Tradutor

terça-feira, setembro 25, 2012

Project bonds in road test in Europe

Project Bonds for European infrastructure in pilot phase of €240 million

Bancos Centrais da CPLP criam grupo de trabalho para integração económica e financeira - Economia - PUBLICO.PT

Bancos Centrais da CPLP criam grupo de trabalho para integração económica e financeira - Economia - PUBLICO.PT


Os representantes dos bancos centrais da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) decidiram hoje criar um grupo de trabalho para ajudar na integração económica e financeira entre seus membros.

A decisão foi tomada durante o VI Encontro de Governadores dos Bancos Centrais da CPLP, realizada no Rio de Janeiro, com a presença de representantes de todos os oito membros da comunidade.

Segundo a assessoria do Banco Central do Brasil, o grupo estudará alguns dos sistemas de pagamentos internacionais já existentes, incluindo os utilizados entre as nações latino-americanas, com vista a encontrar a melhor solução para aprofundar a relação económica e financeira dos países de língua portuguesa.

Na mesma reunião, ficou decidido que o primeiro relatório do grupo de trabalho será apresentado num encontro em Lisboa, marcado para Novembro.

Na ocasião, Portugal apresentará também um estudo pormenorizado sobre os requisitos que um eventual acordo deverá conter para garantir o respeito pelas regras da União Europeia.
Fonte:  Publico http://economia.publico.pt/Noticia/bancos-centrais-da-cplp-criam-grupo-de-trabalho-para-integracao-economica-e-financeira-1564388?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoRSS+%28Publico.pt%29



segunda-feira, setembro 24, 2012

The case for euro deposit insurance

GROS: The case for euro deposit insurance
Daniel Gros, Dirk Schoenmaker, 24 September 2012

Sober look at trade convergence at last


SUNDAY, SEPTEMBER 23, 2012

Eurozone crisis has eliminated the periphery trade deficit

The Eurozone recession is having a somewhat unexpected effect on the periphery nations' current accounts. As was the case with Portugal (see this discussion), the Eurozone periphery has eliminated its trade deficit.

Source: CS

Domestic demand in these nations has collapsed, dramatically shrinking imports and improving the external balance. These nations just can't afford many of the goods they used to import. And as the periphery eliminated its trade deficit, the Eurozone as a whole went into a trade surplus.
See more in Sober Look http://soberlook.com/2012/09/the-eurozone-crisis-has-eliminated.html
Is this the end of trae and CAB divergence in the Eurozone? 

sexta-feira, setembro 21, 2012

Nobody forced the creditors to lend - 2

Debt workout 101 - 18 
Correlation does not imply causality is a phrase heard frequently in economics, so an article which attempts to answer which came first, the excess of  imports over exports or the excessive external debt deserves a wide reading.  In short, the conclsuion is that  in a context of free capital flows, it is the availability of external credit (as in vendor-financing) that allows the consumption of imported goods in excess of export revenues.

As a consequence, the author, a professor at Panteion University in Athens, calls for adjustment policies  to address the proper management of capital flows, which may help to avert the next external credit tsunami.

One could go further and point out that noboby forced the external creditors to lend.  When the losses resulting from excessive credit  loom large, and borrower austerity can be taken only so far, such losses may have to be  shared more equitably between the borrowers and the creditors by negotiating real debt relief, not just the substitutition of private by official creditors.
Mariana Abrantes de Sousa 
PPP Lusofonia

Article by Anastasios Mastroyiannis,
Causality Relationships in the Structure of Portugal’s Balance of International Payments, International Journal of Business and Social Science, Vol. 3 No. 15; August 2012

Abstract
This paper provides an empirical investigation of the causal relationship between the current account and foreign capital inflows in the case of the Portuguese economy, during the period 1980-2009.  We utilize unit root and cointegration analysis to test for the existence of a long run relationship. Furthermore, we examine the type of Granger-causality among the two variables on the basis of an augmented VAR model.  Our findings suggest that there exists a long run relationship between foreign capital inflows and current account position that is based upon a unidirectional causal long-run relationship, running from foreign capital inflows to current account position. In the short-run we find a bidirectional relationship between the two variables. The results indicate that policies design for attracting foreign capital should take into account their current account deficit inducing implications and that policies aiming to improve the management of foreign capital inflows have a role in addressing indebtedness and external imbalances concerns. 



5.Conclusions
In this paper we examine the relationship between foreign capital inflows and the external position of the Portuguese economy, for the period 1980 to 2009. Our results indicate that although the series are individually non stationary, together they form a long run relationship.  This long run equilibrium relationship is based upon a unidirectional causal relationship, running from foreign capital inflows to current account position.  Our results are similar to those found for the case of Turkey (Ersoy (2011)) and Greece ((Mastroyiannis (2011)).

Our findings are in contrast with evidence of previous research  indicating that  current account deficits are a “home grown” phenomenon  for developed economies; that is, foreign capital inflows are induced by current account deficits as an extra source of finance.  On academics grounds, the results indicate that in the long run foreign capital flows are “pushed” into the economy of Portugal due to external factors, instead of being “pulled” into the economy due to internal economic conditions.  

In terms of economic policy implications, our results suggests that sustainability concerns regarding the growing current account deficit  are best dealt with  not only with switching/reduction expenditure  policies, but also with policies addressing  the management of foreign capital inflows

Our results are subject to two qualifications.  First the test results may be fragile due to the low number of observations and, second, specifications problems arising due to omitted variables problems should be further examined. An important question arises regarding the causal relationships among the variables that compose foreign capital inflows and current account position. Further study is warranted. 

Source: http://www.ijbssnet.com/journals/Vol_3_No_15_August_2012/8.pdf
Noboby forced the creditors to lend too much
Debt Workout 101 Parts 1-17 

quinta-feira, setembro 20, 2012

Portugal vai melhor visto de fora

Sol espreita de fora
Portugal não necessita "nem de mais tempo  nem de mais dinheiro dos seus credores", insistem os optimistas, isto é se continuar a aplicar o programa ambicioso de reequilíbrio da economia.
Historical Data ChartE os optimistas são aqueles que acreditam que Portugal poderá vir a reembolsar, por inteiro, a sua enorme dívida externa bruta, de €386 biliões a Junho 2012,  isto é que poderá vir a ter superávits externos substanciosos e persistentes.

O ajustamento externo está a correr tão bem que parece ter sido “tirado a papel químico” da experiencia de 1983-84, segundo alguns analistas. 

O défice externo da BTC- Balança de Transações Correntes, desceu de €8 401 milhões no período  Jan-Jul 2011 para apenas €1 979 milhões de Jan-Julho 2012, um feito deveras excepcional. O défice anual da BTC que andou nos -10% do PIB durante toda uma década, já tinha caído quase 40% de €18 biliões de 2009 para €11 biliões em 2011(-6,6% of PIB).  Este ajustamento extraordinário em menos de 2 anos deve-se sobretudo a uma forte expansão das exportações, sobretudo para fora da União Europeia, de +32,8% no período de 2009 a 2011, e de +8,6% no período Jan-Julho de 2012, comparado com o período homologo do ano anterior.  

Em 2012, estamos a ver, finalmente, uma compressão de -5,% das importações e do consumo de bens e serviços importados, pela primeira vez na memória recente, graças,  provavelmente, ao corte do crédito externo.  

Segundo um estudo de Mastroyiannis,  a longo prazo, são os fluxos de capital que alimentam os défices da balança corrente, e não o contrário.   Isto é bem visível na evolução  da Balança de Transacções Correntes que esteve praticamente em equilibrio de 1985 a 1995, e que se agravou persistentemente a a partir de então com a entrada descontrolada de crédito externo fácil, um tsunami de hot money. que está a sair da mesma forma

A cobertura de X/M já vai em 85,6% em 2012, comparado com apenas 64,3% em 2009.  Contando também com um modesto aumento no superavit da balança de serviços, há boas possibilidades de Portugal reportar uma BTC praticamente equilibrada no total do ano de 2012.     

Esta redução surpreendente do défice externo é bastante  mais importante do que a derrapagem do défice orçamental, devida à mesma quebra do consumo de bens importados e da respectiva receita fiscal, especialmente do IVA. 

Entretanto o aumento da poupança tem ajudado a estabilizar os depósitos bancários, e o mercado financeiro externo já reconheceu o reequilíbrio prometedor, fazendo descer as taxas de rendibilidade das OTs desde inicio 2012,  de 18% para 8%. 

Noite cerrada cá dentro
Mas se um novo dia parece espreitar no sector externo, o ambiente politico interno ainda é de noite cerrada, e agravou-se mesmo com a aplicação das medidas de austeridade previstas no programa, cada uma mais dura do que a anterior.  Especificamente, acabou por romper-se o frágil consenso devido à proposta de compensar a redução da TSU (a contribuição da entidade patronal para a Segurança Social) com um  aumento da TSU paga pelos trabalhadores. 

A redução da TSU das empresas estava no Memorando de Entendimento desde o início em Maio 2011.  Com as receitas do IVA a cair e o Tribunal Constitucional a bloquear o corte da despesa pública através do corte de subsídios aos trabalhadores da Administração Pública, faltava encontrar outra forma de compensar a perda de receita. Mas o aumento da TSU dos trabalhadores reduz o rendimento disponível de uma forma muito directa e visível, o que desencadeou uma onda de contestação generalizada, à mistura com alguma hipocrisia ou até demagogia da parte de alguns líderes, que ainda não quiseram admitir que iríamos ficar mais pobres e que a queda do consumo teria que ser permanente.

É caso para dizer, quem não tem Telhados de Vidro Orçamentais que atire a primeira crítica ou que ofereça outra solução. 

Uma vez que a redução da TSU das empresas parece ser imprescindível para conseguir a chamada "desvalorização interna", isto terá que ser compensado com mais austeridade, suportada pelos mesmos de sempre.

Mas não basta estabilizar a economia, urge relançar o crescimento, e isso vai ter que passar pela actividade das empresas privadas, sobretudo pela exportação.  Aí, a Central de Balanços do BdP mostra um sector empresarial fortemente descapitalizado e frágil.  Para voltar a crescer, vai ser necessário regularizar o acesso ao credito, especialmente o crédito à pre-exportação, que continua reduzido. 

Falta criar um país novo
Para quem acredita que a crise também traz oportunidades, há muito a fazer para criar um país novo, moderno, que não dependa do Estado, mas que seja movido pelo mérito.

Portugal é, afinal, o país mais desigual da Europa e também o país onde a desigualdade mais aumentou nas décadas recentes, na medida em que as elites conseguiram apropriar-se de muito do aumento no rendimento.

Não haverá maior motivação que esta para fazer uma mudança de fundo, nem para as inevitáveis resistências.  

Vamos ser optimistas:  trabalhar para o melhor e precaver o pior. 

Worse than a public monopoly ...

It is an old economic saying, that the only business more profitable than a public monopoly is a private monopoly , especially one which is able to control costs and capture the regulator.

Thus, it may be no coincidence that the "richest man in the world", Carlos Slim,  is said to enjoy a persistent telecommunications monopoly after having acquired Telmex in a privatization in .....  According to an OECD study, Mexicans are being overchanged about USD 13.4 billion a year,   billion a /year for telecommunications services, equivalent to an enormous 2% of GDP.

Telmex has an 80% market share, double the market share of incumbents in most other countries where telecommunications has lost much of its "natural monopoly" power with the advent o mobile telephony.
In short, there is no substitute for efficient and balanced economic regulation of public services. A country pays twice for bad regulation, once in excessive user tariffs, second in lost growth and risky income disparities.

Something to keep in mind, as Portugal undertakes the next round of privatization of nearly everything it can, one of the conditions of the EUR 78 billion external bailout program negotiated with the IMF/ECB/EC troika.
Portugal's privatization program is being implemented mostly through direct sales to pre-qualified investors.
BPN bank, sold
EDP electricity, sold
REN power grid transmission concessionaire, sold

Remaining in 2012
TAP Air Portugal, three bidders for TAP Air Portugal
ANA Airports, airport management concession to be formalized

In 2013 
ADP Águas de Portugal
RTP public television concessionaire

See also lunch conference with Antonio Borges, head of the privatization team at Parpublica, sponsored today by the American Club of Lisbon

Sources: http://news.cnet.com/8301-1023_3-57369357-93/telecom-monopoly-overcharging-mexicans-billions/
OECD study http://www.oecd.org/newsroom/telecomsreformwouldboostcompetitionandgrowthinmexicosaysoecd.htm, ver version en espanõl
Portugal privatization program, audio http://www.mayerbrown.com/portugals-privatization-program/
Privatizations and low growth in Portugal http://ppplusofonia.blogspot.pt/2011/06/portuguese-economy-elusive-source-of.html



quarta-feira, setembro 19, 2012

Aqueduto das Águas Livres pago pelo Povo de Lisboa

O Aqueduto das Águas Livres é a maior ponte de pedra do mundo, ostenta o maior arco em ogiva do mundo ( está no Guiness por tal razão)  guarda um conhecimento, saber, únicos, uma obra hidráulica notável, o único monumento câmara escura jamais construído (permite o reflexo da paisagem exterior, um jogo de cor, luz, sombra, aromas que toca o sagrado e que jamais nos separa do Todo) , um sistema de distribuição de água duplo de 58 km de comprimento, descida gravítica, em média 3mm em cada metro, que os Portugueses deixam á humanidade.

Foi o único monumento que ficou incólume durante o Terramoto de 1755, dominante  numa Lisboa destruída  tornou-se o símbolo do futuro dos Portugueses porque a nova cidade seria construída com o mesmo conhecimento e saber. Foi inteiramente pago pelo Povo de Lisboa através do imposto Real da Água
  •  Pelo facto de a construção do Aqueduto das Águas Livres ter sido paga com o dinheiro do povo, D. João V mandou colocar no Arco da Rua das Amoreiras uma placa que dizia em Latim:

      No ano de 1748, reinando o piedoso, feliz e magnânimo Rei João V, o Senado e povo de Lisboa, à custa do mesmo povo e com grande satisfação dele, introduziu na cidade as Águas Livres desejadas por espaço de dois séculos, e isto por meio de aturado trabalho de vinte anos a arrasar e perfurar outeiros na extensão de nove mil passos.
  • Quem conta esta história é o Professor José Hermano Saraiva no livro «História Concisa de Portugal».
    Conta também que esta inscrição, actualmente já não existe. E porquê?
  • Porque anos mais tarde, o Marquês de Pombal a mandou substituir por outra que não dissesse que tinha sido o povo a pagar a obra.
    A inscrição que se lê agora no Arco da Rua das Amoreiras diz:

      Regulando D. João V, o melhor dos reis, o bem público de Portugal, foram introduzidas na cidade, por aquedutos solidíssimos que hão-de durar eternamente, e que formam um giro de nove mil passos, águas salubérrimas, fazendo-se esta obra com tolerável despesa pública e sincero aplauso de todos.
Fonte:  http://www.junior.te.pt/servlets/Bairro?P=Portugal&ID=1689

Aproveite para conhecer numa visita guiada especial da EPAL a 25-Setembro-2012

terça-feira, setembro 18, 2012

... we need a commitment to joint external adjustments...

NO, unfortunately it is not correct to say that the "answer (to the Eurozone debt crisis)...is a commitment ...to bugdet dicipline and strucutural reform" alone.  These are necessary but not sufficient condtions for saving not only the Single Currency, but more importantly, the Single Market. More critically, we need a committment to external adjustments, and to reducing intra-Eurozone CAB imbalances, by all trading partners,by the net exporters as well as the net importers.
WHAT, not who, must stand behind the Single Currency?
Balanced intra-Eurozone CAB current balance-of-payment accounts.
Further, we do need a banking union, not just to "backstop the banks", but to take over the function of prudential regulation which was so mismanaged by the net-creditor national central banks which allowed all that excessive cross-border "cheap credit" exposures to build up. Can't really blame the German banks though; they had to do something with all their "petrodollar"-type surplus deposits, and BASEL did say all European sovereign borrowers were risk-free.
The current European credit crisis may APPEAR existential, because it does imply the end of the credit-fueled illusion, but it is fundamentally still JUST a trade and balance-of-payment crisis, aggravagted by "banking-by-numbers", (im)prudent "home rule" regulation, and now by procastination and loss-avoidance.
YES, the structural reforms are essential, let's have Agenda 2010 for all. But the new fiscal treaty is based on another illusion, that overleveraged borrowers can reduce their external debt without sacrificing the overextended creditors. And THAT is why "the vision" is not believable.
Polarization of fortunes occurs between net exporters and net importers, not necessarily north/south. But this divergence eventually hits natural limits, to the extent that the net importers accumulate too much external debt and become mortgaged to the next exporters. The real problem is that the external adjustment burden is falling entirely on the borrowing countries of the Eurozone, through unilateral internal devaluations, without  being able to cut evenluxury imports.
It will either be a miracle ... or a disaster.
Believers can offer their prayers in Fatima ...
Mariana Abrantes de Sousa 
PPP Lusofonia 

O preço errado

The price is NOT right

A taxa de conversão de 200,482 Escudos/Euro era suposto ser o preço certo  do cambio entre os bens e serviços locais e importados a partir do ano 2000.   A prova de um equilíbrio cambial duradouro, bem como a sua sustentação estaria, como sempre, na manutenção de BTC - Balança de Transacções Correntes relativamente equilibradas entre os parceiros comerciais da Eurozone.
 
Mas as BTC  divergiram enorme e continuamente, com os países exportadores  a financiarem os importadores, uma divergência que nos devia ter alertado e que veio a revelar-se insustentável bastante mais tarde.

Por isso a taxa de conversão cambial deixou de ser o preço certo e passou a ser o preço errado.

Os países membros da Moeda Única não podem corrigir os preços relativos  entre o mercado interno e o mercado externo através de uma desvalorização transversal, como seria recomendado no actual cenário de défice externo e de excesso de endividamento.
Diz Shambaugh:
Para as economias periféricas aumentarem o seu crescimento com base nas exportações (mudança de consumo de artigos importados para produtos nacionais), eles precisam de alterar os seus preços relativos, reduzindo os preços internos em comparação com dos preços de  bens e serviços no mundo e na Eurozone.  As comparações dentro da área do euro são especialmente relevantes,  devido aos altos níveis de comércio com a  "zona euro", entre os  principais parceiros comerciais.
Por isso, Portugal está a ter que alterar os preços relativos, parcialmente, um a um, de um forma atabalhoada, difícil, complexa ...e sem resultados garantidos. Mas um país pequeno não pode alterar os preços relativos unilateralmente.

A realidade é que Portugal e os outros países da Eurozone sofrem de preços relativos errados, e não há   soluções milagrosas. A correcção dos preços relativos tem que ser feita por todos os parceiros comerciais.

Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia

See The Euro’s Three Crises, 2012 http://www.brookings.edu/~/media/Files/Programs/ES/BPEA/2012_spring_bpea_papers/2012_spring_BPEA_shambaugh.pdf
Eurozone crisis tests the limits of divergence http://ppplusofonia.blogspot.pt/2011/12/eurozone-crisis-tests-limits-of.html

Baltic purgatory provides lessons for sovereign debt workout

Debt workout 101 - part 17
Baltic internal devaluations, comparable to the shift in the TSU social security contributions from the employer to the employees proposed by PM Passos Coelho , may not have been  entirely sucessful in achieving sustainable balance of payments adjustments in these small, fragile economies.

The innovative proposal of the Portuguese government is to reduce social security contributions of businesses, from 23.75% to 18%, in return for an increase in employee contributions, from 11% to 18%, resulting in this proposed an overall increase of discounts, from 34.75% to 36%. According to forecasts announced this policy translates into an increase of 2800 million Euros of discounts for workers and a reduction in the discount business of 2300 million Euros.  A first impact study by economists of Universidade do Minho suggests that the reduction in the employer TSU does increase external competitiveness and exports, the overall impact on growth is negative due to the reduction of worker purchasing power and demand for domestic products.

France will compensate a cut in employer SS contributions with increases in VAT, but VAT revenues have been falling in Portugal despite higher rates. 



Flag of Latvia.svg



According to an article by Edward Hugh, dated 2011, "Latvia might be stuck in a peculiar kind of hell, possibly limbo would be a better term",  due to a persistent debt overhang, despite fairly rapid downward ajdustments in ULC unit labor costs.  Thus,  reducing  ULC may be a  necessary but not suficient condition for the an economy to develop a sustainable export sector, and reduce their external debt load.

When a  country suffers from a persistently excessive "external debt overhang", even a sharp  internal devaluation  may be not enough to achieve a enduring adjustment.

In a corporate debt workout, the borrower tightens its belt, cutting all non-essential spending, but the creditors also provide tangible debt relief in the form of longer tenors, lower interest rates,  debt forgiveness, if needed, AND new money debt to keep th company going to repay more later.

This has not happenned in the current Eurozone crisis, and small economies with their policy hands tied cannot do all the heavy lifting of the intra-Eurozone Balance-of-Payments adjustment.

We are in uncharted policy territory indeed.
What is a country to do when it needs to boost domestic savings and cut Consumption/GDP from 86% to a more sustainable 76%,  without having to resort to reducing disposable income?   

What if it can't devalue, can't impose import tariffs, can't increase interest rates, can't subsidize exports, and cumulative tax increases are driving away both labor and capital?
Cutting wage costs may promise to increase export competitiveness somewhat, but it is no panacea.

Nowadays, productivity gains and export performance have a lot more to do international marketing and multinational supply chain management than with relative unit labor costs. In the current credit contraction, competitiveness also depends on the availability of pre-export finance, though, sadly, the ECB has not yet gone into the trade finance business.

When VW Autoeuropa and Peugeot Citroen suspend production in Portugal for a few days or weeks, you can be sure that decision was not made either in Palmela or Mangualde.

See also
TSU impact study by U.Minho http://static.publico.pt/docs/economia/estudoempregoeTSU.pdf
Edward Hugh on Latvia http://fistfulofeuros.net/afoe/bells-in-hell-that-dont-go-ting-a-ling-a-ling/
Quicker internal devaluation  http://ftalphaville.ft.com/blog/2012/09/18/1164781/well-settle-this-internal-devaluation-question-quicker-than-we-thought/
Debt workout 101 - part 1 to part 16 

domingo, setembro 16, 2012

Rédias curtas para as empresas públicas, finalmente

O documento das “Grandes Opções do Plano 2013”, que foi ontem aprovado em Conselho de Ministros, vai apertar a gestão financeira do Sector Empresarial do Estado.  
Algumas empresas deficitárias só poderão financiar-se junto do Tesouro, deixando de ter acesso directo ao crédito bancário. 
Com a entrada em vigor deste novo regime jurídico que vai reforçar os poderes do Ministério das Finanças.

Finalmente!  
Oxalá as Tutelas consigam efectivamente travar o endividamento das empresas públicas que têm andado em roda livre. 

Mariana Abrantes de Sousa 
ex-Controladora Financeira 





O absurdo de só defender o credor

Debt workout 101 - part 16  The Stockholm Syndrome, when the debtor defends the creditor's interests

Quando a dívida é muita, o devedor dificilmente consegue pagar tudo e o credor é obrigado a facilitar o reembolso, aliviando as condições ou até perdoando parte da dívida, o célebre "haircut".
Alguém tem que sofrer perdas, o devedor, o credor, ou ambos em partes mais ou menos equitativas. O que está em causa nestes processos de contencioso de crédito (debt workout) é a partilha das perdas, o que implica renegociações sempre delicadas, renhidas e adversariais.

Por isso, pode ser útil  comparar a postura negocial do devedor subserviente perante o credor com o síndroma de Estocolmo, em que alguns reféns expressam empatia pelos seus captores, como delineada neste artigo em www.dinheirovivo.pt.
o Governo "... perdeu identidade política, confundiu-se com a troika, não foi capaz de manter a autonomia; e quando pareceu fazê-lo, na verdade revelou precisamente o contrário: ir além da troika traduz o desejo de ser aceite sem desconfiança pelos captores e capatazes. Eu sou como vocês - diz o primeiro-ministro - vejam como eu sou duro e troikiano"
Sabemos que, à partida, o credor está na mó de cima em qualquer renegociação.  Mas essa não pode ser uma situação absoluta, pois o credor também cometeu erros , ninguém o obrigou a emprestar demasiado.  Por isso, um dos princípios de boas praticas de contencioso de crédito é que, mesmo defendendo ferozmente os seus interesses, os credores e os devedores acabem por dar prioridade ao interesse comum de salvar o devedor para que este possa reembolsar mais e melhor ainda que mais tarde.  Para isto é necessário re-equilibrar o poder negocial a favor do devedor, o que geralmente se fáz através de um default disciplinado (orderly default) ou suspensão de pagamentos.

Sabemos bem que qualquer solução fortemente assimétrica e desequilibrada se vai revelar mais cedo ou mais como insustentável.  E os riscos do credor/vencedor impor soluções insustentáveis ao devedor/vencido podem ser catastróficos, como no caso do Tratado de Versailles de 1919 de triste memória.

Fonte: André Macedo,  O absurdo de só defender o captor, http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO059240.html

VER mais sobre Contencioso de Crédito e Debt Workout em
Debt workout 101 - Games borrowers and lenders play, part 1 
Debt workout 101 - Games borrower and lenders play, part 2 
Debt workout 101 - Games  borrowers and lenders play, part 3  Orderly default
Debt workout 101  - Lessons from past crisis, part 5
Debt workout 101 - part 6  Looking for the bottom
Debt workout 101 - part 7,  The D-word, down with the default taboo
Debt workout 101 - part 8  Stages of Grief in Eurozone countries
Debt workout 101 - part 9 US and UK banks increase exposure
Debt workout 101 - part 10 Estonia model of non-default and debt workout
Debt workout 101 - part 12 The benefits of a non-default
Debt workout 101- part 11  Creditors don't want to kn 
Debt workout 101 - part 13 Nobody forced the creditors to lend 
Debt workout 101 - part 14 The Estonia example 
Debt workout 101 - part 15 Early default could save the Euro
Debt workout 101 -part 16 Protecting the creditor
Debt workout 101- part 17 Lessons from a Baltic purgatory 

sexta-feira, setembro 14, 2012

Comissão Executiva discute TSU e medidas de austeridade, 14Set2012



A Comissão Executiva discutiu a  TSU e  as medidas de austeridade, com a jornalista Catarina  Tavares Machado e com  Ana Paula Serra, Joaquim Miranda Sarmento e Mariana Abrantes de Sousa

A crise vai obrigar a economia portuguesa a passar por uma mudança de paradigma económico e  a base de todas a mudanças imprescindíveis é o corte no Consumo e a promoção da poupança.  Considerando que não podemos alterar os preços relativos  nem as taxas de juro porque não temos nem politica cambial nem politica monetária, a forma mais directa de forçar uma redução no consumo é cortando no rendimento líquido disponível, como esta medida tremenda de aumentar a TSU, a Taxa Social Única a pagar pelos trabalhadores.

Resta saber, e parece estar em dúvida, se os gestores portugueses vão saber aproveitar o balão de oxigénio da redução de encargos com a TSU para investir na busca de novos clientes, novos produtos e novos mercados de exportação.

Entretanto, vai ficar pior quem depende do endividamento, do orçamento do Estado e do mercado meramente local. Partir à conquista de clientes e mercados externos é  grande desafio para todos nós.

Fonte: http://www.youtube.com/user/economicotv?feature=CAQQwRs%3Dhttp://youtu.be/JSR_aUDqYYY 

Telhados de vidro orçamentais

Quando se auto-congratulavam com a boa nota no exame da Troika V esta semana, os portugueses foram surpreendidos pelo reforço da dose de austeridade, apesar de estarmos no bom caminho.  A reacção de contestação geral  não se fez esperar.

Até alguns antigos governantes, com responsabilidade directa por boa parte da divida colossal acumulada, questionam para onde vamos, como se não soubessem o longo caminho de ajustamento que ainda nos falta percorrer. Os nossos níveis de consumo continuam insustentáveis.   Portugal ainda consome mais do que produz, e ainda que que fazer muito  para reduzir o rácio do Consumo/PIB de 86% para abaixo de 80%, mais perto da média europeia. Reduzir o consumo total e aumentar a poupança é um dos objectivos  implícitos do programa de ajustamento, o aumento da poupança, mais importante até que a redução do défice orçamental de 5% em 2012 para 4,5% em 2013 e 2,5% em 2014.  A Grécia continua a afastar-se da meta, aumentando o rácio de Consumo/PIB para mais de 92%.

"Ninguém teve a noção que ficaríamos mais pobres", dizem  antigos governantes.  Como não? 
Acreditavam que o ajustamento iria ser feito sem dor?

Antigamente reduzia-se o poder de compra real através da desvalorização cambial ou da inflação, ao coberto da ilusão monetária.  Agora faz-se com cortes directos, evidentes à vista desarmada.

Se considerarmos que algumas das benesses governamentais dos últimas décadas eram desde sempre  insustentáveis, não é de admirar que tenhamos agora que sofrer sacrifícios. Por exemplo, só na Segurança Social, o 14º mês de pensão tem custado cerca de 350 milhões de euros por ano. Financiado por dívida publica ao longo de quase 20 anos, isto representa dívida acumulada de entre 6.000 a 10.000 milhões de euros, com juros sobre juros.

Os portugueses foram aguentando o aumento de impostos, ou evadindo,  a avaliar pela forte quebra da receita fiscal.    Mas não haverá forma de evadir ou evitar  o aumento da TSU, a contribuição dos trabalhadores assalariados para a Segurança Social, de 11% para 18%.  A contrapartida deste aumento será numa redução da TSU a pagar pela entidade patronal.  Isto  pode representar  uma redistribuição directa de rendimento dos empregados para os patrões, chocante  num país que ainda vive a luta de classes do 25 de Abril.   A ideia seria reduzir os custos unitários de trabalho para reforçar a competitividade a nível internacional  que alguns especialistas depende mais de outros factores.

Curiosamente, vê-se que ninguém acredita que os empresários portugueses  iriam aplicar os fundos assim libertos para reduzir preços ou investir nos mercados de exportação e no reforço dos outros factores de competitividade, tal é a má imagem dos gestores portuguesa.  Parece que todos crêem que o balão de oxigénio proporcionado por qualquer redução de custos acabaria  por dissipar-se em pagamento de dividendos e compra de carros de grande cilindrada.

Levantam-se dúvidas sobre a equidade e constitucionalidade desta e outras medidas de austeridade, mas ninguém discute a constitucionalidade de ir acumulando défices e de deixar dívidas insustentáveis para os nossos netos e bisnetos pagarem, pois ainda não temos um limite constitucional ao endividamento do Estado.

Se é essencial manter  um amplo apoio político e social para o programa de austeridade, vemos agora a criação de um consenso anti-austeridade,  especificamente  a contestação da re-afectação dos encargos com a Segurança Social das empresas para os trabalhadores.   Esta perda do consenso pode ser o custo mais grave desde último pacote de austeridade.

Obviamente, quanto mais duras e abrangentes as medidas de austeridade, mais discutíveis  e mais  impopulares serão.   E curiosamente os antigos governantes, que acumularam dívida e colocaram os vidros no telhado, são os primeiros a atirar a primeira pedra.

Mariana Abrantes de Sousa
PPP Lusofonia

Fonte:  Programa de Assistência Financeira a Portugal , e Consumo Total/PIB comparado 

quinta-feira, setembro 13, 2012

UNL em conferência sobre Africa


NOVA JOINED WORLDWIDE EXPERTS IN ECONOMIC DEVELOPMENT POLICIES FOR AFRICA

Nova School of Business and Economics hosted, on 7 and 8 September 2012, the first international NOVAFRICAconference, focusing on "Economic Development in Africa".


The opening session of the conference counted with the presence of Luís Brites Pereira, Secretary of State for Foreign Affairs and Cooperation; Luisa Diogo, Chairwoman of Barclays Bank Mozambique, former Prime Minister and former Finance Minister of Mozambique; José Octavio Serra Van-Dúnem, professor at the University Agostinho Neto in Angola; António Rendas, Rector of the Universidade Nova de Lisboa; and José Ferreira Machado, Dean of Nova School of Business and Economics.

This was the first international conference organized by NOVAFRICA, a project of Nova School of Business and Economics and Angola Business School, created in 2011 with the goal of producing and disseminating knowledge for creating prosperity in Africa.

For Cátia Batista, Nova SBE Professor and Executive Director of NOVAFRICA, "Lisbon necessarily needs to be a bridge between the knowledge produced in the U.S. and Europe, and the African reality, with which NOVAFRICAhas privileged links".

The conference program - which went far beyond academic discussion and brought together professors, specialists with political influence and businesspeople with links to Africa - is available here.

For more information about NOVAFRICA visit novafrica.org

Why early sovereign default could save the Euro - Vox

Debt workout 101 - part 15
Why early sovereign default could save the euro | vox

This suggestion from economists Hau and Hege is right, but for the wrong reasons.  
After all,debtor default and renegotiation is a natural and integral part of any banking business model, since a small percentage of the clients always need more tme to repay, if they can pay back at all, regardless of the client segment, households, corporates, other banks, or sovereigns.  

Why the repayment capacity is very low, what is needed is effective debt reduction through debt write-downs, which should normally be taken by the original creditors which had lent too much. Instead, in the the current Eurozone debt crisis,  the overextended private sector lenders have been taken out, mostly at par, by new debt from official sources, including the ECB and the Bundesbank (through TARGET2).   Except for Greece, the overleveraged borrowers received pratically no net debt relief.  

Hau and Hege argue that, with the bailout schemes, the excessive debt overhang problem  of some countries has become the debt overhang problem of all the others, without any net relief for the Eurozone as a whole. This analysis ignores the intermediate step of substitution  of individual private creditors by collective official creditors.   The EFSF or the ESM have become liable for future losses precisely because they have taken out and "held harmless" the orignal foolish  creditors.  

In fact, this is the real reason that formal default and stand-still has been so studiously avoided, so that the  protacted period of pseudo non-default could allow the shifting of credit exposure from bilateral creditors (ex. German, French, English and Dutch banks) to multilateral official creditors, such as  the EFSF, the ESM and the ECB.  Much of the cross-border credit exposures have been collectivized and mutualized.

If there has been any real bailout, it has helped mosty the original cross-border creditors, not the domestic investors, which will always have a disproportionate exposure to their own sovereigns. 

When debt burdens become excessive, default and suspension of payments by the borrower are often necessary in order to force the creditors to the re-negotiating table, and to insure a fair sharing of the sacrifices between the foolish overleveraged borrower and its,  equally foolish, overextended lenders. 

After all, it takes a creditor to get a debtor into hock. 
Mariana Abrantes de Sousa 
PPP Lusofonia

See more about orderly defaults in  this blog 
 http://ppplusofonia.blogspot.pt/2011/09/debt-workout-101-games-borrowers-and_09.html
and the Costs of Sovereign Default, http://www.voxeu.org/article/what-will-happen-if-greece-defaults-insights-theory-and-reality, which distinguishes between strategic and unavoidable defaults

Renegociar ex- SCUT


Rentabilidades de até 17% abrem espaço para renegociar ex-Scut

EP inicia negociação dos contratos das ex-Scut na próxima semana.

 Além das TIR, Ernst & Young sugere cortes no investimento e nos custos 
Redução dos rendimentos accionistas, alteração do plano de investimentos, diminuição das despesas operacionais e negociação dos contratos de financiamento são caminhos apontados pela Ernst & Young, no estudo de 36 contratos de PPP, para reduzir os encargos do Estado com as antigas SCUT.

quarta-feira, setembro 12, 2012

A culpa é do PDI

A culpa da crise é do PDI (não, não é dessa PDI...) do Power Distance Index, a distância de poder entre chefes e subordinados, entre as autoridades e os plebeus.

Segundo o autor Malcolm Gladwell no livro bestseller Outliers, The Story of Success, muitas das situações mais graves como os acidentes aéreos devem-se não a uma grande erro único, mas à acumulação de vários pequenos problemas que vão escapando aos sistemas de segurança e back-up.  Na média a acumulação de 7 pequenos erros, que individualmente teriam pouco impacto, pode ter consequências catastróficas.  E, frequentemente,  estes erros vão-se acumulando porque os especialistas subordinados  não tem coragem para alertar, para sugerir soluções,  ou  os seus alertas não são ouvidos pelas autoridades e quem de direito.

Gladwell contrasta  a cultura americana, mais igualitária, com as culturas europeias e asiáticas mais hierárquicas, uma observação que, infelizmente, coincide com a nossa experiência.

De facto, Portugal é um dos países com mais desigualdade económica e social , e a cultura portuguesas uma das mais hierárquicas e com maior distância entre as autoridades e os cidadãos comuns.  Perante qualquer situação mais complicada, é frequente ouvir dizer "o Senhor Director que decida",  ou mais simplesmente "manda quem pode, obedece quem deve".

A crise económica actual é de tal dimensão que as suas origens se confundem com toda uma série de falhas de rigor e de  erros de gestão financeira que fomos deixando passar:  É caso para dizer, quem não falhou?
  1. taxas de juro reais demasiado baixas 
  2. excesso de liquidez e crédito barato e fácil 
  3. alavancagem excessiva dos bancos com base nas normas simplistas de Basileia II e falhas de regulação prudencial da parte dos bancos centrais
  4. excesso de endividamento de devedores subprime e frágeis (particulares, empresas ou soberanos) 
  5. critérios de convergência (de Maastricht) simplistas e mal aplicados, ou abusados 
  6. falhas nas análises de credito pelas agências de ratin
  7. falhas de disciplina orçamental com desorçamento e divida escondida
  8. ... 
E ai de quem alertasse para as eventuais consequências negativas para o rating da República Portuguesa e para economia em geral.  Quando a mensagem desagrada, quem está em risco é o mensageiro.

 http://www.worldhum.com/travel-blog/item/malcolm-gladwell-on-aviation-safety-and-security-20090125/
http://www.gladwell.com/outliers/index.html

segunda-feira, setembro 10, 2012

Consumo/PIB continua insustentável


While reeling from economic austerity packages which pack an ever bigger punch, the Portuguese must  continue to “mind the gap”created by historic excessive consumption.

Considerando que as medidas de austeridade cada vez mais severas vão deixando os portugueses cambaleantes e desorientados, convinha recordar a origem fundamental da crise:  o Consumo excessivo que se mantém acima de 86,4% do PIB, um nível francamente insustentável quando comparado com a média da Eurozone (a 17) de 78,9%. 

Já não se chamam PECs, Programas de Estabilidade e Crescimento, os pacotes de medidas anunciadas periodicamente pelo Governo, mas nem por isso pesam menos no bolso dos portugueses.  De Março 2010 a Março 2011, o Governo Socialista foi anunciando pacotes de medidas económicas, do PEC I  ao PEC IV, que apesar de tímidos levaram à mudança politica e à entrada da nova coligação PSD/CDS para o Governo, depois das eleições de Junho 2011.  

Desde então, o agravamento da crise económica portuguesa vem-se contando pelas visitas trimestrais da Troika, desde a assinatura em Maio 2011d o Memorando de Entendimento com o FMI, o ECB e a EC, pelo Governo cessante, mas com apoio multipartidário. 

A actual visita, a Troika V, coincide com as más notícias do desempenho orçamental do primeiro semestre de 2012, o que levou o Governo a anunciar o pacote da desgraça, que vai eliminar, provavelmente de uma vez para sempre, cerca de 7% do rendimento de quase todos os portugueses.

Enquanto se discutem as consequências económicas e políticas, seria bom ponderar se estas medidas serão ainda suficientes para eliminar o diferencial do Consumo/PIB entre Portugal e os seus parceiros, ou se será necessário continuar a apertar o cinto até reduzirmos o C/PIB para abaixo dos 80%.  Esta é a meta verdadeira ainda que inconfessada.

E os constitucionalistas, da rua do Século a Karlsruhe, poderiam bem reflectir mais sobre a (in)constitucionalidade das causas do excesso de crédito e do sobreendividamento, do que das suas consequências.

Pelos menos, podemos dizer que Portugal está no bom caminho, já que reduziu o diferencial excessivo de Consumo/PIB de  10 p.p. em 2007 para 7,5 p.p. em 2011.  Entretanto, a Grécia viu o seu indicador de Consumo/PIB agravar de 90,7% para 92,9%, uma divergência claramente insustentável.  A Espanha também agravou o Consumo, mas apenas de 76,7% para 78,5% do PIB .  A Irlanda continua bem abaixo da média, com um Consumo/PIB que reduziu de 69,8% para 67,9%. 

A Estonia, que é apontada como o com o exemplo de boa gestão económica pelo Vice Chancellor alemão, reduziu o consumo para apenas 70% do PIB.  

Mariana Abrantes de Sousa 
PPP Lusofonia 
9-Sept-2012

domingo, setembro 09, 2012

Portugal's biggest risk is Spain

Portugal has been trying to export its way out of the economic mess that it has been in for some time. And it has been doing an amazing job, particularly given its poor export track record and deteriorating economic conditions in the Eurozone. Portugal's exports now make up close to 40% of its GDP vs. 25%  3 years ago. The nation's trade deficit has nearly disappeared in part due to falling domestic demand but also to improved exports....

read more in Portugal's biggest risk is Spain
Source:  http://soberlook.com/2012/09/portugals-biggest-risk-is-spain.html?utm_source=BP_recent

ECB diverges from Bundesbank orthodoxy


Quite rightly,  "... Germany will have to buy their bonds regardless, in order to finance the purchasing of their over produced products..."
Saw one American blogger  compare the Eurozone to a giant "vendor-financing scheme" for the surplus countries' products.
That's may be why the Bundesbank allowed German banks to become the most overleveraged of Europe.
If  the central bank had been "more prudential" and if  the excess leverage  had been judged by the Karlsrhue court as "unconstitutional", we might never have gotten into this debt mess.

Sources:  http://ftalphaville.ft.com/blog/2012/09/06/1149431/financial-markets-cheer-the-death-of-the-bundesbank/