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domingo, junho 04, 2023

Banco que é BANCO não vende Certificados de Aforro!


Com quase 30 anos de experiência bancária em vários países, eu prefiro um banco que se dedica à Intermediação Financeira tradicional, que remunera bem os Depósitos, que seleciona ainda melhor os pedidos de Crédito e que ganha boas Margens de intermediação financeira tradicional entre os Depósitos e os Empréstimos a clientes do setor privado.
Este Banco Comercial "plain vanilla" é cada vez mais difícil de encontrar. Os bancos preferem ganhar comissões de venda de "produtos" de terceiros, sejam fundos, EFTs brilhantes ou relógios. 

Não acredito que os Certificados de Aforro tão populares necessitem de mais uma rede de vendas, quando podem ser subscritos online.

A Intermediação Financeira mais comercial, sem responsabilidade, é feita agora por um grande variedade de fundos e fundinhos, registados mas não supervisionados pelo Banco Central.
Estamos no caminho da crescente confusão e desresponsabilização.
Podemos bem antecipar os próximos capítulos,...de crise financeira e bailouts pelos contribuintes. 

Mariana Abrantes de Sousa 

Economista 

IGCP paga CTT 0,585% das subscrições até determinado valor, a partir do qual pagamos 0,26% pela subscrição", disse então Miguel Martin quando questionado sobre o custo, referindo o interesse em alargar a rede de distribuidores, de forma a contornar também, o que disse ser, o desinteresse da banca.

https://www.rtp.pt/noticias/economia/bancos-juntam-se-aos-ctt-e-espacos-do-cidadao-na-venda-de-certificados-de-aforro_n1491055

Banco que é BANCO não vive do dinheiro parqueado no Banco Central! 

 Banco que é BANCO não vende relógios! 

http://ppplusofonia.blogspot.com/2017/11/banco-que-e-banco-nao-vende-relogios.html

quarta-feira, maio 24, 2023

Public Service Concessions and PPPs come home to roost

They call it Renationalization. when a Government takes back the contract for public infrastructure pr public services from the private provider, but the more appropriate concept is Reversion back to the Public Sector, who always retains ultimate responsibility for public service provision. 

After all, that's why it's called Public Infrastructure and Public Services. 


According to Prequin, a specialist newsletter,  the UK's failing TransPennine Express recently became the fourth railway contract since 2018 to be taken back by the British government.  Other problems such as sewage discharge scandals and unaffordable  energy prices have fueled user insatisfaction to be expressed by voters.  

Since the Public Sector is ultimately responsible for roads, passenger transportation and utilities, the proper word to use is Reversion, not Renationalization.  Most PPP and concession
contracts have clauses providing for this. 

Public services must meet three performance indicators:  (1) coverage of the target population, (3) quality of service and affordability and (3) economic and financial sustainability balanced all around, for the users, for the shareholders of the company and  for the Government budget and the taxpayers.  Any serious shortfall in these three performance targets can lead to premature Reversion to the public sector, usually at a significant cost to the taxpayers. 

From where I stand, I suspect that many of the service quality shortcomings have to do with lack of investment in staff training, and excessive reliance on outsourcing to non-specialized service providers. The call centers currently in fashion seem to be staffed by assistants who know less about electricity than most housewives!  
Gone are the days when the customer could rely on one sector specialist to steer HER to the most convenient utility contract.  Add the bane of the Bots, and Regulators would have dozens of complaints, if the Regulators provided a proper online digital complaint window.  

Since most public service providers, public or private, continue to be quasi or absolute monopolies, public service customers have little recourse. 
Until the time comes to change hats, from customers to voters at election time. 

Mariana Abrantes de Sousa 
Economist and PPP Specialist, Portugal 
24-Maio-2023 


quinta-feira, maio 18, 2023

Triste Argentina Dejá Vu

No inicio dos anos 1980's trabalhei muito com a Argentina. Buenos Aires é uma cidade fabulosa e os Argentinos charmosos. 

Até dia 1 de Abril 1982.    A Argentina tinha invadido as ilhas Malvinas, Falklands por outro nome. 

 Parecia mentira! 

Foi então que eu compreendi a triste sina da Argentina, uma instabilidade economica e politica crónica que se reflete no elevado consumo de ansiolíticos. 

A que ano, ou que década,  se refere esta notícia ? 

 “Argentina has mostly been implementing a set of unorthodox policy tools over the past few decades that not only didn’t tackle inflation but worsened it,” J. P. S. writes. Now that annual inflation has reached a staggering 108.8%, J. M. a libertarian candidate for president, is pitching a radical plan to ditch the peso and replace it with the US dollar. But Juan argues that any attempt at dollarization will fail if the nation can’t cut malpractice out of its policy diet. Read the whole thing in English or in Spanish.

https://www.bloomberg.com/opinion/articles/2023-05-17/argentina-s-inflation-problem-is-economic-malpractice-not-the-peso

quinta-feira, maio 04, 2023

BOA Governação mede-se pels BONS Resultados

 BONS serviços públicos precisam-se! BASTA de fofocas políticas!

Os ministros devem ser avaliados mais pelos  BONS resultados do que pelos MAUS comportamentos.

O povo português assiste impávido, mas perplexo, ao teatro dos ministros, dos gestores públicos e dos adjuntos MAL comportados.  O folhetim da TAP tem capítulos diários.  Só falta saber do MAU comportamento do motorista e da senhora do bar.  

O noticiário enche com discussões comportamentais, não havendo tempo nem interesse em falar dos Resultados tangíveis da governação:  

- Quando e como é que a TAP passa a remunerar e a reembolsar os milhares de milhões de Euros que os contribuintes lá investiram? 

- Quando é que o Ministério da Energia certifica as linhas de transmissão dos novos parques solares,  e o CPE para uma modesta casa restaurada? 

- Como é que o Ministério da Educação vai ajudar pais e os alunos a compensar a aprendizagem perdida durante a pandemia. 

Que há políticos mal comportados não é notícia. 

A novidade seria mesmo descobrir onde podemos encontrar os melhores resultados da governação.


De olhos postos no Mercado Espanhol


O mercado natural das empresas portuguesas não é apenas Portugal, mas sim a União Europeia, começando por Espanha, que com os seus 42 milhões de consumidores é uma das seis economias mais importantes da Europa.

O mercado espanhol representa mais de 85% do poder de compra ibérico. Basta olhar para a balança de pagamentos de Portugal para perceber a importancia comercial do país vizinho para os produtores portugueses que necessitam conquistar cada vez mais clientes espanhois.

terça-feira, maio 02, 2023

DGEG e E-Redes devem acelerar energia solar

 

Os anúncios de novos projetos de energia solar continuam a aparecer. Os mega projetos solares necessitam cerca de um hectare de terreno mais ou menos plano para cada um MW de paineis a instalar, bem como linhas de transmissão da eletricidade para a rede. 

A fome de energia é tanta que já se estão a cortar eucaliptos para instalar painéis solares

Já as instalações solares em edifícios, industriais e  residenciais,  ficam bem mais perto to ponto de entrega.  Algumas cidades como Guimarães e Famalicão lideram na aposta em painéis solares para autoconsumo, que tem ainda muitos telhados para cobrir. 

Mas todos os produtores e consumidores de electricidade necessitam de ligações e licenciamentos da E-Redes, antiga EDP Distribuição e da DGEG, Direção Geral de Energia e Geologia, entre várias outras requisitos de certificados e aprovações. 

Aí está o elo mais fraco do serviço público de eletricidade em Portugal: a ligação à rede. 


sexta-feira, abril 28, 2023

Serviços Públicos EEE Equitativos, Eficazes e Economicos precisam-se!



A comunicação social preenche as 24 horas com casos e casinhos dos executivos das empresas públicas SEE do Sector Empresarial do Estado, fofoquices fúteis ou graves que dão mais "conversa de café" do que o futebol." 

Entre conversas de privações,  nacionalizações e privatizações lá se vão 2-3 mil milhões de Euros mas o povo português é sereno, paga e deixa a fatura para os netos. 

Mas pouco se fala de outras más consequências da má gestão das empresas públicos, o impacto negativo que deprime o crescimento económico em Portugal 

Com acionistas nacionais ou estrangeiros, os SIEG, Serviços Públicos de Interesse Económico Geral continuam a ser um dos elos mais fracos da economia portuguesa. Serviços Públicos de baixa qualidade representam um imposto escondido sobre todos os residentes em Portugal. 

Os Reguladores devem acompanhar melhor a qualidade de serviços, bem como a EEE, Equidade de acesso, Eficácia e Eficiência e sustentabilidade económica. A recente MULTA milionária aplicada pela ANACOM deveria ser usada para compensar os clientes da ALTICE lesados pelas barreiras que coloca ao fim dos contratos.
 

A ERSE que preste igual atenção aos lesados da  E-REDES que esperam meses pela ligação à rede eléctrica nacional. 

Os monopólios naturais pouco melhoraram na sua prestação de serviços. Os Call Centers pouco mais fazem do que repetir o que está no guião, uma cartilha tão rígida como a dos Chatbots, um atendimento que não merece o nome por pessoas pouco profissionalizadas e mal pagas. 

Quantas horas perdeu no último mês ou no último ano a tentar contratar um serviço público? 

segunda-feira, abril 10, 2023

Rich Country, Poor Country - Alternancia precisa-se

China CAB %PIB
 Alguns países são Grandes e ricos, outros países são pequenos e pobres. Outros países são Grandes e pobres outros pequenos e ricos... 

Pouco importa, dizem alguns economistas, citando diversos indicadores.  Fraca teoria. 

Nesta matéria, eu prefiro analisar o indicador do CAB-Current Account Balance, Balança de Transações Correntes, que consiste do superavite ou defice de exportações de bens e serviços sobre as importações. 

Estados Unidos CAB %PIB 

Na teoria, deveria haver alguna alternância entre superavites e defices entre os diversos países.  Mas na prática, há paises sistematicamente superavitários e países sistemáticamente deficitários que vão acumulando dívida exetrna. 

Quando estes desequilibrios se eternizam, o impacto pode passar da economia para a politica internacional. E os pequenos desequilibrios de países grandes são grandes em termos absolutos, o que importa e muito.  

E os desequilibrios externos não são todos iguais. Os défices grandes de países pequenos pagam-se em sobre-endividamento externo, cortes de despesa pública, austeridade, desvalorizações da moeda,  cortes nos salários e pensões, perdas de autonomia. E isso custa MUITO caro

Alemanha CAB %PIB



Russia CAB %PIB












VER fontes: 

segunda-feira, fevereiro 20, 2023

Re-urbanização compacta e eficiente precisa-se!

Gostei de ler o recente artigo de Luisa Pinto do Público sobre o estudo do Mercado Imobiliário em Portugal coordenado por Paulo Rodrigues e publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos   em ABRIL 2022. 

Uma vez que a habitação é um serviço LOCAL por definição, o  desafio foi de construir um Indice de Inacessibilidade territorial ao nivel das freguesias, cruzando o preço da habitação e o nível de rendimentos das famílias. As estimativas mostram que 24% das familias de zonas rurais em declínio e até 39% das familias em zonas de urbanização crescente estão em Risco de Inacessibilidade Habitacional. 

Foram assim tipificados processos de transformação da habitação, que na minha opinião ainda não passam do diagnóstico para a solução.    Esta lista de seis processos de urbanização é útil, interessante mas incompleta, se de facto queremos  promover um parque habitacional sustentável, tanto para as famílias como para os Orçamentos do Estado e dos Municípios. 

1. Expansão urbana (crescimento das áreas urbanas de maior dimensão, originando grande concentração de população, actividades económicas e serviços).

2. Urbanização (passagem de modos de ocupação de baixa densidade para alta densidade, impelida pela migração das populações para os centros urbanos).

3. Declínio urbano (descida da população e envelhecimento demográfico, abandono de infra-estruturas e património edificado).

4. Declínio rural (abandono de áreas rurais, encerramento de serviços, despovoamento progressivo).

5. Contra-urbanização (processo de urbanização de áreas rurais que se situam para além de zonas urbanas ou periurbanas), fora dos perimetros de segurança. 

6. Suburbanização (expansão das áreas urbanas para as suas periferias), por vezes clandestina e selvagem. 

7. Re-urbanização sustentavel, reabilitação e de "re-purposing" de edifícios antigos e/ou abandonados em bairros devidamente urbanizados para criar cidades e vilas compactas e eficientes com massa-critica  sem congestionamento. 

Falta incluir a reabilitação e de re-funcionalização (o dito re-purposing") de casas e outros edificios existentes, devolutos, e mais ou menos em situação de degradação e ruína.

Em termos de investimento público, é bem mais eficiente reabilitar casas devolutas e degradadas dentro do perimetro das povoações do que construir novos bairros na periferia. Os bairros existentes já têm todas infraetruturas, água, saneamento, electricidade, telecomunicações, ruas, passeios, etc. Os bairros existentes já têm as escolas, os cafés, as igrejas, as associações, e até as tradições que apoiam a comunidade. Os mediadores do imobiliiaro bem sabem que cada casa devoluta e em ruinas desvaloriza um bairro e que cada casa recuperada e habitada pode ajudar a restaurar um bairro degradado.

O enfoque do estudo nas freguesias e municípios é certeiro e importante. Mas não basta.
Há processos e politicas nacionais que têm contribuido bastante mais para a degradação e inacessibilidade da habitação do que o aumento da procura.
  • A compra e venda de imóveis é dos processos mais burocráticos em Portugal. As licenças camarárias são uma dor de cabeça e as escrituras são uma "dor de bolso". Muitas prédios devolutos fazem parte de heranças indivisas onde os custos de compra/venda são superiores ao seu valor de mercado,. Por isso ficam abandonados, parece que para sempre, sem que os proprietários sejam responsabilizados nem apoiados.
  • Uma Câmara Municipal que se queixa que os fundos do PRR não estão disponíveis para reabilitação de edificios antigos, mas apenas para construção nova, também leva 14 meses para emitir a licença de construção de uma casa dentro do perimetro de segurança da povoação existente.
  • Um operador de serviços públicos que se queixa do custo de ter que expandir a sua rede de distribuição, também leva quase um ano a oficializar o ramal de ligação para o restauro de uma ruina num bairro do tempo do Infante D. Henrique.
Cidades, vilas e aldeias compactas, eficientes e sustentáveis ...precisam-se!

Mariana Abrantes de Sousa,

Economista

VER   https://www.ffms.pt/pt-pt/estudos/o-mercado-imobiliario-em-portugal

 https://www.publico.pt/2023/02/19/economia/noticia/habitacao-inacessivel-retrato-territorio-portugues-2038873 

domingo, dezembro 25, 2022

Só faz greve quem pode

Todos os trabalhadores têm o direito de fazer greve em Portugal, exceto os militares, forças de segurança, juízes e deputados, em termos legais. 

Na prática, grande parte das greves ocorrem nos serviços públicos como os transportes coletivos, com as greves marcadas para coincidirem com picos da procura para provocar maior impacto, quer no patronato quer nos utentes.

Veja-se as notícias de greves nos transportes ferroviários e aéreos pela Europa fora este Natal de 2022.  Porquê esta coincidência?

https://www.forbes.com/sites/ceciliarodriguez/2022/12/16/christmas-in-europe-travel-chaos-looms-as-air-and-rail-strikes-spread-full-list/?sh=7f94be855d7a

Em termos económicos, os serviços públicos operam em regime de (quase)monopólio.  Assim os trabalhadores descontentes não conseguem facilmente encontrar novos empregadores, nem os utentes encontrar outros prestadores de serviços.

O custo das desrupções são suportados por todo o resto economia, e também com os contribuintes que no caso de operadores públicos deficitários e mal tutelados

Ser gestor numa empresa pública portuguesa deficitária com uma TUTELA mole até pode ser lucrativo. 

Sim, uma empresa deficitária até pode ser "capturada" pelos  fornecedores, os empreiteiros, os prestadores de serviços, os empregados, com exigência onerosas.  Afinal, os Contribuintes Pagam Tudo, tampam buracos e recapitalizam a empresa deficitária todas as vezes que for necessário. 

O/A gestor(a) público(a) de uma empresa deficitária pode receber "um prémio de risco" no salário para aguentar a queixas do utentes/clientes. E nem sequer necessita de mostrar trabalho, de apresentar lucros, nem sequer de reduzir o défice. 

Segundo Miguel Sousa Tavares, os sindicatos também sabem aproveitar bem a situação: 

"A CP esteve em greve a 23, 25 e 26 de Dezembro se 2022, uma greve cirurgicamente marcada para impedir que todos aqueles que queriam viajar de comboio na época do Natal (e muitos seriam) o não pudessem fazer...Mas justamente por saberem que é maior a procura nesta época ou quando há feriados é que os inúmeros sindicatos da CP já têm nova greve marcada para 1 de Janeiro e neste ano de 2022 tiverem greves em 22 e 24 de Junho, 10, 12, 13 e 16 de Julho, 15 de Agosto, 15 e 30 de Setembro, 5 de Outubro e 30 de Novembro — sempre em cima de feriados, com o duplo objectivo de causarem o maior dano possível aos utentes e o maior prejuí­zo financeiro à empresa. 

Se o(a) Gestor(a) não aguentar tantas pressões, pede que seja demitida pela Tutela amiga, quando mais cedo melhor, para otimizar a sua passagem ... 

Quanto aos passageiros ... que esperem sentados...e vão fazendo poupanças para pagar mais impostos, para tapar mais buracos no SEE, Sector Empresarial do Estado, empresarial mas pouco. 

Mariana Abrantes de Sousa, 

Economista e ex-Controladora Financeira. 

 https://expresso.pt/opiniao/2022-12-30-A-gozar-com-o-pagode-472ebbec






quinta-feira, dezembro 15, 2022

Alterações Climáticas 2016 e a Lusofonia à beira mar plantada

Dizemos que Portugal está à beira mar plantado, e o mesmo acontece com o resto da Lusofonia, onde os portugueses chegaram precisamente por mar.  Por isso, era previsível que todos os países da Lusofonia aparecessem na lista dos países MAIS VULNERÁVEIS às Alterações Climáticas e à subida do mar. 

Isto tornou-se evidente para mim em 2015 quando fiz um trabalho relativo ao GCF-Fundo Verde do Clima no Peru, seguido de várias conferencias em Portugal em 2016, para a CPLP, para a PWN, etc.  

Mas esta análise de riscos climáticos parece não ter chegado aos responsáveis governamentais. 

Em 2008, o Ministro do Ambiente Nunes Correia, negacionista, ainda dizia que a culpa das cheias é das autarquias,  A   Associação Nacional de Municípios respondeu que essas acusações faziam "ricochete" no próprio Ministério. Certo, a culpa e a responsabilidade por estas calamidades climática chega bem para todos

Em Dezembro 2022, com cheias catastróficas em vários pontos do país o atual Ministro do Ambiente e Ação Climática Duarte Cordeiro ainda nem apareceu nas notícias. Estará estar fora de da capital à espera que "a tempestade passe". 

Esta semana em que Lisboa sofre sucessivas inundações relâmpago (flash floods), finalmente ouvimos os novo PCML Carlos Moedas falar da necessidade de corrigir erros de ordenação do território ribeirinho e de precaver e adaptar para resistir ao agravamento de riscos climáticos com investimentos criteriosos na Adaptação.  

Repito a proposta que fiz em 2015 numa sessão na Aula Magna (?), quando uma oradora académica propôs a criação de um Observatório Lusófono das Alterações Climáticas.  Falando logo a seguir, eu recomendei que criássemos um Fundo Lusófono de Ação para as Alterações Climáticas, menos para estudar  e mais para ajudar os países da Lusofonia a planear e financiar ações para PRECAVER e promover a ADAPTAÇÂO às Alterações Climáticas. 

O Forum Energia e Clima já faz um trabalho importante na sensibilização e mobilização.  Mas temos que passar rapidamente da Observação para a cooperação para a AÇÂO e ADAPTAÇÃO, o que passa pelo estudo, mas tem de ir muito mais além.  E para ir mais LONGE, temos que ir JUNTOS.  Não podemos ficar sós nesta tempestade, tão previsível no geral como imprevisível no específico,  mas sempre potencialmente  calamitosa.

Mariana Abrantes de Sousa  

Economista e Consultora de Financiamento de Projetos 

Beijoz, Carregal do Sal, 15-Dezembro-2022

VER: https://www.dn.pt/dossiers/cidades/inundacoes-em-portugal/noticias/ministro-do-ambiente-diz-que-a-culpa-das-cheias-e-das-autarquias-1042041.html 

Forum Energia e Clima https://www.energiaeclima.org/