.  
If there is anything that Portugal really needs is more people!  

Venham mais 5! 

domingo, maio 26, 2024

ExpoDão 2024 apresenta como trabalhar BEM o Pinhal para a Sustentabilidade

 Muitos parabéns à CM-Carregal  por esta sessão importante na primeira ExpoDão de Maio 2024

Como trabalhar BEM as matas de pinheiro para a sustenbabilidade económica e ambiental, para tirar rendimento e acrescentar resiliência! 

O futuro da floresta do Pinhal Interior é o nosso futuro coletivo e individual.   O vento, as abelhas e os fogos não conhecem as estremas dos MINIFUNDIOS florestais. 

A CCDRC apresenta apoios ao investimento que também ignoram a estrurutura fundiária do terrenos rurais e agrícolas do Centro e Norte de Portugal. 

Tratar do investimento em explorações superiores a 750 hectares deixa-nos todos...de FORA.

O custo de oportunidade dos minifundios é COLOSSAL.  

A solução tem que ser LOCAL. 

Onde estão as campanhas de emparcelamento, município a município?

https://ppplusofonia.blogspot.com/2020/02/agricultura-pt-custo-de-oportunidade-do.html

Eu entrei no curso de economia pela disciplina de Agricultural Economics na Universidade da California de Berkeley. O primeiro "estudo económico" que eu escrevi em 1972 focava o problema do MINIFUNDIO, quando essas propriedas ainda não tinham sido abandonadas. 

Será que o problemo dos MINIFUNDIOS sé é visivel à distância? 

Mariana Abrantes de Sousa, Economista 

O estudo "Portugal Wildfire Management in a New Era" do especialista americano Mark Beighley (Fev 2018) aponta as principais causas dos incêndios desastrosos de 2017.
Segundo e especialista americano, Portugal tem um dos maiores níveis de risco de incêndio florestal na Europa,  e o risco continuará a subir, podendo a área ardida saltar de 500 mil hectares para chegar a 750 mil hectares/ano.
As principais causas do elevado risco de incêndios rurais e florestais em Portugal incluem:

  1. Mudanças demográficas, urbanização e emigração
  2. Elevada vulnerabilidade às alterações climáticas 
  3. Mudanças no uso da terra, com cada vez mais terras abandonadas.  Cerca 80% das florestas não são geridas porque não são comercialmente viáveis.  As despesas de manutenção da floresta são elevadas, o que torna o abandono uma decisão lógica,  quer da parte dos proprietários presentes quer dos proprietários ausentes.  
  4. Fragmentação da propriedade dos terrenos, com numerosos minifúndios, o que dificulta e desestimula o investimento em gestão florestal e planeamento para a prevenção de incêndios.  Apenas 3% das florestas portuguesas são propriedade do Estado e das Autarquias, comparado com 30% em Espanha e mais de 70% em alguns outros países europeus. 
  5. Elevado número de ignições, 98% das quais são de mão humana, incluindo 16% por reacendimento devido a ineficácia de ações de rescaldo. 
  6. Insuficiente planeamento e execução de planos de prevenção e combate 

Convenhamos que não podemos controlar as tendências demográficas nem as alterações climáticas.
Já o rendilhado dos minifúndios é da nossa lavra, é o resultado indesejável de um conjunto de leis e tradições cujas consequências negativas estão à vista. 

As pequeninas parcelas, os minifúndios, são insustentáveis em termos em termos económicos, e por isso passam a ser insustentáveis em termos ambientais, contribuindo para riscos ecológicos cada vez maiores.

O fogo distingue espécies de árvores, mas não reconhece estremas nem limites de propriedade.
Está na hora de aceitar essa realidade e promover o emparcelamento para criar fazendas que possam ser geridas para a sustentabilidade.

Só que os custos de transação, o IMT, os registos, o imposto do Selo, os honorários notariais são elevados e não há apoios para isso o emparcelamento.
Vais-se deixando tudo em nome do trisavô...entregue às silvas e às chamas.
Ver to estudo de Beighley em https://www.isa.ulisboa.pt/files/cef/pub/articles/2018-04/2018_Portugal_Wildfire_Management_in_a_New_Era_Engish.pdf



sábado, março 09, 2024

Entrevista sobre o legado de Aristides de Sousa Mendes

 O legado e a memória de Aristides de Sousa Mendes foi o mote para esta conversa, com boas perguntas. 

Como se convertem os valores de Aristides em ação quando temos cada vez mais refugiados? 

-Ajudando os refugiados e apoiando políticas inclusivas em que tratamos os outros como gostaríamos de ser tratados.


Entrevista com Mariana Abrantes 
O legado e a memória de Aristides de Sousa Mendes foram o ponto de partida para esta entrevista. Para ouvir o podcast: 


Protoco de Cooperação Institucional Municipio do Carregal e Sousa Mendes Foundation - US 

As famílias de refugiados de 1940 https://sousamendesfoundation.org/recipients/V

sexta-feira, março 08, 2024

Q&A Perguntas e Respostas: Minifúndios abandonados e risco de incêndio rural

Em Fevereiro 2017, eu perguntei às autarquias por notícias locais sobre a campanha governamental de emparcelamento e agregação de parcelas rústicas contíguas para ajudar a resolver o problema dos minifúndios insustentáveis abandonados às silvas. 

Outros países já o fizeram há décadas, porque não Portugal 

Neste ano de 2024, finalmente vemos alguns dos Candidatos a Deputados pelo Círculo de Viseu falar da urgência do emparcelamento para uma agricultura e floresta sustentável na região. Deveríamos ouvir todos os Partidos sobre o problema crítico dos minifúndios abandonados  no Centro e Norte de Portugal. 

A 23 de junho de 2017, no RESCALDO do incêndio de Pedrógão, convidei o Notário e a  autarquia  para  "apoiar uma campanha de permutas e emparcelamento de terrenos rústicos na freguesia de Beijós", nas seguintes condições: 

Proposta:  Campanha de trocas e compra-venda  de terrenos agrícolas (prédios rústicos) entre proprietários contíguos, nas seguintes condições, a confirmar:  
Ajudas disponíveis:   1.000€ (mais a confirmar), para comparticipação de €100 em dada uma 10 transacções (€50 para cada uma das duas partes)
Terrenos individuais até  1000 m2
Contratantes:  Proprietários CONTÍGUOS, pre-identificados e registrados privilegiando proprietários idosos, acima de 80 anos.
Escrituras preparadas para ser  realizadas num único dia, de preferência 28-Outubro-2017
Campanha pública com uma sessão de informação  na Associação, para explicar os riscos e benefícios, com fotos de terrenos abandonados.

Há quase sete anos,  a  19 de Novembro de 2017, no RESCALDO do fogo florestal da Beira que cercou a aldeia de Beijós e queimou dezenas de casas e animais na freguesia e arredores, repeti a proposta. Sem efeito. 

Ainda tenho alguns recursos para ajudar a apoiar permutas e doações entre proprietários agrícolas e florestais contíguos. 

Será desta que os Políticos e Notários locais se interessam pelo tema da sustentabilidade do ecossistema agrícola e florestal local? 

Ou vamos experar pelo próximo    R E S C A L D O ? 

Mariana Abrantes de Sousa 
Economista