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segunda-feira, maio 27, 2013

Dutch and German banks most over-leveraged prior to crisis

Academic studies confirm a recurring sequence from surging private debt levels to banking crises,
and from banking crises to sovereign debt defaults. This development tends to be exponential, and is often followed by a period of credit contraction, or deleveraging. In the recent past, periods of serial defaults have become much shorter, more frequent, and sometimes more severe.

No country is immune, as the contagion of credit bubbles followed by credit crashes moves freely between countries given the lack of capital controls, in-bound as well as out-bound.

It is essential to make these tsu-moneys more easily detectable.  Credit bubbles usually start unnoticed and unmentioned with overleveraging of creditor banks as they recycle export surpluses to net importers, as their central bank supervisors look-on with indifference.

Then the same monetary authorities who allowed the excessive wholesale cross-border lending want to penealize the local depositors, the mom-and-pop cafés and restaurants, for having placed their deposits with banks which got too much cross-border funding.

A clear case of two wrongs making a disaster.
 
It would help if decision makers  overcome their deficit of analysis, using the correct indicators for bank leverage, and didn't ignore the off-balance sheet items:

Debt leverage:  total liabilities /capital and reserves
Capitalization or solvency:  capital and reserves /total liabilities
Asset leverage:  total assets /capital and reserves

See also Tsu-money Alert http://ppplusofonia.blogspot.pt/2013/03/tsu-money-alert.html
and EBF on Bank Leverag http://www.ebf-fbe.eu/uploads/bank%20leverage.pdf

quinta-feira, maio 23, 2013

Curso intensivo para contribuintes - como poupar na gestão hospitalar

Parabéns ao MdS pela recente publicação
de um estudo comparativo dos indicadores de desempenho KPIs) dos hospitais do SNS, sejam EPE ou PPP que oferece muita matéria para estudar.

Os resultados são apresentados de uma forma simples, os melhores hospittais em cada indicador com bolinha verde, os intermédios com bola amarela, e os hospitais  mais fracos com bola vermelha.

O que salta à primeira vista é a quantidade de bolinhas vermelhas.  Em parte isto parece dever-se  à metodologia de comparação relativa, em que os hospitais são comparados ao melhor do seu grupo, que ás vezes é o único que aparece a verde.

Em qualquer caso, é bom ter estes cerca de 20 indicadores, dos 150 indicadores possíveis, para começar a identificar onde se poderia conseguir ganhos de eficiência, de qualidade e de sustentabilidade se os hospitais nivelassem para cima.  A poupança  estimada  pela ACSS ronda em €509 milhões ao ano, o suficiente para cortar bastante na  tinta vermelha das demonstrações financeiras.

Comparar a produção e os resultados é um passo importante na empresarialização dos hospitais.  Os hospitais tradicionais, do SPA Sector Público Administrativo, eram financiados pelo contribuinte de acordo com os "inputs", os fornecimentos que utilizavam:
 - Os salários dos médicos, infermeiros e auxiliaries ...
-        -  Os próprios edifícios dos hospitais, o equipamento médico, os blocos operatórios ...
- Os medicamentos e outros consumíveis, desde a seringas à electricidade ...
Agora, um  hospital EPE passou a ter um contrato com a ARS, normalizado pela ACSS, e a ser remunerado pelos “outputs”,  isto é pela produção:  o número de actos médicos, o número de consultas, etc, com base nos GDHs, os grupos de diagnostico homogéneo.  Se um hospital for menos eficiente, se  tiver mais despesa de consumíveis por exemplo, perde dinheiro no curto prazo. Teria que corrigir no médio prazo como qualquer empresa comercial. É assim que funciona a “Disciplina do Mercado”.

O problema é que alguns dos hospitais EPE, de disciplina financeira têm pouco, pois acumulam dívidas que ficam fora do orçamento do Estado… até ao momento em que o SNS tem que as assumir e pagar.

Isto porque é muito fácil gastar mais dinheiro na saúde.  Tradicionalmente, qualquer médico tem autonomia para pedir mais uns exames ou para receitar mais uns medicamentos, para adiar a alta por mais um dia.  E não é um qualquer administrador hospitalar que o vai questionar.  Diz-se no sector que uma cama criada é uma cama ocupada, tudo pago pelo contribuinte.  Isto é a "procura induzida". 

Por isso Portugal é um dos países europeus com despesas em saúde mais elevadas em relação ao PIB.

Portugal pode congratular-se pelo acesso e pela qualidade dos nossos serviços de saúde.  A rede do SNS é extensa, até está sobre-dimensionada, e a qualidade dos serviços prestados é muito controlada e uniformizada pelos reguladores da saúde, a DGS, a ERS, as ARS, as próprias Ordens dos Médicos, dos Enfermeiros e dos Farmacêuticos. 

Os hospitais EPE têm algo mais de Liberdade de gestão, para contratar por exemplo.  Mas nem sempre essa Liberdade é devidamente correspondida pela Responsabilidade. 

Por isso, a gestão financeira e a sustentabilidade do SNS continuam em estado critico. 
E sem sustentabilidade, o acesso e a qualidade podem voltar a ficar em risco. 

Mariana Abrantes de Sousa
ex-Controladora Financeira do Ministério da Saúde

Fonte:  ACSS  http://www.acss.min-saude.pt/Portals/0/Relat%C3%B3rio%20de%20benchmarking_2012.pdf

domingo, maio 19, 2013

Do problema às soluções: Diagnóstico, Decisão, Acção

Existe um portal que pede sugestões de acções para melhorar Portugal, http://www.opoderdemudarportugal.com/,   mas como  não divulga quaisquer contactos nem acusa recepção,  não se sabe se se trata apenas de mais ideias para cair em saco roto, ou se efectivamente alguém vai passar à acção.

Pois bem, aqui estão algumas das propostas de soluções.  Ideias  não faltam, falta alinhar esforços e mostrar trabalho e conferir resultados, passar á  acção. Depois do brain-storming, deve-se dar prioridade ás  soluções são  que criam valor, que fazem crescer o bolo,   e não aquelas que se limitam a redistribuir as migalhas, ou que implicam impacto  orçamental negativo, a menos que seja apenas temporário. O importante é eliminar os incentivos à inactividade e as barreiras ao investimento à produtividade, e á exportação.

Certificação para a Exportação: Promover a certificação de produtos e serviços orientados para a exportação, para mercados cada vez mais exigente, subsidiando (com fundos do programa de ajustamento) a certitificação de qualidade, de comércio justo, de agricultura orgânica.
A solução está na exportação.
em  Vendo, logo invisto
PPP Lusofonia em 02-05-2013


Proposta de campanha de recuperação municipal, dos centros históricos: Promover transacções de prédios urbanos devolutos, ou em ruínas,  isentando do IMT durante 6-9-18 meses, no máximo. DEPOIS, aplicar um IMI crescente sobre prédios devolutos ou em ruínas em função dos serviços públicos de que beneficiam, arruamentos, iluminação, aguas, esgotos, telefone, transportes colectivos, etc. Um prédio devoluto ao lado de uma estação de Metro destrói valor para os vizinhos e para a economia. Em geral, reduzir o IMT para promover transacções  e aumentar o IMI para promover o bom aproveitamento e evitar o abandono dos centros urbanos.
Acrescentar campanha de restauro de imóveis de habitação nos centros históricos, e canalizar o pouco crédito existente para este sector.
em Estudo sobre PPP municipais de água e saneamento
PPP Lusofonia  em 02-05-2013

Proposta de Campanha de Emparcelamento e troca de terrenos agrícolas e florestais: Promover, durante 9-18 meses,  para apanhar duas visitas anuais dos  emigrantes, as transacções de terrenos entre proprietários contíguos  para aumentar o tamanho médio das explorações,  com isenções e promoções de emolumentos, financiadas parcialmente com fundos europeus. DEPOIS, subir o IMI sobre os terrenos abandonados, com risco de incêndio, etc.
Acrescentar campanha de reflorestação e de limpeza de matas, de limpeza de rios e da zona costeira, de recuperação amabiental.
em Onde estão os números ... que contam na agricultura

Simplificação da Segurança Social para independentes:  Alterar formula de contribuição para a Segurança Social de trabalhadores independentes para uma percentagem do rendimento anual declarado em sede de IRS, em vez de montantes fixos baseados em rendimentos de anos anteriores.  Os trabalhadores independentes com rendimentos variáveis têm incentivos à inactividade quando os encargos com a Segurança Social superam os seus rendimentos. (Esta é a formula  que se aplica nos Estados Unidos).
PPP Lusofonia

Bolsa de tarefeiros e suspensão parcial e temporária  de subsidio de desemprego para trabalhadores intermitentes:  Permitir que os trabalhadores aceitem tarefas e se mantenham activos e actualizados em termos profissionais, sem perder direitos aos apoios

Aulas de alemão, e de outros idiomas, incluindo inglés, francês, espanhol e português para imigrantes

Negociação de parcerias remuneradas para  prestação de serviços ao exterior, nomeadamente na área da saúde como estão a fazer os Hospitais de Coimbra .   Portugal deve poder prestar serviços de saúde a cidadãos estrangeiros, a custos inferiores aos do país de origem, que devem ser reembolsados pelas respectivas segurandoras de saúde
em Paying for pensioners http://ppplusofonia.blogspot.pt/2010/02/your-budget-or-mine.html


O jornal Expresso de 18-Maio-2013 também apresenta uma lista de "12 medidas para sair da crise", das quais valeria a pena destacar as mais praticas e orientadas para o aumento da produtividade e do ajustamento externo:


Paulo Andrez, European Business Angels Network, Resinar os pinhais do Estado .  Anteriormente produziam-se  150.000 t/ano, agora só 7 t/ano, importando da China, Brasil, Indonésia.  Resultaria na criação de 12.000-18.000 postos de trabalho, eliminação de importações e aumento de exportações

João Alves, E&Y:  Negociar  Convenção para evitar a  dupla tributação, CTA com Angola 

Manuel Alvarez, Remax:  Fundir freguesias e municípios para aumentar eficácia e reduzir custos. 

J Rebelo de Almeida, Vila Galè:  Por terras incultas à disposição de agricultores e ocupar desempregados na limpeza de matas detidas por idosos  

Fonte:  12 medidas para sair da crise, http://expresso.sapo.pt/12-medidas-para-sair-da-crise=f807675









sexta-feira, maio 17, 2013

WASRAG - World Water Summit V, Lisbon, 21-June


Wasrag is pleased to announce the World Water Summit V will be held in
Lisbon, Portugal   Friday June 21, 2013 
This year's theme is Sanitation, Hygiene, Innovation, and Trends.
 Join us for inspiring key note addresses from international experts, interactive break out sessions aimed at levels of interest from 'new to WASH' to experienced 'WASH program manager'. Learn about techniques for engaging communities and encouraging change such as Community Led Total Sanitation (CLTS), and PHAST, technology options for sanitation solutions, and water solutions, technigues for addressing hygiene education, and more.
See the draft program for more details and download the flyer.
NEW THIS YEAR:   Be part of the Speed Project Fair!  
A unique opportunity to showcase your project to Rotarians from around the world.  
For more details read the:  Speed Project Fair FAQs

Somos Todos Peões

Publicação


Em memória do Professor Alfredo de Sousa, que faria anos esta semanos, chamamos atenção para a  Segunda Semana Mundial da Segurança Rodoviária.   A Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) editou o folheto "Somos Todos Peões", destinado ao público infanto-juvenil. Esta publicação tem por objetivo sensibilizar a população mais jovem para questões relacionadas com a segurança rodoviária.

Veja este folheto em: www.aca-m.org 

Curso intensivo para contribuintes - consumo

Os cortes nos salários e nas pensões públicas têm um objectivo imediato:  reduzir o consumo dos portugueses.  Isso não mata, mas mói, e muito.  No mínimo, acaba com as ilusões da vida boa.

Para compreender a justificação destas medidas  drásticas de austeridade, basta ver um dos gráficos da Pordata , e recordar as contabilidade nacional.
 Cp + Ip + G + X - M = PIB, em que:
Cp -consumo privado
Ip - investimento privado
G - Governo, despesas do Estado
X - exportação
M - importação
Em Portugal, mais consumo implica sempre mais importações pois importamos de tudo, por isso parte do aumento do consumo interno não se reflecte no PIB (leakages).

Portugal tem um rácio de Consumo total / PIB dos mais elevados da Europa, 84,5%, acima da Espanha com 79,4% e da média de 80% dos E U-27.

A França reporta um rácio de Consumo Total / PIB de 82,4% bem acima dos 77% da Alemanha, tal cigarra extravagante e tal formiga frugal.

O nosso consumo privado representa 66,3% do PIB em 2012, quase 9 pontos acima na média de 57,5% da Eurozone-17, e da EU-27 com 58,3%, da Espanha com  59.%.  

E o consumo privado português, que ainda mal descolou do pico de 66,8% do PIB em 2008,   tem-se mantido consistentemente  elevado, há anos, um desvio em  relação aos nosso vizinhos que a crise revelou ser insustentável.   Acima de nós, praticamente  só a Grécia.

Este dificuldade em aumentar a poupança e reduzir o consumo, depois de quase 3 anos de recessão  devia servir de aviso à navegação dos que reclamam a retoma do estímulo ao consumo interno e às grandes empresas portuguesas que são,  na sua  maioria, importadoras.

Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia




Curso intensivo para contribuintes - pensões 2

Fia-te nas previsões (a 50 anos) e não poupes ! 

Há quem questione a necessidade de cortar mais nas pensões públicas (PP), quando o seu peso no PIB só vai aumentar marginalmente nos próximos 50 anos.   Segundo as previsões do EU 2012 Ageing Report, o nosso  rácio PP/PIB só vai aumentar marginalmente de 12,5% em 2010 para 12,7% em 2060,  ficando ainda abaixo da média de 12.9% dos EU (2012 Ageing Report pg 86).

O problema é que esta previsão está baseada na premissa de crescimento do PIB português de 1.2%.a.a. no mesmo período, o que tem bastante menor probabilidade do que a previsão dos encargos com  as pensões públicas. Se o denominador tem maior incerteza do que o numerador, o rácio de PP/PIB vai provavelmente agravar-se mais do que o previsto.
DEO-Aging
Para além do mais, como estamos em situação de défice orçamental, parte dos pagamentos de pensões vai directamente para a dívida pública, que já sabemos ser insustentável.  Isto é,   temos que cortar nas pensões públicas agora não só para conter a acumulação de dívida como para arranjar folga orçamental para recuperar o investimento público.
 Este  caiu de 3,8% do PIB em 2010 para uns míseros 1,8% do PIB em 2012 ( DEO 2103 pg 18). Os 0,2% do PIB  já não parecem tão insignificantes quando comparados com esta variação no investimento público.

É que se não conseguirmos restaurar os níveis de investimento público (produtivo, que não rotundas no meio das vinhas do Dão), então é que ficamos a ver o crescimento do PIB por um canudo.

Mariana Abrantes de Sousa 
PPP Lusofonia

Fontes:  10envolver http://10envolver.wordpress.com/2013/05/08/ha-uma-coisa-que-nao-percebo/
DEO 2013 http://www.portugal.gov.pt/media/989698/20130430%20mf%20deo%202013%202017.pdf
EU 2012 Ageing Report  http://ec.europa.eu/economy_finance/publications/european_economy/2012/pdf/ee-2012-2_en.pdf
Curso intensivo para contribuintes - pensões 1 http://ppplusofonia.blogspot.pt/2013/05/curso-intensivo-para-contribuintes.html




DESCRIÇÃO António Gaspar considera que a TSU sobre pensionistas é "jogo político". Mário Caldeira Dias vai mais longe e diz que "Portas já está a preparar a saída". Já Mariana Abrantes de Sousa garante que "a esmola da segurança social é grande e o pobre tem de desconfiar". A pensar no futuro, Rogério Fernandes Ferreira lembra a necessidade de haver "consenso entre todos os partidos para haver previsibilidade". "Conselho Consultivo" de 17 de Maio de 2013   http://videos.sapo.pt/kDWMDaz3BflLve85g5qS

Ver também um artigo de Valter Martins, o Economista de Bancada sobre o novo défice demográfico de Portugal.

"Um facto que tem passado despercebido no meio do barulho da discussão económica portuguesa é que, pela primeira vez na história recente, a população activa Portuguesa entrou em declínio"

quinta-feira, maio 16, 2013

Regresso ao passado - os alertas ignorados dos Controladores Financeiros

Quando, e se, sairmos desta crise de sobre-endividamento externo, esperemos ver muitas teses de doutoramento a explicar como chegámos à condição de lixo , quem foram os (ir)responsáveis cá dentro e lá fora e o que devemos fazer para que Portugal nunca mais tenha que sofrer outra crise igual.
Se esta geração se esquecer, como se esqueceram as outras, voltaremos a passar os mesmos martírios certamente.

E a história vai falar da frustração dos mais atentos, que emitiram alertas, dos que foram silenciados pelo tsunami do credito externo fácil.

Como, por exemplo, os Controladores Financeiros, um equipa de que fiz parte, cujo trabalho podem começar a ver aqui...http://10envolver.wordpress.com/2013/04/28/regresso-ao-passado/

Mariana Abrantes de Sousa
ex-Controladora Financeira  

Curso intensivo para contribuintes - pensões 1

Quem paga as pensões dos avós pensionistas? 


Se forem  muitos pensionistas, como são e se forem pensões fiadas, isto é  financiadas com dívida pública, pagarão os netos .


Diz um trabalhador ainda no activo:  "Eu e o meu patrão descontámos e entregámos durante mais de 40 anos mais de 30% do meu vencimento total. Onde se meteu esse dinheiro e porque que não capitalizaram a parte que me compete?
Não têm que ser meus filhos e netos os responsáveis..."

Geralmente, os sistemas de Segurança Social  públicos são apenas de "pass-through", de repartição, não são de capitalização, com base em provisões. E os "benefícios definidos" são em função dos salários, e não em função da "contribuição definida" acumulada. As reservas matemáticas são pequenas em relação às responsabilidades actuariais totais, em parte devido ao aumento do número de pensionistas que se vê na figura.  As responsabilidades actuariais não cobertas pelas reservas são equivalentes a dívida pública, terão que  ser pagas pelos contribuintes (de Segurança Social ou de impostos) à medida que vão vencendo no futuro.  Estas responsabilidades pelo pagamento de pensões no futuro, descontadas para o dia de hoje à taxa de juro das obrigações do Tesouro, são outra forma de dívida pública escondida ainda mais arriscada do que a dívida pública pois aumentam com com o aumento da longevidade.

Diz o candidato a pensionista:  Essas reservas deveriam lá estar. Todos os governos têm andado adiar para as gerações futuras e nunca colocaram o assunto em referendo como deveriam.  A grande maioria das pessoas pensa que descontou para a própria reforma...

Sim, é  normal pensar que as contribuições para a SS estão lá à nossa espera. O baixo provisionamento de pensões "pass-through" e a diferença entre pensões de "beneficio definido"ou de "contribuição definida"  são questões bastante esotéricas, que infelizmente agora todos precisamos de comprender.


As pensões existem com um seguro de riscos actuariais, socializarmos os de vivermos mais tempo do que as nossas poupanas.  Isto é uma forma de partilhar o bolo equitativamente, e é bom. Mas as boas intenções não bastam. Primeiro temos que produzir e fazer crescer o bolo, individualmente e colectivamente. Discutir a divisão de um bolo cada vez mais pequeno é pouco interessante, e ainda menos estimulante.

Diz um economista:  Os mecanismos de partilha social do risco reduzem a incerteza e promovem o crescimento. Há vários exemplos, o mais simples: educação e saúde de melhor qualidade para todos aumenta o capital humano e torna-nos a todos mais produtivos. Outro exemplo: ter um esquema de seguro social que funciona (e que não é demasiado generoso senão não será sustentável) torna o futuro mais previsível e cria as condições para os famílias correrem mais riscos, o que aumenta o nosso potencial de crescimento.

O envelhecimento da população, devido à maior longevidade e à menor natalidade, cria duas bombas orçamentais ao retardador (twin budget time bombs), os encargos orçamentais com pensões públicas, e os encargos orçamentais com as despesas públicas em saúde.  Se os  "direitos adquiridos dos pensionistas" forem demasiado generosos, o "fundo de pensões" pode entrar em colapso.

Na era moderna, os pensionistas dependem de três pilares para financiar a sua velhice cada vez mais longa :  as pensões da entidade patronal, a pensão pública (que pode ser apenas um complemento da primeira), e as poupanças próprias.  Antigamente, quando os avós velhinhos entregavam os seus bens   aos filhos e netos em vida, as terras para serem cultivadas,  ficavam a cargo deles.  Os avós passavam a andar  "aos meses"  em casa de cada um dos filhos ou recebiam uma "tença" ou pensão  na forma de milho, batatas, azeite, lenha, etc.  O aforro e a  tença dos filhos  eram  então os únicos pilares para uma velhice, curta.

Neste "curso intensivo de finanças para contribuintes" que é a crise, vamos aprender tanto sobre as tristes surpresas nas PPPs, nos swaps, nas empresas públicas, nos programas sectoriais, nas pensões, etc  que daqui a pouco qualquer um pode pedir equivalências a um MBA ...

Primeira lição:  Quando a esmola (das pensões) é grande, temos o dever de desconfiar 
E se não aprendermos, vamos cometer os mesmos erros e sofrer as mesmas consequências no futuro.

Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia

Ver também http://fazerporsalvaterra.blogspot.pt/2011/12/despesa-publica-seguranca-social.html
Curso intensivo de finanças para contribuintes - swaps http://ppplusofonia.blogspot.pt/2013/04/curso-intensivo-para-contribuintes-swaps.html
Paying for pensiones http://ppplusofonia.blogspot.pt/2010/02/your-budget-or-mine.html
Years on pension http://ppplusofonia.blogspot.pt/2010/04/years-on-pension-increase.html
Receber a tença dos filhos  http://beijozxxi.blogspot.pt/2013/05/andar-aos-meses-e-receber-tenca.html

quarta-feira, maio 15, 2013

Europa: o fosso irreversível?

A divergência de fortunas, e de balança de pagamentos, torna uma união aduaneira e monetária insustentável, uma vez que se põem de lado os principais mecanismos de ajustamento.    Por isso tivemos os Fundos Estruturais para fomentar a Coesão, o que não ser verificou.

A divergência persistente é a principal ameaça e os riscos estão cada vez mais visíveis.

Por isso pergunta La Croix:  Cet écart peut-il devenir irréversible?
http://www.la-croix.com/Archives/2013-05-14/La-vigueur-allemande-se-demarque-du-reste-de-l-Europe-2013-05-14-960052

Pergunta der Spiegel:  Are Europeans rapdily losing faith in Europe? http://www.spiegel.de/international/europe/new-pew-study-finds-europeans-losing-faith-in-eu-project-a-899588.html

Tememos bem que a resposta  às duas perguntas seja SIM.
A bolha do crédito externo terá causado austeridade que parece não ter fim http://ppplusofonia.blogspot.pt/2013/04/on-reinhart-and-rogoff-debt-and-growth.html

Saldos devederes e credores , TARGET2 , dos bancos centrais da Eurozone começarm a descer  http://www.eurocrisismonitor.com/Target2 Balances figure1

Tem tudo a ver com a BTC, a balança de transações correntes:  http://www.voxeu.org/article/european-imbalances

sexta-feira, maio 10, 2013

Desocupados e reformados em foco

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A análise dos comentadores do ETV Mariana Abrantes de Sousa, António Gaspar, Mário Caldeira Dias, num debate conduzido por Marta Rangel. "Conselho Consultivo" de 10 de Maio de 2013.
http://videos.sapo.pt/IpcP9yYjBcTSht5R8kaM 

Ver intervenção do Nobel da Economia Christopher Pissarides sobre a importância de manter ocupação produtiva mesmo em situação de desemprego http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3196371


Desafios das Parceria Público-Privavadas Hospitalares, ENSP, 10-Maio-2013, 16h30


ENSP | 4º Programa de Doutoramento em Saúde Pública | 2012-2015

Seminário em Saúde Pública II

Sessão I - 14h30/16h10
- Desafios de Investigação em Saúde Pública - António Tavares (ENSP)



Sessão II - 16h30/18.10
Ciclo de Seminários | Desafios das Parcerias Público-Privadas Hospitalares

16h30 – Abertura - Adalberto Campos Fernandes (ENSP)
16h40 - PPP’s na Saúde: Racional e Enquadramento  - Maria Abrantes de Sousa (Consultora Financeira, Especialista em PPP’S)
17h00 - A Experiência em Portugal - Hospital de Cascais - Nazaré Reis (Administradora Hospitalar, HPP Parcerias Saúde, SA)
17h20 - A Experiência em Portugal - Hospital de Braga e Hospital de Vila Franca de Xira – António Manuel Nunes (Grupo José de Mello Saúde)
17h40 – Debate com os Alunos
18h00 – Conclusões e Encerramento

quinta-feira, maio 09, 2013

PPP Summit 2013, São Paulo, 21-22 Maio


Restam apenas 20 vagas disponíveis para inscrição no PPP Summit 2013, importante conferência que irá apresentar e discutir os desafios e oportunidades para as Parcerias Público-Privadas no atual contexto político e econômico brasileiro.

Reuniremos em 21 e 22 de maio em SP, mais de 130 executivos, do setor público e do setor privado, envolvidos com os mais representativos projetos de Infraestrutura e PPPs. Entre as empresas e órgãos governamentais que já confirmaram presença por intermédio da inscrição de seus executivos e colaboradores, estão: Sabesp, Invepar, Prefeitura do Rio de Janeiro, Ministério da Cidades, Odebrecht, Caixa, Prefeitura de Recife, Marinha do Brasil, Siemens e Andrade Gutierrez.

Temas: Estado atual do mercado brasileiro de PPPs; desafios vinculados à estruturação de projetos de PPPs; identificação de oportunidades e parceiros em projetos; gestão de um programa de PPP; desenho e gestão de contratos de PPP e lições aprendidas em projetos já executados.

Alguns dos mais de 20 palestrantes-especialistas confirmados: Helcio Tokeshi (EBP), Mauricio Portugal Ribeiro (Portugal Ribeiro & Navarro Prado Advogados), Eduardo Xavier (SPP-Prefeitura de São Paulo), Christini Kubo (Odebrecht), Tomas Ancker (IFC), Marcos Siqueira (Unidade de PPP de MG), Tarcila Reis (Unidade de PPP de Salvador), Marcello Faulhaber (Prefeitura de BH) e Felipe Starling (Mckinsey). 

Estamos a disposição para esclarecimento de dúvidas e inscrições através do 11 5093 7847 e pppsummit@hiria.com.br

Informações sobre a conferência e modos de participação estão disponíveis em: www.pppsummit.com.br

Notícias sobre PPPs: http://www.pppbrasil.com.br


quarta-feira, maio 08, 2013

A crisis of (over) confidence

Describing the the Eurozone debt crisis as a "crisis of confidence" gives us few pointers about the underlying causes and eventual solutions.  If anything, the crisis was caused by the over-confidence of   creditors who lent too much, too easily, of borrowers who borrowed more than they could afford to repay, and most of all, of the (im)prudential regulators who let the cross-border intra-Eurozone credit bubble grow until it burst.

And the excessive credit was fed by the trade surpluses of the net exporting countries, and in turn made possible the trade deficits of the net importing countries.  That's why it is surreal to hear one speaker after another talk about the the Eurozone debt crisis with hardly any reference to the balance of payments and the persistent and diverging CAB imbalances .   Why is everyone  so busy ignoring the financial "elephant in the room",  the German record trade surplus?  

The over-confidence turns into a crisis when the market concludes that the intra-Eurozone CAB imbalances are  neither sustainable nor self-correcting because the traditional automatic stabilizers are no longer functioning.  

Unfortunately,  the external CAB imbalances  seem to be taboo. For every mention of a trade deficit or surplus there are dozens of mentions of the budget deficit which is seen under the analytical microscope,  in a collective mis-direction of attention. 

site titleIt's not surprising to hear  specialists such as Mr Kopits,a  member of  of the Conselho de Finanças Públicas http://www.cfp.pt/about-us/composition/board, / speak mostly about  fiscal matters.  But this narrow focus on the domestic  side of the problem, when the turnaround must come from the external sector,  hardly boosts our confidence in our ablity to find an eventual positive solution.  It is more encouraging to recall Krugman's early academic work on economic geography and the risks of divergence in a single market among trading partners of very different dimmension.  Perhaps this analysis could help to focus decision makers on what really needs to be done to recover the fragile perifpheral economies of the Euro.

Getting the analysis right, by focusing on the extenal accounts first and foremost, is paramount.  Any doctor will tell you that getting the diagnostic wrong makes very difficult, if not impossible to find the right cure. And we've gotten a lot of the "wrong cure" thus far, with mis-directed and irreponsable austerity  in the creditor countries, limiting their potential contributions to the adjustment in the trade balance.  

A little, or a lot, more attention, to international trade and finance theory, will be essential if we are to avoid the worst scenarios for peace and cohesion in Europe.

Mariana Abrantes de Sousa 
PPP Lusofonia

Conselho de Financças Públicoas http://www.cfp.pt/
From the "crisis of analysis" to the  "analysis of the crisis  http://ppplusofonia.blogspot.pt/2013/04/da-crise-de-analise-analise-da-crise.html
When austerity is irresponsable http://ppplusofonia.blogspot.pt/2012/11/european-budget-talks-when-austerity-is.html
Crise à Portuguesa no sector externo 2010 http://ppplusofonia.blogspot.pt/2010/10/crise-portuguesa-concentra-se-no-sector.html

terça-feira, maio 07, 2013

Manual PPP em consulta pública até 28-Maio


Consulta Pública
O GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, por intermédio da sua Unidade Central de Parcerias Público-Privadas, situada no âmbito da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, elaborou o presente documento que contempla orientações gerais sobre as principais questões enfrentadas em projetos de PPP, de forma a registrar as metodologias e melhores práticas, com o objetivo de promover contratos equilibrados e com um melhor aproveitamento dos recursos públicos.

Além disso, o presente documento serve para promover um entendimento comum entre os diversos atores que participam de cada processo de PPP sobre alguns dos principais temas envolvidos, o que certamente reduzirá o tempo e os custos de negociação do processo, a partir do esclarecimento da racionalidade envolvida na formação dos editais, contratos e documentos correlatos.

Orientados pelas premissas que norteiam a Terceira Geração do Choque de Gestão, centrado na Gestão para a Cidadania e no Fortalecimento da Cidadania através de um Estado em Rede, submetemos o presente manual à Consulta Pública, buscando contribuições de toda a sociedade, empresas, especialistas na área, governos de demais estados, etc.
As contribuições feitas para este Manual de Padronização de Regras Chave de PPP são consideradas de interesse público, estando o Governo de Minas autorizado a divulga-las como bem entender, não havendo incidência de direitos autorais sobre o seu conteúdo. 

O Manual estará aberto para receber críticas e sugestões até o dia 28 de maio de 2013, através do e-mail :melhorespraticas@ppp.mg.gov.br

quinta-feira, maio 02, 2013

Saving the Euro is good, but ...

... saving our souls is better! 
Speaking earnestly and emphatically at the Estoril Conferences in Portugal today, Herman von Rompouy, the former Belgian minister who has been the President of the European Council for over three years said that  the Single Currency has been saved from the recurrent speculative attacks. 
And that it is now time to take immediate action to tackle the enormously high levels of unemployment with broad jobs programs especially focused on youth.  

Mr Rompouy was more convinced than convincing to the tough Portuguese audience who have suffered wage cuts of 30% + .   

Saving the Euro is good.
So is saving the European banks who foolishly lent too much, in an European version of the subprime loan abuses. But not  when nearly all   of the adjustment costs have been borne by the local taxpayers and the local savers of the debtor countries.
The Euro may not be safe for long if the net exporting countries such as Germany keep setting new trade records.

Structural reforms are indeed essential, especially making the labour market more flexible and oriented to productivity.

But the critical stuctural problem of the Eurozone,  the  intra-Eurozone current account CAB imbalances which persist and widen in the face o double digit unemployment, received scant attention from any of the speakers.

Has the Balance of Payments ceased to matter?
Is international trade theory dead? Or are we simply dead to international trade theory?

Mariana Abrantes de Sousa